Quando eu cheguei até lá, eu senti o mesmo medo desesperador de antes, e parece que o Connor também. Mas eu não vi aquela criatura.. Até então. Logo nós entramos a procura da Papilionem Luminis, Borboleta da Luz, tanto faz!
- Connor, cade essa maldita borboleta?! Minhas pernas já estão doendo e são quase meia noite!
Eu resmunguei enquanto andávamos pela trilha.
- Não devem estar por aqui. Vamos continuar a trilha até a casa dos Willians.
Connor disse, ele não parecia bem. Estava mais sério do que o normal, as suas falas estavam com muita instabilidade, ele parecia estar escondendo mais alguma coisa de mim.
Eu não disse nada a ele, continuei a trilha em silencio, e ele também.. Assim que nós chegamos a casa era 00:37, ele pegou na minha mão e foi na minha frente. Nós adentramos na casa, eu soltei a mão dele e tirei minha arma da cintura, peguei a lanterna e fui na frente dele. Nós conversamos um pouco, mas ele sempre muito sério; então eu o perguntei, o por quê de ele ter mudado assim, ficou frio de uma hora para a outra.
- Eu te contei, disse oque você queria Anne, oque mais você quer?
Eu parei de andar, estávamos na sala da casa Willians, eu olhei para ele e disse:
- Você não é o Connor.
Eu o chutei para o chão, seus olhos brilharam em um tom de roxo, transmitiram medo. Apontei a arma para a sua cabeça e perguntei quem ele era, e oque queria comigo.
- Haha, como você é tola Anne. Pelo menos percebeu mais rápido que os homens daquele lugar aonde Lauren ficava.
Nesse momento eu entendi tudo. O Mensageiro da Morte é um demônio hospedeiro. Ele entra na cabeça das pessoas e age como se fossem elas.
- Eu já entendi tudo, Mensageiro. Mas você não vai matar o meu melhor amigo, não antes que eu mate você.
Eu atirei na perna de “Connor”, para manter ele ali, joguei minha mochila no chão e tirei dela um pote de Camará. Eu não esperava que o próximo hospedeiro do Mensageiro seria Connor, mas eu também estudei sobre o Mensageiro da Morte, para neutraliza-lo, é preciso fazer o mesmo ingerir Camará, não faz mal para humanos, mas para sobrenaturais sim.
Eu abri a boca de Connor e coloquei o pó de Camará lá dentro. Connor desmaiou, e o Mensageiro também.
Eu saí rapidamente para o andar de cima, fui até o quarto de Amélia, e lá estava ela, a Borboleta da Luz. Eu a capturei, coloquei dentro de um pote e desci novamente aonde Connor estava.
- Hahah, ingênua. Como pretende fazer isso? Vai me fazer engolir a borboleta também? Sua tola! A vida do seu amigo me pertence agora, a alma dele é minha.
- Eu não vou te fazer engolir a borboleta, vou te tirar do corpo de Connor.
Eu tirei a borboleta do pote, ela voou e pousou em meu ombro. Logo ela voou novamente e eu não estava entendo mais nada. Ela pousou no corrimão da escada, e de lá de cima surgiu uma voz doce e meiga.. Era Amélia, aquela borboleta, oque ela fez?!
- Oh minha doce irmã, veio aqui me ajudar a me livrar desse peso vivo?
Irmã? Como assim?! Adam é o Mensageiro da Morte?!
- Não Adam, eu vim até aqui te eliminar.
Amélia disse, ela estava séria. Eu me afastei, disse para Amélia ter cuidado pois o Connor ainda estava vivo.
- Adam, eu realmente espero que dessa vez você morra, seu desgraçado.
- Por quê você ainda tenta Amélia? Você sabe oque você é.
- Eu sei mesmo, mas também sei que sou diferente de você.
Nessa hora os olhos de Amélia começaram a sair um liquido dourado metálico, rapidamente aquela única borboleta se multiplicou, do quarto de Amélia saíram várias delas. O demônio deixou o corpo de Connor, acho que não foi por vontade própria.
Amélia disse algumas palavras em latim, tais eram:
-Nunc hoc corpus iubeo relinquere, animam hanc libera et internis daemonibus pugnare.
Todas aquelas borboletas voaram em seus grandes olhos amarelos, os olhos que antes causavam medo, agora traziam alívio.
- Corpus hoc solve, non tuum. Libera ista anima, non est tibi.Enquanto ela fazia aquilo com o Adam, eu percebi que Connor estava meio acordado, então eu coloquei seu braço em volta de meu pescoço e o levei até o meio da floresta e liguei para Lorena, minha irmã. Ela foi buscar a gente, no caminho eu expliquei tudo para ela, de inicio ela se assustou, e depois achou incrível.
Connor ainda estava um pouco atordoado, eu peguei em sua mão e coloquei sua cabeça em meu ombro, ele deitou e descansou até nós chegarmos na casa dos meus pais. Minha irmã tinha 16, então ainda mora com meus pais. Eu também expliquei tudo para eles do que estava acontecendo. Connor acordou e meus pais lhe deram um remédio e um pouco de água. Connor disse que não estava entendendo nada, e que a ultima vez que ele teria me visto era no meu apartamento. É, o Mensageiro entrou no corpo dele por que queria me ver morrer, e queria que o meu melhor amigo me matasse.
Mas porquê? Por quê ele queria me matar? Eu não sei, só sei que agora eu tenho que encontrar aquele diário o mais rápido possível, antes que algo aconteça.
VOCÊ ESTÁ LENDO
𝑨 𝑻𝒓𝒊𝒍𝒉𝒂 𝑫𝒐 𝑴𝒆𝒅𝒐.
Bí ẩn / Giật gânEm 1994, um homem caminhava em uma estrada enigmática, ele era um detetive experiente em casos sobrenaturais. Ninguém acreditava em seu potencial, então, para confirmar suas ideias de casos bizarros naquela trilha, o próprio decidiu ir até lá para i...