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LUARA

Foram 6 longas horas de viagem, a maioria dela eu passei dormindo, só despertava mesmo em alguma parada, tenho o costume de dormir muito fácil, qualquer lugar que eu puder ficar deitada, já era.

Neste momento estávamos no táxi a caminho da nossa nova casa, confesso que ter voltado pro Rio me deixou um pouco ansiosa, sinto que muitas coisas me aguarda por aqui.
Sou despertada dos meus pensamentos com a voz do motorista

-Só posso subir até aqui meninas .

Até estranhei, mas quando eu olhei o local que estávamos eu entendi o moço, estávamos em alguma comunidade, mas se vocês me perguntar como a Fernanda nos trouxe pra cá eu não saberei responder.

Fernanda: tudo bem, muito obrigada.

Ela pagou o táxi e ele ajudou tirar nossas malas.

Luara: O que a gente faz aqui Fernanda? Sua amiga mora aqui é isso? A gente veio buscar ela pra irmos para nossa nova casa?

Fernanda: não Laurinha, aqui é nossa nova casa. Agora vamos - disse ela com um sorriso maroto no rosto.

Eu não questionei muito, pois minha irmã sabe oque é melhor pra gente, né? Pelo menos é nisso que estou tentando me apegar.

Chegamos na barreira e tinha vários homens sem camisa e com uns fuzil atravessado no corpo.

Maior cara de mau, tenho medo deles não rapá, fiz anos de aulas de Muay Thai.

Gatinho n1: Pra onde as princesas acha que vai?

Fernanda: Oi, tudo bem? Me chamo Fernanda, então eu tô esperando minha amiga vir nos buscar aqui, somos novas moradoras.

Foi só ela fechar a boca que vi uma cabeleira cacheada descendo o morro correndo segurando os peito.

Nara: Oi...calma, deixa eu respirar, até que enfim vocês chegaram, qual foi LN, libera as miná aí, já falei com o Cobra, ele tá ciente da situação.

Neste momento o tal LN puxa uma espécie de rádio da cintura e se afasta pra falar com alguém, alguns minutos depois ele volta e libera nossa passagem.

Bom, e seja o que Deus quiser.

Indomável (M)Onde histórias criam vida. Descubra agora