Capítulo VI

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Era manhã quando Anny se levantou e decidiu preparar o café na cozinha, ciente de que seus funcionários estavam de férias até a chegada dos armamentos. Seguindo sua rotina matinal, tomou banho, vestiu um top, um short largo, chinelos e, com os cabelos molhados, uma toalha pendurada no ombro. Dirigiu-se ao quarto onde Sam estava, observando-a dormir.

"Bom dia, chefe", disse Sam, despertando com uma voz rouca.

As bochechas de Anny coraram, e ela se aproximou da garota, soltando-a da cama, deixando apenas as algemas em seus braços.

"Só vim te avisar que o café está na mesa. Meus criados estão de férias. Vou descer, se apronta rápido. Não gosto de esperar."

Anny desceu, e alguns minutos depois, Sam juntou-se a ela à mesa.

"Então, além de chefe da máfia, também é chefe de cozinha?" provocou Sam.

Anny sorriu de lado.

"Você deveria usar mais vezes esse tipo de roupa. Está sempre de terno e roupa social."

"Já viu algum chefe usar esse tipo de roupa e ser respeitado?" retrucou Anny.

"Não! E você? Já viu alguém conseguir comer algemada? Vai ter que dar na minha boca."

"Não fode, garota," disse Anny, levantando-se e desalgemando Sam.

Elas terminaram de comer, e Anny informou que precisava sair para resolver algumas coisas, ordenando que Sam a acompanhasse.

No escritório, Anny carregava sua arma quando Sam chegou.

"Realmente precisa sair armada?" questionou Sam.

"Não te dei ordem para ficar andando por aí! E coloca esse bracelete. Só eu consigo tirar com minha digital. Qualquer graça, eu aperto um alarme no meu cinto que dispara um choque extraforte em você. Espero realmente não ter que usar isso."

"Ta bom, mandona."

Elas entraram no carro, e Anny dirigiu até a loja de roupas mais renomada da cidade, onde desceram.

"Vou te dar 5 mil. Compra tudo o que você precisa. Não quero ter que voltar aqui."

"Você está brincando, né? 5 mil não paga nem minhas maquiagens."

"Você vai vestir maquiagem? Você é muito mimada. Pegue 10 mil e não reclama. Não vou desembolsar mais que isso. Te espero em frente ao provador."

"Vou ter que fazer milagre com esse dinheiro, mas eu me viro, né."

Sam foi fazer suas compras, enquanto Anny a observava. Até que recebeu uma ligação de seu irmão, Jay.

"Fala, Jay."

"Oi, Anny. Faz um favor e abre a porta da casa para o correio. Me ligaram e falaram que ninguém atende."

"Não estou em casa."

"Ué, e você está onde?"

"Vim resolver uns negócios."

"Que negócio? E esse barulho de gente conversando?"

"Vim trazer a mimadinha para comprar umas roupas, cara. Não enche."

"Você é inacreditável, INACREDITÁVEL! Não era só uma refém, poha? Agora até roupinha você está comprando. Você vai fuder tudo, entendeu? TUDO."

"Vai se fuder, cara. A vida, a máfia, o plano, o dinheiro. É tudo meu! Eu faço o que quero. A menina veio sem roupa alguma. Vou fazer o que? Papo reto, vou desligar. Quero papo com você não."

Sam se aproximou.

"Aconteceu alguma coisa?"

"Não, relaxa! Já comprou tudo?"

"Sim."

As duas saíram da loja e entraram no carro.

A CHEFE DA MÁFIAOnde histórias criam vida. Descubra agora