Capítulo 3

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Natasha sabia que suas amigas não teriam sucesso se tentassem segui-la, ela andava em frente ao pequeno parque sempre vinha aqui quando precisava pensar.

A menina dos olhos verdes sabia que deveria dar uma chance a Wanda, mas era tão difícil. Quando ela olhou para a menina, viu a mesma pessoa que tinha lido seus textos privados em voz alta na frente da escola inteira. Deveria ter ressentimentos em relação a menina, certo?

Mas, ao mesmo tempo, a Wanda que tinha aparecido em sua porta era completamente diferente. Todas suas amigas sabiam que algo estava acontecendo, mas nenhuma tinha qualquer ideia do que era.

Natasha gemeu, sentando-se em um banco na parte de trás do parque e ajeitou o cabelo com a mão. Levantou a cabeça, fazendo uma pausa por um momento. Algumas margaridas, um pouco longe, chamou sua atenção. Era um milagre elas ainda estarem sobrevivendo, considerando o quão estava ficando frio com a chegada do inverno. Imediatamente, Natasha puxou seu pequeno caderno pra fora da mochila e segurou lápis entre os dentes enquanto ela virava para uma página limpa.

A razão para Natasha amar desenhar é que ela poderia capturar a essência de um momento. Ela gostava de ter que tomar tempo e estudar, conhecer cada curva e linha, cada destaque e sombra, cada pequena imperfeição. Era assim que ela descobria a beleza nas coisas.

Ela começou com o tronco curvando as margaridas, certificando-se de realçar o brilho do sol contra a grama em torno das flores. O lápis riscando contra o papel grosso que trabalha em uma velocidade impressionante. Seu cabelo caía na frente de seu rosto e ela tomou o lábio inferior entre os dentes em concentração.

Sua mão congelou quando ela olhou para cima. Sua visão das flores havia sido bloqueada em uma pequena figura e Natasha reconheceu imediatamente sua camisa.

"Wanda, o que é..?" A voz de Natasha sumiu quando Wanda se virou, segurando um punhado de flores. As margaridas que Natasha tinha desenhado agora estavam nas mãos de Wanda. A pequena menina parecia mais do que satisfeita consigo mesma. A mais nova levantou as flores, feliz, para que Natasha pudesse ver.

"Encontrei elas." Wanda sorriu largamente, caminhando até Natasha e praticamente enfiando as flores em seu rosto. Natasha estalou, empurrando as mãos de Wanda para longe de seu rosto, o que fez com que as flores caíssem no chão.

"Ouch," Wanda murmurou, curvando-se no chão para pegar cada flor, individualmente, e verificando se as flores estavam bem. Natasha cruzou os braços e ficou na frente da menina mais nova.

"Por que você pegou as flores?" Natasha bufou, jogando seu caderno na mochila. Wanda se levantou e abraçou as flores em seu peito.

"Tinha bastante flores," ela sorriu olhando para as margaridas e rindo.

"Sim, e adivinha?" Natasha perguntou sem esperar uma resposta. "Você acabou de matá-las". A menina dos olhos verdes apontou para o pedaço de grama aonde Wanda tinha encontrado as flores.

"O quê?" Wanda sussurrou, olhando para as flores. Ela ajoelhou-se ao lado do pedaço vazio da grama e bateu suavemente. "Oh," murmurou, sacudindo a cabeça.

"Às vezes é necessário apenas admirar de longe," Natasha suspirou.

Wanda olhou para grama por um momento, procurando encontrar os olhos de Natasha. "Como você?" perguntou ela, inclinando a cabeça para o lado, como um filhote de cachorrinho confuso.

Natasha apenas revirou os olhos. "Tchau, Wanda," murmurou, pegando sua bolsa e saindo de perto antes que a garota tivesse chance de dizer mais alguma coisa. Wanda apenas assistiu Natasha em pé, apenas esperando a menina dos olhos verdes se tornar um pontinho na distância.

