CAPÍTULO 3

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A porta do Hall não abre mais, eles devem te-la trancado. E apesar do que disseram duvido que não farão nada comigo. Pelo que eu ouvi eles sabem muito bem que não tem o direito de estar aqui. Eu não sei por qual motivos eles seriam tão simpáticos comigo, já que eu posso denuncia-los a polícia.

Sim! A polícia, devo chama-los. Preciso encontrar um lugar para me esconder e chamar a polícia.

Eu havia feito bem o efeito surpresa: ao ataca-lo de lado, consegui afasta-lo, eu tenho que correr rápido, me esquivar dos outros e achar uma saída.

- Olha só oque temos aqui... - alguém diz parando de frente para mim. Ele sorri com um brilho nos olhos.

- J-hoje você deveria deixa-la tranquila, eu ouvi o Jimin, o Jungkook e o Seokjin agora. Vamos deixa-los agirem. - O outro se sobrepôs.

Ele bufou de descontentamento.

- Porque só eles podem se divertir Namjoon? - disse um deles.

Esse me dá medo, o outro é imenso, o outro é sério... como isso começou? Porquê estão aqui?

- Já basta! - Jimin apareceu.

Como ele está aqui? Eu achei que teria mais tempo depois de te-los despistado.

- Olha o dono do lugar - Disse J-hope - Não consegue pegar uma garotinha, majestade?

- J-hope, pare!

Isso... vamos deixa-los brigar... se eu conseguir me esconder por tempo suficiente no andar de cima, poderei chamar a polícia.

- Oque você está esperando, J-hope? - perguntou Jungkook - cuidar da menina? Já temos problemas o suficiente.

- Olha, agora você se considera um segundo Jimin? - ele sorriu de lado.

Jungkook fez uma careta. - Deus me livre!

- J-hope o Jimin tem razão, vamos deixa-los agir. - Disse Namjoon.

Devagar... um passo de cada vez...

Corri silenciosamente até o segundo andar, pegando caminho entre o corredor secundário. Eu ainda ouvia vozes então corri até onde não poderia mais ouvi-los.

Que alívio... não estou mais ouvindo vozes deles, eles estavam discutindo muito, acho que já chega, só preciso que me esqueçam por cinco minutos para que eu encontre um bom esconderijo. Haviam muitas portas mas todas estavam trancadas.

A única que consegui abrir dava para uma sala rodeada de janelas. O vidro colorido e cristalino refletia na parede nude.

A sala estava muito escura, então acendi o abajur ao lado da porta. Até ouvir um resmungo inaudível. Pulei de onde estava e me virei.
Existem quantos deles aqui??

- Quem está aí? - Eu indaguei.

Oh não.

- Quem está aí? Ei! Quem é você? - alguém perguntou. Um garoto saiu da escuridão entre o sofá e a escrivaninha com um capuz sobre o rosto. - Oque está fazendo aqui?

Ele estava ali? Sentado no escuro? Porquê não estava com os outros?

- Você mora aqui também? - eu estremeço - Olha, eu só quero ir embora, preciso fazer uma chamada e ir embora!

Ele me olha doentio. Seus olhos desvendavam olheiras escuras, e seus lábios brancos. Acho que ele não estava bem. Como se estivesse com febre... e parece tão jovem quanto eu, será que está se escondendo também?

- Desculpe, parece que você não está muito bem, se você não quiser ficar aqui, venha comigo, juntos poderemos fugir com mais facilidade. - digo com uma pontada de esperança.

Ele tossiu e se cobriu ainda mais com o capuz. - Não posso ir embora. Tenho que ficar de qualquer jeito... você está entendendo? Não posso arriscar.

- Riscos? Você tem medo? Um pode ajudar o outro, você sabe por onde poderíamos sair? Precisamos evita-los de qualquer jeito.

Ele abaixou a cabeça. - Está se referindo aos moradores da mansão? Acho que está enganada sobre eles, eu sou um deles, mas eu imploro a você, não fique aqui.

Ele parecia um cão que apanhou e estava no fundo do porão.

- Eu quero partir! Mas me dê alguns minutos...

Ele ofegou. - Não. Você tem que ir agora! - ele se aproxima com uma aparência febril.

OK! Não vamos insistir, vamos embora, não faço idéia do que ele quer.

- Tudo bem, desculpe... estou indo embora, está vendo? - Disse relutante estendendo a mão a maçaneta.

Por pouco senti uma mão fria agarrar meu pulso.

- Não! Agora é tarde demais, preciso de você... fique aqui.

- Oque...? - eu comprimo as sobrancelhas. Ele bloqueou totalmente a minha passagem enquanto se aproxima.

Então ele parou e me encarou, seus olhos encontraram os meus, e por alguns instantes achei que ele fosse inofensivo. Mas esse sentimento acabou assim que ele se pronunciou:

- Sinto muito. - foi oque ele disse, antes de avançar para mim.

- Ei! Me solta! - eu o empurrei, tentando solta-lo de mim. - Oque você quer?

Ele suspirou - Estou com fome... tanta fome, já tem muito tempo, eu não aguento mais.

Ele me prende na janela, me machucando, apertando meus braços com força.

- Me largue! Imediatamente! - eu rosno.

Sem pensar nas consequências, eu abocanho sua mão.

- Ai! - ele geme de dor, mas sua mão continua firme.

Esse golpe deve te-lo machucado, quando se cresce no orfanato e vai a cidade sozinha,é preciso saber se defender.

Chuto seu joelho esquerdo.

- Uhg! Já basta! Acho que peguei leve demais com você. - ele balbucia. - Você vai ver só.

Ele agarrou meu pescoço me suspendendo, ele está me apertando tão forte... que não consigo respirar. Tenho de alcança-lo.

Quando tentei arranha-lo, ele me empurrou violentamente que atravessei janela afora.

- Por favor, não! - ele gritou.

Eu me sinto impulsionada para trás em um turbilhão de cacos de vidro e de dor, antes de cair com uma rapidez vertiginosa. Eu sentia o vidro cortar meus braços, meu rosto, abrindo inumeráveis rios escarlates que manchavam de vermelho a minha visão e se entrelaçavam pelos ares.

Eu revia o rosto do jovem... ele havia me jogado contra a vidraça, no entanto ao me ver caindo, pude ver sua expressão de puro pânico.

Ele tentou estender a mão, mas era muito tarde. Eu caí no jardim, ouvindo a baque do meu corpo, eu havia caído na grama, oque amorteceu a minha queda.

Estava com uma sensação de paz, depois de tanta violência enquanto eu continuava a sentir dor.

Eu tenho a impressão de que tudo está antecendo lentamente agora... a noite está bonita, eu posso ver as estrelas, a lua, as folhagens das árvores ondulando ao sabor do vento... será que vai doer mais ainda? Eu não quero sofrer.

Eu não quero...

Eu... não quero morrer.

Eu sentia o choque em cada um dos meus ossos, um perfume forte se propagou ao momento do impacto, e milhares de farpas entraram em minha pele já mortificada.

Eu não podia me mover, mas os barulhos chegavam até mim... e logo... vozes?









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⏰ Última atualização: Mar 19, 2023 ⏰

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