What is me?
ᴡɪʟʜᴇʟᴍ ᴘᴏɪɴᴛ ᴏғ ᴠɪᴇᴡ𝒩unca me sentir, realmente, bem em minha casa, na primeira oportunidade que achei eu sai de lá. Não sei o que realmente me incomodava, talvez minha mãe, meu pai, ou um conjunto de coisas que me faziam sentir-me mal. Lá não era meu lar, na casa de meus pais, eu não podia ser eu. Perto deles eu não podia sentir as coisas que eu sentia, não podia agir do jeito que eu realmente queria. Era uma fachada, as coisas que eu falava, o jeito que eu me portava. Eu não vivia a minha vida, eu vivia para agradá-los, todas as minhas ações, falas, e modo de agir, era por eles.
Acabei de descobrir isso, agora que voltei para minha cidade antiga. Está sendo horrível ter que fingir, novamente, ser outra pessoa.
Aqui eu não posso errar.
É irritante, para falar a verdade, e é muito sufocante a forma que eles me tratam, como se eu fosse um objeto deles, que eles colocavam onde ficaria visivelmente bem, com pessoas que não estragariam a reputação deles.
Estes dois estavam pouco se fodendo para o que eu sentia de verdade, para meus pensamentos, e para o futuro que eu queria para mim mesmo.
E agora eu me perguntou, O que eu sou?
Sinceramente, eu não sei.
Eu me sinto confuso perto deles, sinto medo e exaustão. É horrível, é casativo e torturante.
— Filho! Não faça assim, vai estragar a roupa. — Ouvi a voz irritante me repreender pela vigésima vez no dia. — Quantas vezes vou ter que falar Wilhelm? Fique apresentável. — Aproximou-se arrumando meus trages. — Vamos ter visitas importantes, novos colaboradores para empresa. — Deixou um beijo em minha bochecha. Assim que a mulher virou-se para abrir as janela de meu quarto, eu fiz questão de limpa-lo. — Leve o dia de hoje como aprendizado, logo você que estará a frente do negócio, quando eu e seu pai aposentarmo-nos. — E ela fez novamente, tomando decisões sobre minha vida, e o meu futuro, como se eu não estivesse presente ali.
— Você nem sabe o que eu realmente quero. — Comentei, tirando os fios louros de minha vista.
— Eu sei que não vai nos decepcionar. — Disse se aproximando novamente.
— Talvez eu vá. — Disse em um sussurro, tendo plena consciência que a outra presente no cômodo não me escutaria. — Tenho o direito.
— Eu vou descendo. — Se direcionou a saída do meu quarto. — Esteja ao menos apresentável. — Tentou um sorriso, mas falhou miseravelmente, pareceu bem mais uma careta. — Em dez minutos queremos você lá. — Acenei, vendo a mulher, finalmente, se retirar do quarto, fechando a porta.
Comecei a organizar meu quarto, acabei desenvolvendo uma péssima mania de limpeza quando fui morar sozinho.
Apesar de amar organização, ainda tinha um outro motivo para está limpando aquela hora. Se atrasar, apesar de não ser uma escolha muito certa (já que Cristina irritada poderia levar-lhe sérios problemas) mas ainda não estava afim de seguir as ordens de sua genitora.
Organizou todo o local, e logo depois alisou sua roupa, em um tique nervoso.
— Senhor Wilhelm. — Ouviu, após algumas batidas em sua porta.
— Entre. — Disse a, possivelmente funcionária da casa.
A porta foi aberta me dando a vista de Maria, funcionária que cuidava-me desde quando era uma criança irritante e barulhenta.
— Sua mãe mandou avisar para o senhor que a vista já está presente.
— Certo. — Enviei-lhe um sorriso gentil. — Já estou descendo. Muito obrigado.
E então estava sozinho novamente. Dei uma última olhadinha no espelho, certificando se estava tudo certo.
Descendo as escada fiquei um pouco surpreso, pela serenidade de minha mãe, e por reconhecer quem era os novos colaboradores.
— Olá. — Sorri minimamente para a família em minha frente. — Wilhelm, prazer em conhecê-los. — Apresentei-me, apesar de não ser realmente necessário.
— Esse é meu filho. — Cristina disse, como se não fosse óbvio. — Wilhelm, esses são Linda e Simon.
— Oi. — O moreno disse, sorrindo pequeno.
— Olá Wilhelm, um prazer conhecê-lo. — A mulher disse, educadamente.
Conhecia Simon, eram amigos quando mais novos, até o dia em que o imigrante teve de voltar a seu país, para morar com seu pai, daquele dia em diante nos nunca mais tivermos contato.
— Então, Cristiana, a quanto tempo você está com a empresa? — Linda perguntou, já na sala de jantar, então as duas mulheres engataram em uma conversa, sem observar eu e Simon se encarando intensamente.
Simon, ao todo era bastante bonito, cabelos cacheados, pele morena, os olhos escuros e as roupas despojadas, o que mais chamava atenção no garoto era o jeito que se portava, parecendo um pouco tímido ali, sem saber exatamente como agir.
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Akai Ito || Wilmon
FanfictionEssa é a lenda do Aka Ito, um fio vermelho que foi preso a sua mão junto com a de sua alma gêmea, por um deus casamenteiro chamado Yue Lao. Apesar do fio não ser visto a olho nu, a lenda consta que independente do tempo, lugar, ou circunstância, el...