A pequena menina virou-se novamente para as margaridas, colocando-as delicadamente ao lado dela. Ela correu os dedos na grama, sentindo o restante das flores de onde tinha as cortado.

"Estúpida," disse sacudindo a cabeça e batendo em sua testa algumas vezes. "Estúpida," ela repetiu, pegando uma das flores e tentando colocar a flor de volta no chão.

"Má," ela suspirou. Suas mãos tremiam em frustração quando tentou fazer a margarida ficar de pé e colocá-la no chão mais uma vez. "Má, muito má," ela balançou a cabeça rapidamente e continuou tentando deixar a flor de pé.

Uma gota de água em suas costas fez Wanda dar um salto. Ela olhou para o céu, tentando entender de onde ela veio. De repente, outra, e depois outra, e outra, até que havia muitas que não dava para a menina contar.

"Ouch," ela murmurou. Ela se dobra imediatamente para baixo, apanhando as flores e segurando-as com força contra o leito. Ela balançou a cabeça, olhando em volta procurando um lugar aonde as gotas de água não a machucassem. A maior coisa que ela achou foi a floresta e então saiu caminhando com as flores na mão, tropeçando no meio do mato.

Natasha havia acabado de cair no sono quando alguém apareceu de repente em seu quarto. Ela voltou para a casa e foi direto para cama, com a intenção de deixar seus pensamentos longe de Wanda. Desde que tinha deixado a pequena menina no parque, ela era a única coisa que ocupava sua mente.

Natasha gemeu, sentando-se e olhando para a figura em sua porta. "O que você quer?" Ela bufou, esfregando os olhos e olhando para Carol.

"Onde está a Wanda?"

"Como eu vou saber?" Natasha jogou as mãos para o ar.

"Eu a deixei por vinte minutos no quarto da Darcy para fazer um trabalho e, quando voltei, ela tinha ido embora, Natasha, para longe." Carol abanou a cabeça e suspirou em frustração.

"Eu a vi pela última vez no parque," deu de ombros, passando a mão pelo cabelo. "Ela pegou a porra das flores que eu estava desenhando."

Carol respirou fundo. "Ok, aonde ela estava?"

"Nos arredores da floresta, aonde tem um banco e..." Natasha se levantou e acendeu a luz. Ela piscou algumas vezes até se acostumar com a claridade. "Por que isso importa?"

"Porque ela pode ter se perdido, Natasha," Carol riu do desrespeito de Natasha em relação a outra garota. "Sem falar que está caindo uma chuva torrencial lá fora," Natasha levantou uma sobrancelha, abaixando uma de suas cortinas e percebendo o quão horrível estava sendo o temporal.

"Ela pode cuidar de si mesma," Natasha deu de ombros, tentando não ficar preocupada com Wanda. Por alguma razão, já estava começando a se sentir mal pelo jeito que estava tratando a pequena menina. Mas Natasha não tinha esquecido o que ela fez, e continuou dizendo a si mesma que odiava Wanda.

"Isso é indiscutível," Carol murmurou, inclinando-se sobre o parapeito da janela ao lado de Natasha. "Será que Darcy sabe de alguma coisa?" A menina dos olhos verdes balançou a cabeça em negação.

"Pegue suas chaves," Carol concordou com a cabeça em direção a porta. "Eu vou explicar enquanto vamos procurá-la."

Natasha gemeu. Mas por alguma razão, pegou a chave do criado mudo e seguiu Carol. Ela achava que era o mínimo que podia fazer por Wanda; sair na chuva à sua procura.

As meninas saíram e entraram no carro de Natasha o mais rápido que podiam. "Então, o que Darcy deveria me dizer?" a menina de olhos verdes ligou o carro e andou para fora do estacionamento.

