Capítulo I

48 7 3
                                    


Acordei com a claridade invadindo todo o meu quarto. Olhei para o lado e o relógio marcava seis e meia da manhã. E, apesar da vontade de continuar na cama estivesse quase superando a obrigação que tenho com os meus afazeres, eu não podia dar espaço a preguiça e tinha que fazer o que tem que ser feito.

Sentei na cama e me estiquei o máximo que pude. Olhando para a porta da sacada avistei o enorme campo verde sendo iluminado pelo sol da manhã. Logo levantei. Tomei um banho, escovei os dentes e vesti meu uniforme do trabalho. Fiz uma maquiagem básica e desci para a cozinha para fazer meu café da manhã.

Passei o café, preparei algumas torradas e me sentei no balcão para começar a comer. Dei a primeira mordida e iniciei uma recapitulação mental dos meus afazeres do dia. Fiquei feliz ao perceber que, tirando as oito horas de expediente como recepcionista de uma advocacia, eu não tinha muita coisa para fazer. Minha casa se encontrava limpa e organizada, fruto da minha folga de ontem. Isso significava que eu teria um final de tarde e uma noite inteira para cuidar de mim mesma. Sem perceber eu sorri. Amava esses momentos de auto cuidado. Não tem nada melhor do que fazer skin care  e seguir meu cronograma capilar enquanto coloco alguma série em dia.

Porém antes de eu dar o primeiro gole no meu café, a calmaria daquela bela manhã foi ofuscada por um tremor junto de um barulho estrondoso que eu nunca tinha ouvido na vida.

O som era semelhante a um trovão e extremamente alto. Junto dele as paredes da minha casa estremeceram. Estava havendo um terremoto?

Por instinto me agarrei nas bordas do balcão. Eu sabia que o certo seria me esconder debaixo de uma mesa, mas o pânico era tanto que não consegui fazer mais nada além de me prender ao balcão como se minha vida dependesse disso.
  
Minha casa ficava isolada em um campo, o que faz do silêncio ser um dos únicos sons dos quais eu estava familiarizada. O que quer que tenha originado esse estrondo, absolutamente não era algo convencional.
 
Após os segundos que mais pareciam uma eternidade, o som parou.

Finalmente desgrudei minhas mãos do balcão, e as mesmas agora se encontravam doloridas pela tamanha força que eu havia feito sobre aquela pedra de mármore. Levei uma em direção ao meu peito e senti meu coração batendo tão depressa que poderia pular para fora a qualquer momento.
    
Conforme a adrenalina foi se dissipando, aos poucos o medo foi dando lugar a curiosidade e logo me vi na obrigação de descobrir o motivo daquele som extremamente alto.

Saí de casa e a uns bons metros da minha varanda pude avistar a estrada de terra que me levava até a cidade. Olhei panoramicamente por toda aquela grama verde do campo, quem sabe a razão daquele barulho estava ali? Mas minhas poucas esperanças morreram quando percebi que não encontraria nada.

Decidi então subir o pequeno morro que ficava atrás de minha casa, lugar onde eu realmente acreditava que poderia encontrar algo. Era uma subida meio ingrime, porém não levava muito tempo andando até chegar no topo.
 
Após alguns minutos de caminhada, cheguei ao ponto alto do morro, me abaixei ofegante apoiando as mãos no joelho. Me senti patética com o nível do sendentarismo. Sério, eu precisava mesmo começar a me exercitar.
  
Com a respiração se normalizando, finalmente levantei e olhei o horizonte. Nesse momento o susto novamente foi inevitável. Senti até mesmo um pouco de pavor.
  
Isso porque eu estava diante de uma enorme cratera, que parecia ter quase as mesmas dimensões de uma escola.
  
A princípio fiquei completamente  espantada pela grandiosidade do buraco, mas depois meus olhos foram direcionados para algo que se encontrava em seu centro.
   
No meio da cratera alguma coisa se mexia. Uma espécie de massa brilhante como um diamante. Parecia que estava tentando ficar em pé ou coisa assim.
    
Após alguns segundos, descobri que meus pensamentos estavam certos. Aquela coisa realmente se levantou e logo o seu brilho cegante foi se apagando, dando forma a uma bela silhueta masculina.
  
Rapidamente, longos cabelos ondulados de cor violeta puderam ser avistados. O homem olhava o próprio corpo, como se estivesse checando cada parte e reconhecendo cada membro. Ali, completamente paralisada, eu contemplava aquele ser aparentemente tão confuso como eu diante aquela situação.

Foi então que o homem parou de olhar seu próprio corpo e começou a observar ao seu redor. Possivelmente tentando reconhecer onde se encontrava. E de repente, aquele ser musculoso e de cabelos compridos pousa seu olhar sobre mim.



_________________________________________
Então meus amores, eu sempre fui fã de Jojo e eu sempre tive um crush ferrado no Kars, que é o vilão da segunda parte do anime.
Como infelizmente nunca achei uma fic boa dele, resolvi fazer eu mesma hehe.
Então é isso, é minha primeira fanfic, peguem leve comigo e desculpa qualquer erro💕

Você leu todos os capítulos publicados.

⏰ Última atualização: Feb 01, 2023 ⏰

Adicione esta história à sua Biblioteca e seja notificado quando novos capítulos chegarem!

My Perfect Human Onde histórias criam vida. Descubra agora