Capítulo 4 - Prólogo

6 1 0
                                    

Boa noite galerinha
Trago mais um capítulo, que eu achei ter ficado meio curtinho, mas pode ser só uma impressão minha.
  De todo modo, aproveitem a leitura ;)
____________________________________


"𝐁𝐚𝐭𝐢𝐝𝐨 𝐞𝐦 𝐩𝐫𝐞𝐭𝐨 𝐞 𝐚𝐳𝐮𝐥, 𝐜𝐡𝐞𝐢𝐨 𝐝𝐞 𝐢𝐧𝐜𝐨𝐧𝐭á𝐯𝐞𝐢𝐬 𝐟𝐞𝐫𝐢𝐝𝐚𝐬, 𝐨 𝐜𝐨𝐫𝐩𝐨 𝐝𝐞𝐬𝐬𝐚 𝐜𝐫𝐢𝐚𝐧ç𝐚 𝐭𝐞𝐯𝐞 𝐪𝐮𝐞 𝐬𝐮𝐩𝐨𝐫𝐭𝐚𝐫 𝐬𝐨𝐳𝐢𝐧𝐡𝐨 𝐜𝐚𝐝𝐚 𝐮𝐦 𝐝𝐞𝐥𝐞𝐬"













  Bakugou. Um nome de grande renome na aristocracia de Musutafu, um país onde o velho e o novo, o Oriente e o Ocidente, viviam em mais bela harmonia.

  Habitavam naturalmente, muito próximo do Condado Yutsami, na qual administravam. O condado se situava ao sul de Musutafu, sendo um cenário próspero e belo.

  Um dia, a família desapareceu.

  Seus 3 membros desapareceram, fazendo a majestosa linha sanguínea ter seu fim. Nesse mesmo dia, o chalé onde a família passava o verão pegou fogo e não sobrou nada além de cinzas. Não foi difícil imaginar que talvez os dois incidentes estivessem interligados, e que a família que outrora fora alegre e barulhenta, se tornara silenciosa entre as cinzas do chalé.

   Todos ficaram em choque. Não pode passar despercebido, vendo a influência que aquela família tinha, tanto em suas terras quanto no próprio Palácio.

  Sabendo do incêndio, o imperador, que tinha muito apreço pela família, ordenou que houvesse um período de luto para todo o país. Houve 5 dias de tristeza para todo o reino, 3 a mais do que haveria para qualquer outro nobre ou herói. O condado foi passado para a família Kirishima, na qual era muito próxima dos Bakugou's e tinha recursos o suficiente para manter seu ducado e o condado, na qual quiseram os manter separados. Foram linchados por esse ato, sendo chamados de arrogantes por conta disso, mas não era algo que se importavam.

  Nos anos seguintes, o aniversário de morte da família se tornou um dia de festa. Sabia que seus membros não queriam ser motivo de tristeza, pelo contrário, eram motivo de alegria e sabiam disso. E sabendo disso o imperador, tornou aqueles 5 dias de outono, dias festivos, cheios de riso e alegria.

  Nomeou o festival de Hiranabi Matsuri¹, sabendo muito bem que seria algo que gostariam.

  Mas ele não tinha ideia que isso traria tormento.

  7 anos após a tragédia, Lady Nemuri Kayama, marquesa de Midnight, se via mais contente que nunca. Dizia que nunca foi tão alegre em vida e agradecia sempre que podia ao festival, como se o dia tivesse a abençoado. Kayama era uma mulher alegre e charmosa, mas também não escondia que tinha desejos que jamais poderia realizar. Queria ser mãe mas jamais poderia. descobriu-se estéril nos primeiros anos de seu casamento. No ano seguinte, perdeu o marido para pneumonia, o que a deixou praticamente sem chão.

  Aqueles 5 anos se tornaram tristes, cinzas e vazios, mas decidiu pôr um fim nesses dias melancólicos. Havia voltado a ir em bailes, valsava todas as noites e deixara de lado os vestidos fúnebres. Se via rindo com as amigas novamente.

