Epílogo parte 1

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"Sim, mãe," Natasha rolou os olhos, olhando para a garota no banco do passageiro. "Acabamos de sair do aeroporto. Estaremos aí em breve."

"Você vai ver mãe, eu te disse," Natasha mordeu o lábio e olhou para Wanda. A menina menor no banco do passageiro sorriu suavemente. "Tudo bem mãe, eu tenho que dirigir. Te vejo em breve."

Natasha riu suavemente assim que desligou, colocando seu telefone no segurador de copos e entrelaçando seus dedos com os de Wanda, com sua mão livre.

"Você parece nervosa," Wanda inclinou sua cabeça para o lado levemente, deixando seu cachos soltos caírem sobre seus ombros. "Você está nervosa?"

Natasha deu de ombros e levou sua atenção novamente à rua, seguindo a rota familiar para sua casa de infância. "Um pouco, sim. Eu não tenho nenhuma razão para estar, na verdade."

"Vai ser divertido, certo?" Wanda brincou com o pulso de Natasha distraidamente.

"Claro que sim," Natasha sorriu. "Você vai poder conhecer minha família louca." Wanda riu e travou círculos na mão de Natasha.

Semanas haviam passado desde que Wanda havia sido absolvida. As estações haviam mudado, deixando uma leve camada de neve pelo chão de Nova Iorque. Em Miami, entretanto, a temperatura estava praticamente perfeita. Era confortável do lado de fora, não importava o que você estava vestindo.

Depois que ela foi solta, Wanda começou a fazer uma rotina de consultas de terapia. Primeiramente, a menina mais nova estava hesitante. Mas com incentivos de Natasha e tempo, as consultas duas vezes por semana começaram a mostrar progresso.

Ela nunca voltaria a 100% normal. Mas como seu médico havia dito, sempre havia espaço para uma melhora.

Uma das maiores preocupações de Natasha era seu relacionamento com Wanda. Ela havia conversado com a terapeuta de Wanda logo que chegou, atirando uma pergunta atrás da outra na mulher de meia idade.

O que ela tinha conseguido era uma lista interminável de termos médicos, que basicamente explicavam para Natasha que sim, Wanda era capaz de amar. E que uma relação estava bem, desde que as coisas fossem devagar e que Wanda estivesse ciente de onde as coisas estavam indo.

Wanda estava ciente. Definitivamente ciente. Quando Natasha havia discutido com Wanda sobre o futuro, ela encontrou uma Wanda tagarela, que não parava de falar sobre como chamariam sua criança e de que cor pintariam sua casa. (Amarelo, obviamente.)

Pensar em passar o resto da vida com Wanda trazia borboletas ao estômago de Natasha sempre. Mas ela podia esperar. Quanto mais pessoas ela conhecia diariamente, mais ela via o quanto precisava de Wanda.

E agora, aqui estavam elas. Semanas depois, de mãos dadas no seu carro indo para a antiga casa de Natasha. A mãe de Natasha havia convidado ela e sua 'namorada misteriosa' para passar o natal.

Então sim, Natasha estava nervosa.

Extremamente nervosa. Ela não fazia ideia de como seus pais reagiriam quando descobrissem quem a garota misteriosa era na realidade. Porque até onde eles sabiam, Natasha ainda odiava Wanda com cada parte do seu corpo.

"Aqui estamos," Natasha sorriu nervosamente. Ela apertou a mãe de Wanda e fez menção para a casa na esquina. Um grupo de crianças pequenas estavam reunidas na frente da casa, chutando uma bola inflável de praia.

"Eu gostei," Wanda deu um grande sorriso, se ajeitando no banco para ter uma visão melhor da casa. Natasha estacionou o carro e respirou fundo, se virando para Wanda.

"Está pronta?" ela perguntou, mordendo o lábio. Wanda assentiu.

"Você está?" ela rebateu, se prendendo no fato de que Natasha estava mais nervosa do que havia admitido estar.

Yellow - WantashaOnde histórias criam vida. Descubra agora