Capítulo 9 - Wolf Song (Canção do lobo).

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"O lobo uiva na floresta da noite

Uivos de fome e lamentação

Mas eu vou dar um rabo em um porco

Esse tipo de coisa se encaixa em estômagos de lobo"

Jonna Jinton - Wolf Song.

— Meu amor olha pra mim. — Jongin tentava fazer  Kyungsoo se acalmar sem sucesso.

— "Minha filhote." — Duas vozes falam ao mesmo tempo. — "Ela morreu, eu posso sentir... Ela morreu."

— Kyungsoo, você tem que se acalmar. — Jongin tenta de novo. — Você e seu lobo estão fora de controle.

Kyungsoo não escutava, ele não via nada, apenas dor e o vermelho.

— "Ele vai me pagar." — Fala se afastando dos braços de Jongin. — "Argh!!" — Kyungsoo cai no chão de dor, seu corpo estala ruidosamente, pelos começavam a aparecer em braços, e ele foi ganhando a forma de um gigantesco lobo branco com olhos vermelhos feito sangue.

— Belíssimo. — Jongin olha admirado.

Kyungsoo olha para Jongin e depois fareja o ar, ele o achou, se lobos pudessem sorrir, Kyungsoo estaria neste momento sorrindo feito o diabo. Ele se aproxima de Jongin e passa o focinho em sua cabeça, o alfa sente uma gota de água pingar em seu rosto, olhando para cima ele percebe ser uma lágrima solitária de Kyungsoo.

— Eu sei... Eu sei. — Assim Kyungsoo sai correndo deixando Jongin para trás. — Vou ficar te esperando. — Cassano se transforma e corre na direção contrária a de  Kyungsoo.

Enquanto isso, Woon Jun corria sem rumo pela floresta densa, ele estava em pânico. O mesmo nunca tinha visto um lobo daquele tamanho em toda sua vida, ele lembrava de sua mãe se transformando às vezes mas ela nunca ficou em um tamanho daquele.

— Mas que merda. — Woon Jun fala após ouvir um rugido grotesco atrás de si. — Para onde? Para onde? Que droga. Merda, merda, mer... Ah! — Ele cai no chão com algo em cima de si.

Abrindo os olhos lentamente vê um lobo brando o encarando com os dentes gigantescos e muito afiados. Woon Jun podia sentir lufadas de ar chegando em seu rosto, e os olhos eram assassinos.

— Me deixa em paz.

— "Você nunca me deixou."

— Kyungsoo — Woon Jun perguntou em choque. — É você mesmo?

— ...

— Me solta seu cachorro pulguento. — Woon Jun tenta empurrar Kyungsoo para longe sem sucesso. — Eu juro que te mato.

— "Calado seu monte de merda insignificante, eu deveria te matar aqui mesmo, mas eu quero ver você sofrer e implorar por sua vida inútil... Sabe o quanto eu sofri em suas mãos? Hoje foi o último dia que você me fez chorar e gritar de dor, eu juro pela minha Luna que nunca mais você me fará sofrer."

— Quem diabos é Luna.

— "A filha que você matou quando me chutou."

— Hahahahahahahahahahahahahahah.... Eu matei.... Hahahahahhahahahaha... Quem poderia imaginar que alguém como você engravidaria.

— "Seu psicopatinha de merda." — Kyungsoo sai se cima de Woon Jun e em seguida abocanha o calcanhar do mesmo o arrastando pela floresta, os gritos de dor podiam ser ouvidos a quilômetros.

Kyungsoo fingia que não escutava, ele não tinha tempo para isso, o mesmo precisava de um hospital, mas só iria quando deixasse Woon Jun em um lugar bem confortável. Depois de quase uma hora arrastando Woon Jun, Kyungsoo chega em sua casa e enfim solta o tornozelo do mesmo que estava em carne viva, podendo até ver o osso. E assim enfim Kyungsoo se deixou cair, só não caindo no chão por Woon Jun o pegar no último segundo.

— Amor. — É a única coisa que Kyungsoo diz antes de apagar.

— Levem esse inútil. — Fala para os seguranças, que assim Jongin que sai com Kyungsoo, eles pegam o corpo ainda vivo de Woon Jun o levando para a parte de baixo da propriedade.

Enquanto isso, Jongin levava um Kyungsoo desacordado para dentro, ele sobe as escadas e vai em direção do último quarto à esquerda, abre a porta com o pé e segue em direção a cama colocando Kyungsoo delicadamente.

— Sinto muito meu amor, eu não pude fazer nada, mas tenho certeza que quando você acordar aquele... Não estará mais vivo. —Jongin cobre Kyungsoo e em seguida liga para um médico de confiança, ele sendo uma espécie rara não podia ir a qualquer médico. Quando termina a ligação, ele sai do quarto e desce as escadas. — Você.

— Sim mestre.

— Descubra quem tirou Kyungsoo daqui sem ninguém perceber.

— Sim mestre.

— Eu o quero vivo.

— Sim mestre.

— Levaram Woon Jun para baixo?

— Sim mestre.

Jongin dispensa o segurança e vai em direção da porta que levava para baixo. Chegando no subsolo ele já sente o cheiro de sangue seco e o medo de Woon Jun.

— Me tire daqui. — Woon Jun falou assim que viu Vincenzo.

— Você ainda tem esperanças de amanhecer vivo.

— Não seja estúpido. — Woon Jun falou rindo. — Você é como eu.

— Eu não sou a melhor pessoa do mundo, mas também não finjo ser algo que não sou. — Kyungsoo deixa suas garras aparecerem e as enfia no rosto de Woon Jun. — Você matou minha herdeira, feriu meu ômega, você assinou sua sentença.

— Para... Para, por favor. — Woon junpede com uma voz chorosa.

— Você não é humano. Foi tão cortado, esticado e puxado até que não sobrou nada. Jogou fora sua humanidade. É só pele, Woon Jun. Só pele, e nada mais. — Jongin enfia mais as garras. — Eu não mato humanos, mato monstros, e adivinhe... Você é um desses monstros. — Retira suas garras e solta Woon Jun. — Hoje é um lindo dia para matar.

O Kim era conhecido por não deixar rastros de suas vítimas. Com uma só mordida o corpo de Woon Jun foi engolido, ele não teve nem a oportunidade de gritar por ajuda.

— Vamos ver como está meu amor. — Jongin fala voltando ao normal. — Acho que isso vai me fazer mal. — Diz passando a mão no estômago.

 Jongin sai do subsolo e volta para dentro de casa, indo ver como Kyungsoo estava. O médico já tinha vindo e cuidado do mesmo, só faltava esperar ele acordar e ver como o mesmo estaria mentalmente. 

Lúpus - KaiSoo.Onde histórias criam vida. Descubra agora