Hat-trick (cuti2son)

Único

Isso aqui é puro surto kkkkkkkk nação 2son e nação cutison, uni-vos

Heungmin Son não era homem para namorar. Não é que fosse um sujeito ruim, longe disso na verdade! Era adorado por quase toda a universidade de Tottenham e era bastante popular justamente por esbanjar gentileza e simpatia. A questão é que firmar compromisso com alguém estava fora dos planos dele até se formar.

Os boatos diziam que tinha alguma espécie de acordo com o rígido pai, que só permitiu que o filho saísse da Coreia do Sul e fosse para Inglaterra com a promessa de dedicação total aos estudos. Para o pai, um relacionamento poderia ser uma grande distração já que Son se apegava fácil, era sensível demais e tinha tendência a depender emocionalmente das pessoas que gostava, então melhor seria se ficasse solteiro até conseguir se formar com honras. Os amigos achavam um exagero, mas não se metiam ou faziam muitas perguntas, afinal a limitação para um romance sério não impedia o sul coreano de se divertir.

Sonny, como era conhecido pela maioria das pessoas, era um aluno modelo. Nunca faltava às aulas e não tinha o costume de se atrasar, não tirava nenhuma nota abaixo de 9 e era o queridinho dos professores pela boa educação e zelo que tinha com os estudos. Em contrapartida, costumava frequentar festas aos finais de semana e era nelas que extravasava todo o estresse do dia a dia. Bebia, dançava, jogava conversa fora e quase sempre terminava a noite acompanhado de alguém.

Não era nenhum cafajeste, sempre deixava claro que só queria se divertir e que até poderiam repetir a dose, desde que a pessoa com quem dormiu estivesse ciente de que não havia a menor chance de engatarem um romance. Não costumava ter problemas, afinal não era o único que buscava aliviar a tensão da vida acadêmica dessa forma.

Richarlison gostava das condições de Son porque assim como ele não estava interessado em um relacionamento. Havia recém saído de um namoro cheio de cobranças e estava fugindo de estresse, só queria curtição e foi exatamente o que teve com Son assim que se conheceram.

Tottenham era conhecida por receber alunos intercambistas de todo o mundo, Richarlison era recém chegado na faculdade e estava numa festa de recepção aos calouros quando viu Son pela primeira vez. O veterano se apresentou com um sorriso cheio de dentes branquinhos e se colocou à disposição para ajudar o novato com qualquer dúvida ou necessidade acadêmica que tivesse. A interação se iniciou de forma inocente, Son gostava muito de ajudar e fazer amigos, mas conversa vai, conversa vem, e com o incentivo do álcool, decidiram que seria uma boa ideia terminarem a noite juntos no dormitório de Son.

Repetiram a experiência diversas vezes. Eram bons amigos fora da cama e Son cumpriu a promessa de ajudar o calouro, seja com conselhos, anotações antigas de algumas matérias ou dicas sobre como se virar no campus e na cidade. Quando tinham um tempo livre, gostavam de almoçar juntos e conversar sobre futebol — grande paixão de ambos — e qualquer papo que viesse à mente, apesar das diferenças culturais o assunto simplesmente fluía entre eles. Estava tudo numa boa até Richarlison se apaixonar. Antes que se desse conta não conseguia parar de pensar em Son, no seu sorriso largo, sua risada gostosa e nos afagos no cabelo curto que constantemente recebia dele. No começo ignorou os próprios sentimentos, mas tudo piorou quando já não fazia mais sentido ficar com outras pessoas, estava fodido

Não era o único. Cristian Romero, apelidado de Cuti, se apaixonou por Son assim que colocou os olhos nele. Ele era lindo, mas não foi isso que chamou sua atenção logo de cara, o responsável pela paixão instantânea era aquele sorriso enorme e contagiante que ele tinha. Era impossível ficar triste perto de Son. Não foi difícil se aproximar já que ambos faziam parte do time de futebol da universidade e tinham alguns amigos em comum. A amizade foi imediata, de forma geral tinham gostos e personalidades bastante distintas, mas eram justamente as diferenças que os instigavam a passar tempo juntos e a cada dia descobrir um pouco mais do universo um do outro. O gosto para brincadeiras era uma das poucas coisas que tinham em comum, se provocavam o tempo todo e adoravam simular lutas corporais, brincavam que a linguagem de afeto deles eram os tapas e socos que trocavam em momentos de descontração, aos olhares alheio se assemelhavam com duas crianças que cresceram demais. Quando juntos, estavam sempre rindo. Romero gostava de pensar que tinham uma conexão especial..