18° capítulo - exposição

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Entro no carro e disparo pra faculdade da lu.

Vai até às 20:30, são 19:30 então ainda dá tempo de ir nem que seja por um segundo.

Só de ver ela e a parabenizar pela obra já vai ser bom.

Eu iria mais cedo, mas o Xavi disse que precisava acertar umas coisas comigo então eu fiquei até mais tarde no campo hoje.

Pedri tinha ido mais cedo que eu.

Ele me liga:

"Cara aonde você tá? Eu já tô indo em bora, Jajá acaba !"

- Ermano, o Xavi me prendeu no campo hoje! Foi difícil sair de lá.

"-Eu posso até entender, mas a lu... Ela já tá começando a ficar pistola contigo! CORRE!"

- Eu vou, eu TÔ correndo!

"-Eu vou ter que ir embora, mas eu te desejo toda a sorte do mundo"

- Ok ok, valeu! Tchau.

"-Tchau"

Desligo o celular e continuo dirigindo.

Chego na faculdade de 19:50 e procuro o lugar onde vão ser exposto as obras.

No centro da faculdade têm um lugar parecido com uma esfera, que foi feito pra eventos assim.

Adentro o lugar, compro um ingresso e entro lá.

Ainda tem umas pessoas, não tá lotado pelo horário, mas tem gente.

De longe vejo a lê, ela tá vindo na minha direção.

- Gavi!

- Oi lê, tudo bem ?

Ela me abraça.

- Comigo sim, já você....

- A lu vai ficar chateada né?

- Provavelmente sim, mas quer um conselho? Seja gentil e elogie a obra dela.

- Mas eu vou, tá lindo.

- Ela tá ali, mas eu preciso te falar uma coisa antes, eu quero que você preste atenção.

Eu a olho, juntando as sobrancelhas, confuso.

- Se você não quiser nada com ela, nem tenta. Eu amo minha amiga, mas você é muito chato cara! Se for pra ficar com ela, é pra valer. Ela é uma mulher pra ficar na vida, ela tem paciência e entende as coisas, mas ela não é boba. Ela não vai ficar esperando um moleque ter atitude.

Eu a olho, perplexo. Não esperava escutar isso agora, tão do nada.

- Obrigada, lê. Eu não vou machucar ela, eu só preciso.... De tempo, ok ? E isso é assunto pra outra hora, tchau tchau leee!

- Garotoo, 'cê fica esperto eim.

Saio rindo, mas preocupado.

Olho pra ela, ela tá feliz dando adeus pra um grupo que olhava a arte dela.

Nossos olhos se encontram, sinto os meus brilharem e por algum motivo eu fico nervoso em ver ela.

Eu espero um olhar de raiva, mas ela respira e se vira pra falar com outra pessoa.

Doeu um pouquinho.

Vou me aproximando, outro grupo chega, comigo incluso nele.

Dou um "tchau" com as mãos pra ela, que me dá um sorrisinho debochado e ri depois.

O grande jogo - Pablo GaviOnde histórias criam vida. Descubra agora