"Vá para a esquerda," Carol disse. "Nós vamos ao círculo na parte de trás do parque." A baixinha começou a olhar atentamente para fora da janela, pensando por alguns momentos. "Eu realmente não estou certa," Carol disse honestamente. "Tudo que eu sei é que, quando Wanda estava ficando alterada, Darcy encontrou vidro em seus pés."

"O quê?" Os olhos de Natasha se arregalaram e ela virou a cabeça para certificar-se de que Carol não estava brincando. "Vidro?"

"Yup," Carol assentiu mais uma vez, estalando o 'p'. "Ela teve que limpá-lo e tudo mais." Carol limpou o vidro embaçado da janela do passageiro enquanto Natasha andava lentamente circulando em torno do parque. "O estranho é que Darcy disse que parecia que Wanda tinha colocado os sapatos com os pés machucados pelo vidro."

"Que diabos?" Natasha balançou a cabeça, ficando cada vez mais confusa com aquela situação. "Isso é tão estranho."

Carol apenas balançou a cabeça em concordância. "Bem, ela está aqui agora, não há muito o que fazer além de ter certeza que ela não vai acidentalmente incendiar o apartamento."

"Eu não vou vê-la," disse Natasha calmamente. Elas tinham circulado o parque inteiro, sem nenhum rastro de Wanda. Elas se entreolharam e Carol fez sinal para Natasha sair do carro. A menina de olhos verdes levantou uma sobrancelha.

"Por que eu?"

"Em primeiro lugar, você é a única que deixou a menina sozinha aqui fora." Carol enviou a Natasha um olhar incriminador.

"Ela não é minha responsabilidade," Natasha argumentou, cruzando os braços e olhando para fora da janela. Isso foi incomodando, ela estava começando a se sentir mal por Wanda. Natasha nunca pensou que isso poderia acontecer. "Ela merece estar aí fora na chuva. Ou pior."

"Você não deveria dizer isso, Nat..." Carol se aproximou e colocou a mão no ombro da mais nova. "Ela é diferente..." a menina menor pensou por um momento. "Você e eu sabemos que ela não é a mesma pessoa que era a alguns anos atrás."

"Sim," Natasha revirou os olhos. "Pelo menos há alguns anos atrás ela sabia que não éramos amigas." Carol olhou para Natasha e parou suas mãos no ar, como se estivesse se rendendo. "Tudo bem, tudo bem, eu vou." Ela estendeu a mão no banco de trás, "Cadê meu guarda-chuva?

"Eu acho que a Mon pegou emprestado semana passada."

"Que ótimo," Natasha murmurou, fechando os olhos e respirando fundo. "Você me deve por isso, Danvers." Carol sorriu provocante para ela e Natasha deu uma última olhada para a outra garota antes de empurrar a porta do carro, colocando os pés no asfalto molhado.

A chuva batia contra seu carro, soando como um coro de tambores marchando pela rua. Depois que ela fechou a porta do carro, levou suas mãos para proteger os olhos da chuva terrível. Natasha nunca, em um milhão de anos, imaginou que estaria fazendo algo como isto para ajudar Wanda Maximoff. Na verdade, ela provavelmente seria a única pessoa a deixá-la sozinha na chuva, por vingança. Mas agora, agora o jogo havia virado.

Carol deu um polegar para cima de dentro do carro. Natasha sacudiu a mão em resposta, antes de tirar seu cabelo molhado do rosto e pular para cima da calçada. Ela decidiu que a melhor ideia seria ir para o último lugar que tinha visto Wanda.

Natasha saltou quando um trovão fez um estrondo no céu escuro.

A menina dos olhos verdes disse a si mesma que estava correndo porque queria sair da chuva o mais rápido possível. Ela não poderia estar ali, porque estava preocupada, não é?

Natasha tirou essa ideia do pensamento e derrapou até parar perto do banco aonde tinha deixado Wanda. Ela quase caiu no impulso, considerando que o terreno já estava escorregadio.

