Capítulo 3

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  Corro até a garota e a pego em meus braços, grito para Cisco me ajudar a levá-la para a enfermaria, a colocamos na maca e começo a analisa-la, suas roupas todas encharcadas, uma parte cheia de sangue e a outra pela chuva, procuro seus machucados, mas não encontro quase nada, apenas um corte na cabeça e outro na barriga onde provavelmente acertou o estômago. Prendo meu cabelo, coloco meu jaleco e então começo a cuida de suas feridas, assim que termino de dar os pontos e limpar a sala vejo a hora, 03:23.

  Procuro Cisco e o vejo no córtex vendo as câmeras, olho ao redor e percebo que ele limpou aqui também.

  –O que está fazendo? –Pergunto me aproximando dele.

  –Vendo como ela entrou aqui. –Ele responde sem tirar os olhos da tela do computador. –Não consigo achar nada, não a falhas ou alterações. Como ela pode ter feito isso?

  –Eu não sei, mas está tarde, acho melhor você ir, eu vou esperar ela acordar.

  –Você quer que eu te deixe aqui sozinha com ela? –Ele pergunta finalmente me olhando nos olhos.

  –Eu não estou sozinha, eu tenho a Frost e você tem que descansar.

  –Tem razão, mas você também tem que descansar, ainda deve estar de ressaca.

  –Eu sou a médica dela, não posso deixa-la sozinha. Além disso, eu já estou melhor, você pode ir. –Digo finalmente o convencendo.

  –Ta, mas eu volto. –Ele fala pegando suas coisas e indo embora.

  –Quero vê-lo aqui só depois das 12:00. –Falo indo para a enfermaria.

  –Pode contar com isso. –Ele diz indo embora.

  Vou até a garota e a olho atentamente, ela tinha os cabelos como os meus, sua pele estava pálida, seus lábios eram como os meus, mas o formato do rosto e o nariz eram diferentes. Quando penso nisso, lembro do que ela disse quando chegou, ela me chamou de mãe. É tão esquisito pensar nisso.

  Sento ao lado dela e continuo a olhando, sinto meus olhos pesarem e acabo adormecendo.

  Acordo com alguém me chamando, olho ao redor e percebo que já está de manhã, olho para a garota e ela ainda está dormindo.

  –Cait. –Barry me chama num sussurro para não acorda-la.

  –Barry.

  –Podemos conversar? –Ele me pergunta ainda sussurrando.

  Pego meu celular vejo as horas 06:58 e então saio da sala com ele atrás de mim.

  –O que foi? –Pergunto cansada e preocupada.

  –Quem é ela? –Ele pergunta apontando para a enfermaria.

  –Eu... Eu não sei. –Digo nervosa. –Ela, apareceu aqui machucada e desmaiou, então eu cuidei dela e estou esperando ela acordar.

  –Você está aqui desde ontem? –Barry perguntar surpreso.

  –É, é, eu não podia deixa-la sozinha.

  –Você não quer ir para sua casa? Dormir um pouco? –Ele pergunta preocupado.

  –Eu quero. –Frost fala, mas ignoro completamente.

  –Não, não, eu preciso ficar aqui.

  –Cait, você tá bem? –Ele me pergunta se aproximando.

  –Não.

  –To sim.

  –Se estiver assim por ontem, eu... –Ele fala se aproximando novamente e o interrompo.

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