a história a seguir tem intenções de tocar na ferida de todos.
dia 21/7/12
eu tinha cinco anos, meu pai era um empresário que vivia em viagens de trabalho importantes, sempre saindo do país, ficando uma semana, ou até um mês viajando
era num sábado, me lembro da tarde ensolarada que fazia, os pássaros cantado no jardim da minha casa, os raios solares em meu rosto, o céu sem nenhuma nuvem, era o dia perfeito, até a mamãe me chamar em seu quarto para uma conversa, eu não estava preparada para o que poderia vir aí.
meu pai tinha ido viajar pela manhã do mesmo dia, seu vôo partia as dez horas da manhã e ele só chegaria no seu destino a noite, mamãe começou dizendo que meu pai sempre teve muito orgulho de mim, que ele me amaria para todo o sempre e sempre estaria me protegendo, independente de onde ele estivesse.
eu, uma criança inocente, não estava entendendo nada, até que ela conta a bomba, o avião do papai tinha caído, papai tinha falecido com a queda do avião.
o motivo do avião ter caído? a turbina do avião estava com problemas, e durante o vôo, ela explodiu.
quando mamãe me contou aquilo, senti meu mundo cair, meu chão desabar, papai não estava mais conosco, papai nunca iria chegar de viajem com vários presentes para mim e para minha mamãe, papai nunca mais iria me encher de beijinhos depois de eu comer todo o prato de comida no almoço e dizer que eu era seu orgulho, papai estava morto.
os próximos dias foram preto e branco, sem o papai aqui do meu lado era horrível, papai era a única pessoa que eu mais confiava, quem eu mais amava, quem mais me apoiava.
depois de um mês de seu falecimento, mamãe e eu começamos a ir ao psicólogo, ele sugeriu não nos desfazermos dos pertences mais importantes, valiosos e nostálgicos do papai, como relógio, perfumes, algum item de apego dele.
dois anos depois, mamãe e eu nos mudamos para o Texas, ficamos lá até eu completar meus quatorze anos, foi quando, mamãe resolveu que iríamos mudar de país novamente, só que dessa vez, para a Coréia do Sul.
no começo foi difícil me acostumar com as pessoas, o idioma era diferente, não muito diferente do japonês, no começo, eu ficava sozinha durante o intervalo por não saber me comunicar com as pessoas, e ser muito introvertida.
até que, com dezesseis anos, no primeiro ano do ensino médio, uma garota chegou no colégio, ela era linda, ela não parecia real, tinha traços tão marcantes, ela era única, seus olhos eram grandinhos, diferente dos coreanos que eu estava acostumada a ver todos os dias, boca rechonchuda, ombros largos, era baixinha, ela era perfeita.
com dezesseis anos, eu já era fluente em coreano, porém, eu era um fantasma naquele lugar, até que, no intervalo daquela manhã de segunda feira gelada, eu estava sentada com meu almoço, quando senti alguém sentando ao meu lado, quando olhei, era ela, a garota qual eu admirei os quatro últimos períodos inteiros.
ela estava do meu lado, me encarando, sorrindo para mim, com os olhos brilhando, eu não sei o que eu estava sentindo, mas era muito bom, fui tirada de meus pensamentos quando ouvi a garota perguntar se podia sentar ao meu lado, obviamente eu disse que podia, ela me disse que seu nome era Chaeyoung, foi aí que começamos a nos aproximar, viramos grandes amigas, nós éramos inseparáveis, éramos como ketchup e mostarda.
até que, com o passar do tempo, eu fui me conhecendo melhor, descobrindo quem eu realmente era e o que estava acontecendo, eu era lésbica, e estava apaixonada por Chaeyoung, minha melhor amiga, meu mundo desabou pela segunda vez, e se ela não sentisse o mesmo por mim? e se ela fosse homofóbica? e se ela não me aceitasse? foi aí que vieram as perguntas, e com isso, as inseguranças.
eu era uma adolescente, que não sabia para quem contar isso, porque a única pessoa que eu teoricamente podia contar, era minha melhor amiga.
eu não iria contar para minha mãe agora, eu sabia que a minha mãe nunca me apoiaria e eu seria expulsa de casa, e esses não eram os meus planos no momento.
então eu estava sozinha, de novo, eu não podia contar isso para ninguém, e nem deixar que ninguém suspeitasse sobre a minha sexualidade.
★
oioi, morecos! estou escrevendo essa fic autoral inspirada nas histórias que eu faço antes de dormir com pessoas que eu não conheço, então decidi fazer dessas histórias uma fanfic de michaeng! Já estou com o segundo capítulo pronto, já vou me desculpando pela minha péssima escrita e pelos possíveis erros de português! Obrigada por ler! <3
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história de um (talvez) clichê
FanfictionEM ANDAMENTO Mina tinha recém se mudado para a Coréia do Sul após a morte de seu pai, passou anos sozinha naquela escola e, no primeiro ano do ensino médio, Chaeyoung apareceu como um anjo para alegra-la, só que, o que Mina não contava, era que iri...