A menina dos olhos verdes olhou ao redor, encontrando nenhum sinal da menina. "Wanda?! chamou, colocando suas mãos ao redor da sua boca para fazer a voz ir mais longe. Ela escutou por alguns segundos, tentando ouvir alguma resposta em meio a chuva. Depois de alguns momentos, sem nenhuma resposta, Natasha começou a circular a região.

Onde Wanda poderia ter ido? O estômago de Natasha caiu quando ela pensou em todas as coisas possíveis que poderia ter acontecido com a menina. Seus olhos pousaram em uma pegada que havia sido marcada recentemente.

"Wanda?!" ela chamou novamente, seguindo a pegada até a floresta. A chuva era pesada e continuava batendo nas folhas a cima dela, fazendo um barulho consideravelmente alto. Ela já estava encharcada da cabeça aos pés e agora seus coturnos estavam cobertos por uma fina camada de lama.

Natasha enxugou os olhos, olhando para suas mãos, que agora estavam cobertas de linhas pretas de sua maquiagem arruinada. A menina dos olhos verdes usou a manga de seu suéter para esfregar o resto de maquiagem de seu rosto, ainda ouvindo atentamente para qualquer possível sinal de Wanda.

Adentrando mais a floresta, Natasha ergueu a cabeça em todas as direções para tentar encontrar a garota. A chuva não mostrava sinais de parar tão cedo. Ela só podia rir da própria situação em que chegou.

A mais velha parou de andar quando notou algo branco no chão, visível entre a sujeira escura. Ao pegá-lo, percebeu que era uma das margaridas que Wanda tinha colhido anteriormente. Uma mistura de raiva e preocupação começou a borbulhar em seu estômago.

"Wanda?! Onde você está?", ela chamou, segurando a margarida e caminhando ainda mais pra dentro da floresta. A vegetação ficava cada vez mais densa e Natasha olhava para trás a cada instante para certificar-se que sabia o caminho de volta.

Um forte trovão a fez saltar e momentos depois ela escutou um gemido de perto. Tinha que ser Wanda. "Wanda?" disse em voz alta, olhando em volta. Um vulto de branco atrás de uma árvore chamou sua atenção e ela correu até lá, percebendo que o vulto branco pertencia a um par de converse branco.

"Wanda?" Ela circulou a árvore e suas suspeitas foram confirmadas. A menina mais jovem estava sentada enrolada como uma bola, com as mãos sobre os ouvidos e com a cabeça nos joelhos. Natasha tinha que lembrar-se que esta era a garota que tinha feito sua vida um inferno por três anos.

"Wanda," disse mais alto do que antes, cutucando a perna da menina com o pé. A cabeça de Wanda levantou-se e o olhar de terror surgiu em seu rosto, mas rapidamente foi substituída por uma expressão de alívio quando viu Natasha na sua frente.

Natasha quase caiu pra trás quando Wanda ficou de pé e colocou os braços ao redor de seu pescoço. Wanda Maximoff estava abraçando ela? Isso era novo. "Tasha," a menina menor cantarolava.

"Esse não é meu nome," disse Natasha firmemente, empurrando a menina encharcada fora dela. "O que você está fazendo aqui?"

Wanda inclinou a cabeça para o lado em pensamento. Alguns momentos depois, ela se abaixou e pegou um punhado de margaridas que havia colhido. As flores estavam encharcadas e Wanda as apertava contra si. "Eu as matei," murmurou sacudindo a cabeça.

A menina menor se agachou, tentando colocar as flores no solo do mesmo jeito que estavam antes de serem arrancadas. Ela caiu para o lado e bufou. "Estúpida, estúpida, estúpida," murmurou baixinho, tocando no lado de sua cabeça com os dedos.

"Não há nada que você possa fazer sobre isso," Natasha levantou uma sobrancelha, depois de observar as ações da menina. A chuva apertou mais ainda agora, mas Wanda parecia não se importar. Ela continuou tentando consertar as flores e ficou mais frustrada quando não conseguiu o resultado que queria.

