EDSER- One Shots

Happy Hour- I

POV: Eda trabalha na Art Life por dois anos, e Serkan é apaixonado por ela, mas nunca disse nada porquê ela é comprometida.

Eda

-Dadacim, você sabe que conseguimos o projeto, certo? - Melo apoia seu queixo em meu ombro com uma voz extremamente manhosa.

-Sei.

-E você sabe o que isso quer dizer? HAPPY HOUR!

- Hoje não Melo, vou sair pra jantar com Cenk.

Magicamente, enquanto a cara de melo expõe sua insatisfação, seu perfume invade o ambiente, e logo sua postura imponente e autoritária, aparece no meu campo de visão. Seu terno de três peças, sua barba de três dias, e seu cabelo perfeitamente penteado, fazem com que a adrenalina corra por todo o meu corpo, resultando no aceleramento dos meus batimentos cardíacos. É assim, sempre foi. Já se passaram dois anos, mas mesmo assim, toda vez que ele entra no ambiente, e me olha de maneira intensa, é como se o mundo parasse, e eu só pudesse sentir o seu cheiro, ver os seus olhos, escutar meus batimentos e me preocupar em não desmaiar.

Serkan é o chefe mais legal que eu já conheci. Sua postura é algo natural seu, e por muitas vezes, nós funcionários esquecemos o quão aberto ele é.

Levanto rapidamente, fugindo do seu olhar e indo beber o que quer que eu encontre na área de intervalos.

Me apoiando na pia, eu respiro fundo tentando me livrar da sensação que ele me traz. Não pode ser assim, eu preciso me lembrar de Cenk. Ele não merece essa situação. Na verdade, o jantar de hoje, é justamente para me desculpar.

Serkan havia me elogiado em uma das minhas publicações, eu respondi. E isso bastou, para que uma seção de flertes contidos acontecesse entre nós. E através da minha conta logada no celular de Cenk, ele viu.

-Porque parou de me seguir? - sua voz rouca e baixa me assusta, fazendo com que eu salte, e bata a cabeça no armário posicionado em cima da pia.

SERKAN

Ela... Ela era ridiculamente estupida. Não consigo segurar a risada, e logo ela me acompanha. E ali está, minha perdição: Seu sorriso. Por dois anos, esse sorriso, é o protagonista dos meus sonhos. Me apaixonar por essa estabanada, foi mais fácil do que respirar. E hoje, não observar todos os seus movimentos durante o expediente, atualizar o feed das redes dela, para tentar receber uma migalha que seja dos seus dias fora da empresa, tinham se tornado a minha sina. E por muitas vezes, eu tinha a sorte de encontrar seu sorriso, ou seu cachorro, Sirius. E para o meu azar, às vezes, seu namorado estampando as fotos, os abraços, os jantares, que eu queria ocupar.

-Serkan? Serkan? Planeta terra chamando. - E caramba, ela está sorrindo, balançando a mão em frente ao meu rosto.

Pego sua mão e aperto levemente. Vejo o sorriso morrer, e vejo ela levar o olhar para nossas mãos juntas. Era ridículo como até nossas mãos se encaixavam.

-Eu perguntei por que parou de me seguir. - Vejo ela enrugar as sobrancelhas em sinal de confusão, e negando. Mostro para ela, através da minha conta, e ela fecha os olhos.

-Cenk.-Ela solta com uma voz tão baixa, que quase não ouço. Mas se tratando do babaca, minha audição capita de maneira exemplar. Olho pra ela esperando uma explicação, mas a mesma não vem.

-Pode me explicar? Por que seu namorado te tiraria das redes sociais do seu chefe?

-Então é isso que você é? Meu chefe? - Ela tenta sair da cozinha, mas eu a seguro pela cintura, e sussurro em seu ouvido. -Nós dois sabemos perfeitamente que sim, eu sou seu chefe. Mas por que você quer. -

EDA

A minha pele se arrepia conforme Serkan respira pesado em meu pescoço. A minha situação só piora, quando ele prende meu cabelo com uma das mãos, inala profundamente em minha nuca, e aperta firme em minha cintura, fazendo com que eu segure o gemido que ameaça sair dos meus lábios. A tenção que sempre existiu entre nós, nunca havia chegado a esse ponto. Até porque Serkan jamais tinha me tocado, ao menos não nessa maneira.

Ele escolheu ousar. E a neblina em minha mente, causada por seus toques, tirou toda a minha sanidade, me colocando em um lapso, nós braços dele.

-E o que aconteceria, se fossemos a favor da sua vontade? - A risada que ele solta, e a maneira como me aperta, mostra a evidencia de como estávamos indo por um caminho perigoso.

-Primeiramente, você não namoraria aquele babaca. Estaria com um homem, um homem que soubesse valorizar a mulher que você é. Que te elogiasse como merece, que te tratasse com gentileza, e te levasse pra jantar, e depois do jantar, ele jogasse toda a gentileza e a cautela de lado, e mostraria como uma mulher deve ser venerada. - A pressão de ter aquele homem, praticamente excluindo os meus sentidos, enquanto beijava toda a extensão do meu pescoço, me deixava louca, atrevida e encharcada.

- E quem seria esse homem?

-Por que você quer saber? Vai largar aquele babaca? - E assim como tudo começou rápido demais, acabou também. A menção de Cenk, mesmo que por outros meios, foi como um balde de água fria. Me afastei de Serkan, tentando recobrar os sentidos.

-Foi o que eu pensei.

-Eu não posso Serkan. Não posso largar um relacionamento de três anos por uma aventura.

-Aventura? É isso que você acha que é pra mim?

-E o que eu seria pra você Serkan?

-O que você quisesse ser pra mim. Eu estava a sua mercê Eda.

-Estava?

-Estava! Fazem dois anos que espero por uma oportunidade Eda, e hoje eu tive. Coloquei as cartas na mesa, e você devolveu todas elas pra mim, por um cara que não merece nem o seu pior. Mas assim como eu sei o seu valor, eu também sei o meu. E é aqui, hoje e agora, que eu desisto de nós dois. Se você quiser, tudo o que eu tenho pra te oferecer, você sabe como me encontrar. Às cartas estão com você. Mas a decisão de coloca-las na mesa, ou não, é com você.