Voltava aos poucos a ser feliz.

  Mas sabia que nunca poderia realizar seus sonhos. Quando voltou à ativa, já tinha 35 anos. A idade de casar já havia passado, e dizia pra si e para os outros que estava feliz como estava, que deveria deixar os rapazes solteiros para as damas de mesma idade. Que não iria roubar os dias alegres da juventude. Algo que não era mentira mas que também não era uma verdade completa.

  Mas sua alegria foi completamente renovada ao encontrar um garoto, que aparentava ter 12 anos, sozinho e sujo em um beco. Viu em seus olhos desespero e força sem igual. Viu nele a concretização de seu desejo.

  Parou ali mesmo, estendeu sua mão para o garoto e lhe ofereceu um lar.

  Seus amigos jamais haviam visto uma mulher tão feliz quanto aquela, apresentando com animação seu novo filho, que agora apresentava-se de forma elegante. Seus olhos eram carmesins, brilhosos e intensos, dando destaque aos cabelos loiros, claros como o trigo, que raramente abria um sorriso grande, mas quando fazia este sempre brilhava.

   Os anos passaram, e os dois aparentavam ser felizes juntos, mas a tragédia mais uma vez caiu na casa Midnight, desta vez ceifando a vida de Nemuri. Deixando o rapaz sozinho.

  Algo o fez mudar naquela noite.

  O garoto que outrora fora cordial e simpático, esquecera os bons modos. Agora se tornara rude e bruto, sem falar na frieza que agora seus olhos ostentavam.

  Achavam que isso era só uma fase e que ele voltaria ao normal após um tempo de luto, mas isso nunca aconteceu. E vendo que jamais voltaria a ser como era, os nobres começaram a se afastar dele. Sabiam que não havia nada a ser feito.

  O coração de um jovem tão alegre, estava pesado pela perda. E o desprezo ou pena sempre estava nos olhos de quem o via, sempre sendo o luto considerado a razão das atitudes violentas que o rapaz passou a ter, além de mudar completamente seu jeito compreensivo e cordial para arrogante e rude.

  A esperança para ele já estava perdida, era o que muitos pensavam, sabendo de sua história.

Todavia, ainda havia aqueles que acreditavam em uma pequena chance de ele voltar a ser feliz. Esses eram aqueles românticos incuráveis, que ainda esperavam por seu par ou mesmo já acharam, e, viam no jovem, alguém que apenas não havia achado seu par.

  E claro, ainda tinha os que ridicularizavam a ideia, e dizia que não necessariamente ele mudaria se encontrasse o amor.

  Porém, se tornou um fato inegável, mesmo que esse não fosse visível para os demais, que, para o bem ou para mal, o jovem de olhos rubros teve seu destino mudado ao cruzar com uma garota, que entraria tão de repente em sua vida.

 

  O desenrolar da história do garoto era algo intrigante, ainda mais na teia de acontecimentos que afetariam todos ao seu redor.









"𝐎 𝐠𝐚𝐫𝐨𝐭𝐨 𝐪𝐮𝐞 𝐚𝐧𝐭𝐞𝐬 𝐜𝐡𝐨𝐫𝐨𝐮 𝐩𝐨𝐫 𝐚𝐦𝐨𝐫, 𝐭𝐨𝐫𝐧𝐨𝐮-𝐬𝐞 𝐮𝐦 𝐜𝐫𝐮𝐞𝐥 𝐯𝐢𝐥ã𝐨."






____________________________________

¹O Hiranabi é uma mistura dos feriados Hanabi e Hiraizumi.

Link do Manhwa The Villain’s Savior: https://goldenmangas.top/mangabr/the-villains-savior-br-gm

Obrigada por terem lido até aqui
Até a próxima ;)

Jardim de Estrelas Onde histórias criam vida. Descubra agora