"Wanda," Natasha bufou, agarrando o braço da pequena menina e puxando-a para ficar de pé. Wanda cambaleou para trás instantaneamente, esfregando o braço para cima e para baixo.

"Ai."

"Você está bem", Natasha sacudiu a cabeça e começou a caminhar na direção que veio."Nós estamos indo de volta para casa, vamos lá."

"Casa?" Wanda animou-se ao ouvir as palavras da menina mais velha. Ela rapidamente recolheu as flores e as abraçou contra o peito. Natasha fez uma careta, vendo que a camisa de sua banda favorita que Wanda usava estava completamente suja de lama. Ela simplesmente continuou andando.

"Casa com minhas amigas?" Wanda tentava andar ao lado de Natasha, respirando com dificuldades de tentar alcançá-la.

"Eu não sou sua amiga," Natasha murmurou, pegando o ritmo. Ela estava ansiosa para chegar em casa e tirar suas roupas molhadas e de seus coturnos com lama.

"Mas nós tínhamos Química juntas, por isso somos a-,"

"Nós não somos amigas!" Natasha estalou, virando-se . "Eu não sua amiga e você não deve esperar que eu seja depois de toda merda que você me fez passar! Então, só... para de falar."

"Oh," Wanda disse calmamente, abaixando a cabeça e caminhando atrás de Natasha. O resto da caminhada foi tranquila, exceto por Wanda resmungando 'estúpida' para si mesma a cada poucos minutos. Natasha forçou-se a ignorá-la.

Elas finalmente saíram da floresta e Wanda fez uma pausa, olhando em volta lentamente. Ela encontrou o local onde as margaridas estavam e se ajoelhou. "Eu sinto muito, flores," disse suavemente, colocando cada uma das margaridas para baixo com cuidado. "Boa noite."

Natasha estava a poucos passos de distância com os braços cruzados, observando as ações de Wanda. A menina dos olhos verdes se forçou a ignorar a culpa que atualmente estava sobre ela. Wanda levantou-se lentamente e voltou até Natasha, mantendo o silêncio como a mais velha havia dito anteriormente.

Natasha apenas respirou fundo e continuou andando, suspirando de alívio quando o carro de Carol ficou à vista. Wanda correu atrás dela, sem saber para onde estavam indo.

"Entre," Natasha apontou para o banco de trás do carro. Wanda acenou com a cabeça e seguiu suas instruções. Natasha gemeu quando percebeu o quão sujo o carro dela estava ficando. Ela fechou a porta de trás de Wanda e caminhou até o lado do motorista.

"Onde ela estava?" Carol perguntou assim que Natasha sentou-se. A menina dos olhos verdes se viu no retrovisor e fez uma careta.

"No meio da floresta, como uma idiota," Natasha bufou, sem se preocupar em olhar para a menina no banco de trás.

"Estúpida," Wanda murmurou, reafirmando o que Natasha havia dito. Carol lançou um olhar antes de voltar a enfrentar Wanda.

"Você está bem? Está machucada?" Carol perguntou preocupada. Wanda inclinou a cabeça para o lado e levantou as mãos na frente do rosto.

"Está frio," foi tudo que a menina menor disse, abraçando seu próprio corpo. Ela olhou para seu colo e balançou a cabeça e Natasha a olhava através do vidro retrovisor.

Ela era louca. Ela estava brava com Wanda por magoá-la. Ela estava brava com Wanda por ter voltado. Natasha estava brava com a mudança de Wanda, como se ela nem sequer recordasse do que tinha feito para feri-la.

Mas, o mais importante, ela foi ficando cada vez mais furiosa consigo mesma por não odiar a garota no banco de trás do carro. Porque esta Wanda não era nada parecida com aquela que havia conhecido na escola.

Yellow - WantashaOnde histórias criam vida. Descubra agora