Capítulo | 013

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❧ Josh Beauchamp ❧

Parei na frente do quarto da any e abri a porta sem fazer barulho, Any se deitou na cama com a Lesi que estava abraçada na cacheada como se a jovem fosse sumir caso a pequena lhe soltasse, ela costuma fazer isso comigo, essa é um dos motivos por eu odiar tanto o "pai" da alesia, ele foi o maior responsável por esse trauam de abandono que ela tem, não só retirando a mãe dela de perto da pequena, mas também meu pai, que pretendia ser o pai que a pequena não teve, infelizmente ele não pode se manter por perto e me encarregou essa função, olhei pra alesia que dormia e vi any me olhar

Continuei ali parado, eu poderia entrar, afinal é minha casa, mas quero lhe dar esse limite, já me sinto desconfortável por ler seus pensamentos, pelo menos essa parte de sua privacidade quero deixa, por isso passei a identificar seu quarto como sua casa, assim me permitindo entrar apenas quando ela me desse permissão

— Entra - ela falou me olhando e adentrei o quarto indo em direção a cama - Ela disse que teve um pesadelo, disse que no pesadelo eu tinha ido embora

— Ela tem um pequeno trauma com partida desde que nosso pai fugiu - me sentei alisando o cabelo do meu cristalzinho – desculpe pelo que aconteceu na biblioteca, não queria que se sentisse desconfortável

— Não me senti desconfortável - ela falou me encarando nos olhos - Só fiquei nervosa - Lhe analisei detalhando cada traço do seu rosto - Você vau sempre ficar me encarando assim?

— Sim, tem sido minha diversão desde que você chegou - sorri de lado

Olhei sua expressão curiosa, desperta essa curiosidade na any me faz sentir como se estivesse sangue bombardeando em meu corpo, me sinto como a cento e seis anos atrás quando pela última vez senti a adrenalina da morte, hoje pouco provável em minha vida, a imortalidade pode ser considerado incrível e desejável por todos, mas viver ela sozinho não é tão bom assim, por isso sinto essa necessidade extrema de que a any ceda logo aos seus desejos, já passei tempo demais esperando por ela, quero tê-la logo em meus braços pra toda a eternidade

— Você costuma fazer isso com toda baba? - ela questionou quebrando o gelo

— Não, você é especial - falei em tom de brincadeira, apesar de saber que era a verdade

Ela estava cansada e decidi me retirar, beijei a testa da alesia e pisquei pra ela saindo logo dali, segui ate meu quarto e retirei a roupa, entrei no banheiro e liguei o chuveiro deixando a água cair sobre meu corpo, após um banho, vesti minha roupa e peguei um livro me sentando na cadeira da varanda, ler um bom livro talvez ajude essa noite a passar mais rápido, o que não deu certo por muito tempo, perto das uma da manha me cansei do livro e me levantei, sai do meu quarto e passei pelo quarto da any

Abri a porta de leve e entrei em seu quarto, me deitei ao lado da lesi que abriu os olhinhos me olhando e em seguida olhou pra baba abrindo um sorriso e me olhando de novo

— Ela inda ta ati – ela sussurrou pertinho de mim

— Ela não vai embora cristalzinho, eu prometo – falei vendo ela sorrir – quando que eu quebrei alguma promessa?

— Nunta – ela sorriu fechando os olhinhos – moa noite papai – ela falou pegando no sono e encarei a pequena

Foi a primeira vez que ela me chamou de pai depois de já maiorzinha, sua primeira palavra foi me chamando de pai, o que deixou sua mãe bem irritada por a pequena palavra da pequena não ter sido mamãe, ela morreu um ano depois, a lesi tinha apenas dois aninhos, olhei pra pequena e dei um beijo na sua testa cobrindo ela e a Any, beijei a testa das duas e sai fechando a porta

[...] Na manha seguinte

Parei na porta vendo a lesi e a any na varanda da frente

— Você vai voltar né nany? – e loirinha perguntou toda fofa e a cacheada sorriu beijando a testa dela

— Obvio que vou, você não vai se livrar de mim mocinha – ela falou sorrindo e beijou as bochechas da pequena, ela levantou o olhar em seguida e me olhou

— Você quer carona? Os meninos estão saindo pra lá agora – falei sorrindo de lado e a garota insegura começou a criar teorias sobre o que pensaríamos dela – Noah, Alex, venham logo, vocês vão levar a Any – gritei vendo a any sair dos seus pensamentos e me olhar – E nem vem com historia de que não quer nos dar trabalho, os meninos vão pro mesmo lugar, não é incômodo

— Vamos noah – o alex gritou e correu pulando dentro do carro – pode ir na frente any, ele ta insuportável hoje

— Não estou insuportável, só estou com fome – ele falou saindo e deu um beijo na testa da lesi parando em seguida olhando pra any – Por culpa sua

— Noah – chamei sua atenção – eu já disse que resolvi isso, espere ate a noite

O noah resmungou mentalmente e entrou no carro, pisquei pra any e ela entrou no carro, peguei a lesi no colo e ela deu risada vendo o carro do noah correr em direção a saída, olhei pra pequena que encostou seu rostinho no meu e sorri alisando suas costas

— O joshy vai precisar tirar sangue de você hoje meu cristalzinho – falei vendo ela me olhar seria

— A lesi já tumo tafe – ela falou e sorri

— Não tem problema, o motivo que preciso do sangue não tem nada haver com comida, então podemos tirar o sanguinho sim – falei vendo ela fazer beicinho

— Max lesi tem medu paizinho – sorri beijos sua testa

— Mas não tem problema, eu vou ta com você e prometo que não vai doer nadinha – falei vendo ela sorrir e me olhar

— Promete? – ela piscou os olhinhos e sorri pra ela

— Prometo meu pequeno cristalzinho – ela sorriu beijando minha bochecha

Essa garotinha sempre desperta minha melhor versão, se não fosse por ela eu já teria desistido de tudo, mas por ela continuei, não só por ela, mas também pela vingança que tenho que concluir, não vou permitir que o Gregory saia livre dessa, esse desgraçado vai me pagar caro por tudo...

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❧ 𝑶 𝑩𝒆𝒂𝒖𝒄𝒉𝒂𝒎𝒑 𝒎𝒂𝒊𝒔 𝑽𝒆𝒍𝒉𝒐 ❧ ConcluídaOnde histórias criam vida. Descubra agora