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📍Pandora, Polyphemus. 🗓 2169.
Olho em volta vendo apenas árvores e um trilho de trem, ali passaria o alvo dos ometicayas o trem, sempre li histórias sobre guerras e sobre os seres humanos, mas nunca entendi os motivos da fúria que eles tem por nós. Saio de meus pensamentos ao olhar para Neteyam e Lo'ak.
—— A gente precisa descer —— Lo'ak olhava para o solo onde não havia ninguém ainda.
—— O'Que? Não, o pai vai esfolar a gente —— Avisou Neteyam, nosso pai com certeza mataria nós três se descermos.
—— Larguem de ser frouxos —— Inclinou-se em seu Ikran e desceu até a parte plana logo abaixo de nós.
—— Mas que droga, Lo'ak! —— Praguejo vendo o mesmo virar-se para mim e acena mandando um beijo no ar.
A preocupação com aquele idiota foi maior que o medo de meu pai descobrisse que estávamos lá, então apenas me inclinei em meu ikran dando um sinal para Neteyam para aterrizarmos.
—— Seu imbécil, largue imediatamente isso e vamos voltar pra superfície —— Falo olhando com uma carranca para seu irmão em sua frente.
—— Mas Le'way...—— Olhou para a garota que mantinha os olhos fixos nele.
Neteyam desce de seu ikran ao meu lado e olha para a arma nas mãos do mais novo.
—— você nem sabe como isso funciona —— Neteyam revirou os olhos enquanto Lo'ak mirava em uma árvore qualquer.
—— Sei sim, o pai me ensinou —— Balançou a arma que tinha em suas mãos.
Antes que eu pudesse matar o Lo'ak, o pai nos avisou que havia uma aeronave se aproximando de nós com o gatilho quase sendo apertados para os tiros serem disparados.
—— Venham corram —— Grito puxando os braços dos dois imbecis que continuavam parados, estávamos prestes a correr quando uma explosão próxima a gente nos fez voar.
Destroços de alguma coisa estava em minha volta, com minha visão turva não pude reconhecer o'que era aquilo. Ouço passos correndo até mim e se ajoelhando.
—— Ma'Le'way!! —— Com sua voz carregada de preocupação meu pai me deu um abraço apertado.
—— Estou bem, pai —— Forço um sorriso que logo se desfaz ao perceber que meus irmãos não estavam juntos ao meu pai —— Onde estão os meninos?
Olho direito ao redor antes de me levantar para procurá-los, vejo Lo'ak junto a Neteyam correndo em minha direção, logo aliviando o meu coração que estava cheio de preocupação.
—— Minha eywa —— Lo'ak foi o primeiro a gritar quando viu o sangue escorrer em meu braço após Neteyam me abraçar.
—— Anda! Corram!! —— O mais velho gritava com os garotos enquanto corria comigo em seus braços
[...]
Lo'ak me trazia em seu ikran até as montanhas aleluias, desde que o povo do céu atacou nosso antigo lar moramos aqui agora.
Durante todo o percurso nós quatro ficamos em silêncio. Assim quando pisamos na base Lo'ak me ajudou a descer, minha mãe correu virando o meu braço até onde ela pudesse olhar.
—— Em formação —— Meu pai gritou autoritário e nós colocamos um ao lado do outro —— Eram pra ficar de vigia, analisando e olhando para avisar quando o inimigo chegasse A DISTÂNCIA! —— Ele elevou a voz olhando para mim e para meus irmãos que estávamos um ao lado do outro —— Eu deixo os dois gênios irem na missão e a primeira coisa que fazem é me desobedecer?! —— intercalou os olhos entre Neteyam e Lo'ak.
—— Senhor, eu assumo toda responsabilidade —— Neteyam falou tomando a frente da situação.
—— Assume? Mesmo? Que ótimo! Você é o irmão mais velho, e tem que agir como um —— Bateu no peito de Neteyam fazendo o mesmo abaixar a cabeça.
—— A culpa não é dele —— Digo e todos voltam o olhar para mim —— eu dei o sinal para nós dois descermos!, não iria deixar Lo'ak se machucar —— dei um passo pra frente fazendo meu pai se virar para mim.
—— Você tem que parar de assumir as besteiras que seus irmãos fazem —— Meu pai caminhou até mim e botou a mão no meu braço.
—— Eu era a responsável ali, eu devia os proteger.—— Eu faria de tudo para que Lo'ak e Neteyam não se ferrassem, mesmo que o Lo'ak mereça.
—— Ma'jake, seus filhos estão perdendo sangue —— Minha mãe puxou o braço do mais alto e olhou nos fundos dos olhos dele se comunicando por olhar, meus pais sempre fazem isso quando querem repreender um ao outro.
—— Estão liberados —— Meu pai se aproximou de meus irmãos —— Em casa conversamos —— Sussurrou o mais velho sendo puxado por minha mãe.
Kiri puxou-me até a tenda dos feridos onde minha avó estava nos esperando na porta e que correu quando viu o sangue pingar no chão.
——Le'way Sully, onde está a com a cabeça de ir nessa missão —— Me deitou em uma "maca".
—— Eu estou bem, vovó —— logo veio o sermão assim que meus irmãos chegaram não ficaram de fora, todos intercalavam os olhares entre a nossa avó e o chão para não rir.
[...]
Oi amores, como vão?
Bom, este foi o primeiro de UNLIKELY LOVE. Vou tentar publicar o próximo capítulo o mais rápido que eu conseguir!
Não se esqueçam de apertar na estrelinha e de comentar, isso me motiva ainda mais a continuar. Estou aberta a críticas construtivas.
