"Tava com ela pensando em você
E aqui contigo tô pensando nela
Não venha com papin de namorar
Tu gosta dos carinha que não presta"
(Vai sentando sem compromisso - Mc Alysson)•••
Estou sentado no meio de um longa mesa, repleto de pessoas importantes e meus parceiros de clube, todos ansiosos pela chegada do presidente do Arsenal depois de mais um título ganho por nós, fomos comtemplados com um jantar de comemoração como todos os anos acontecem. Ajeito minha gravata vendo a pequena movimentação que surge na entrada do restaurante luxuoso reservado para nós naquele dia e posso ver o velho milionário, em volta seus seguranças e meu coração palpita. Não por ele, claro.
— Boa noite, garotos! — Ele diz e todos nós o cumprimenta também, ele vem, passando por um de cada vez dando aperto de mão para meus amigos. A educação e etiqueta que todos demonstravam nem parecia que dentro do vestiário era um bando de animais. Daqui, consigo ver a morena, passo meus olhos em suas pernas desnudas o vento trás seu perfume doce e eu fecho meus olhos e limpo a garganta, esperando manter a lucidez que preciso pra enfrentar a noite, se eu soubesse que ela iria vir, teria inventando alguma gripe. — Boa noite Gabriel Martinelli, é um prazer te receber nessa noite, quero te apresentar minha filha única. Ela insistiu muito para vir e te conhecer.
Desgraçada, filha da puta.
— Boa noite, Sr. Venkatesham! — me levanto e respondo em inglês — O prazer é todo meu, com certeza. — a mulher um pouco mais alta que eu pelos saltos que usa me olha nos olhos, sou fuzilado — Boa noite, Srta. Venkatesham, prazer te conhecer também. — Meus lábios secam.
— Não precisa me chamar assim, Emma pra você! — Seu sorriso cor vermelho é lançado para mim da maneira mais sexy já possível. Se eu já não há conhecesse há uns meses, iria achá-la adorável.
— Certo, Emma.
O pai dela e presidente do clube que jogo passa por mim, Emma Venkatesham faz questão de esbarrar nosso ombros um no outro, tento não acompanhar seus movimentos matadores e seu vestido preto de seda colado no corpo me faz perder o compasso da respiração. Ambos se sentam, e como num clichê perfeito Emma se senta de frente para mim ela sabia o que estava fazendo e onde queria chegar, bastava eu saber se iria resistir.
O jantar se passa, discursos e mais discursos são dados pelo presidente, muitas opções de pratos caros para degustar mas não consigo pensar em nada além da mulher em minha frente. Nossos olhares tentam o máximo não se colidirem, mas Emma fazia questão de observar meus movimentos enquanto eu fugia dos seus. Mas num dado momento do jantar, sua perna esbarra na minha propositalmente, como eu sabia que era proposital? Eu simplesmente sabia. Levanto apenas meu olhar e ela sorri olhando para o pai que continua falando, balanço a cabeça lentamente e volto para a minha comida. A ponta de seu pé consegue subir a barra da minha calça social e eu quase engasgo, solto o garfo na porcelana causando um barulho chato e todos me olham. Droga. Mas o pai dela apenas lança um sorriso simpático para mim e o assunto retorna para o ponto em que parou, Emma se diverte mordendo o lábio, penso em lançar um olhar para que ela entenda e que pare mas meu celular vibra em meu bolso e eu o pego com pressa.