A Queda

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Sangue escorre pelo meu braço esquerdo, sangue verde neon, deixando rastros por onde ando. Olhando para trás, vendo minha nave detonada, várias partes quebradas com o pouso forçado. Tocando o pedaço de ferro que estava em meu ombro esquerdo, enrolando meus dedos em torno do metal e puxando com força, ele saiu de uma só vez.

  Muitas das minhas armas e meu capacete foram danificados pelo impacto. Vagando sem rumo pela extensa floresta, procurando um lugar para limpar e cuidar da ferida em meu ombro. Caminhando lentamente pelo planeta desconhecido, olhando o chão que pisava. Meus passos aumentaram quando meus olhos captaram o brilho de um reflexo de luz na água.  Caminhando rapidamente até aquele local, caindo de joelhos no chão, colocando a mão esquerda na água e levando consigo um pouco do líquido, levando-o à boca.

A água escorria em minha garganta seca, quando já estava satisfeito, tirei minha máscara, o bracelete e todo tipo de arma que estava em meu corpo, quando já estavam todos fora, tirei minha tanga e entrei na água gelada, me lavando para remover qualquer tipo de cheiro que pudesse indicar minha localização.

Voltando para a terra, colocando a tanga e uma caveira que não foi perdido no impacto, o crânio foi colocado na frente da tanga perto da pélvis. Separando os equipamentos estragados como o Plasmacaster que foi danificado pelo o destroço que perfurou seu ombro, o disco não estava ligando, e a minha máscara que tinha diferenças funções, movendo a mascara para mais perto dos meus olhos examinando cada arranhão, ela seria a minha prioridade, já que era ela que fazia a maior parte do meu equipamento funcionar.

Pegando minhas coisas e colocando nos lugares certos, mesmo que não funcionem, não posso perder nenhum, não sei em qual planeta estou e não sei sobre os habitantes desse lugar. Caminhando de volta para a nave para procurar o meu kit médico que não estava entres os pertences. Olhando atentamente para o seu arredor a procura de qualquer coisa que pudesse me atacar.

Movendo meus olhos para frente, percebendo movimentações perto da minha nave, me movendo para atrás de uma grande árvore na sombra para que ninguém me visse. Olhando para os homens na minha frente, estudando cada coisa sobre eles, seus corpos excessivamente altos, caudas longas e finas, pele azul que tinha bolas brilhantes.  Suas armas estavam desatualizadas, flechas e lanças.

Deduzindo pelo o que viu esses nativos não teriam as peças da nave para eu conseguir substituir. Observando quando um dos homens apontaram para o meu sangue florescente no chão da floresta, eles olharam e começaram a seguir o rastro em direção do rio, me deixando sozinho naquele local para pensar no que iria fazer.

Saindo de trás da árvore, procurando um lugar em eu poderia passar a noite. Vagando pela a floresta até achar uma pequena caverna, indo para o fundo e sentando no chão, apoiando minhas costas contra a parede de pedra. Retirando novamente os dispositivos estragados e deixando em um canto. Olhando por dentro daquele lugar, achando alguns galhos e folhas que poderiam ter chegado ali por causa do vento.

Ajuntando todos que eu encontrava, colocando um em cima do outro, pegando duas pedras e as colidindo uma contra a outra, as faíscas brilhavam na caverna escura e ficou assim até que as plantas pegaram fogo fazendo os galhos queimarem. Pegando sua faca que estava amarrado na manta térmica quadriculada que cobria a superfície das minhas pernas, aproximando a lâmina no fogo deixando lá por algum tempo e depois puxou, aproximando de seu ombro, respirando profundamente enquanto pressionava ela contra sua pele, o cheiro de queimado inundou os meus sentidos puxando-a de meu ferimento que agora está cauterizado. Mas, faltava a parte de trás.
Fazendo o processo novamente algumas vezes, demorando para acertar o machucado das minhas costas. 

Deitando no chão de lado, com o ombro machucado para cima, apoiando a cabeça em meu braço direito, fechando os olhos, deixando o descanso entrar no seu corpo.


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Não vou fazer esse personagem apelão e que todos se apaixonam por ele. Vai ser algo normal, e no decorrer da história vou ver com qual personagem ele vai se encaixar.

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