❆ | 𝐓𝐇𝐄𝐑𝐌𝐀𝐋 𝐒𝐇𝐎𝐂𝐊 ♯ 𝐉𝐚𝐜𝐤 𝐟𝐫𝐨𝐬𝐭

𝟏𝟖

𝐄𝐌𝐁𝐄𝐑𝐋𝐘 𝐁𝐔𝐑𝐍𝐄𝐑

Subo no trenó em passos rápidos e desajeitados, meu coração martela em meu peito em palpitaras fortes, quase doem se não fossem distraídos pelo ar frio que se senta ao meu lado.

Resisto a vontade de olhar em seu rosto, sabendo que irei encontrar vincos em suas sobrancelhas e um maxilar marcado de quem está me evitando. Tento não me lembrar muito desses detalhes, o que em teoria é impossível, já que só consigo pensar nisso. Agradeço ao trenó por me distrair desse fato, me trazendo medo ao invés de dor; é, com isso eu aguento. Prefiro o medo de cair ao ar livre do que o medo de cair e Frost se quer cogitar em tentar me salvar.

Em geral, prefiro qualquer coisa que não envolva Frost hoje.

O frio de estar aos céus consegue me distrair um pouco, prendo meu olhar nas nuvens e céu azul que contornam nossas cabeças, escutando Coelhão gritar assim como gritou na primeira vez que vim. Fico presa em formatos inexistentes das nuvens e presa em formatos de o'que terá no meu passado. será que fui alguém importante? Será que tive família?

Frost teve família? Teve..alguém? Parando para pensar, nunca o ouvi falar disso depois da ultima confronta com breu. Nem se quer tivemos uma conversa clara sobre isso. O peso em meus ombros parecem aparecer novamente, minha perna direita tropicando, batendo no assoalho diversas vezes em uma ansiedade absurda. Talvez eu tenha incomodado frost, já que deve ser a única explicação que tenha para ele colocar sua mão fria e ao mesmo tempo; confortável, ali. Automaticamente minha perna para de tremer, porém não consigo olhar em seu rosto, ele a retira dali tão rápido que me pergunto se ele a colocaria de novo se ela tremesse de novo. Talvez eu deva tentar.