Capitulo 2

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A atmosfera estava tensa dentro do carro. Kim olhou para o cigarro de Porsche, com ciúmes por ele não ter uma distração equivalente. A Porsche insistira em pegar emprestado um dos sensatos Kia do pessoal da casa, em vez de pegar qualquer um dos carros da família. Algo sobre chamar menos atenção.
-Temos que entrar sozinhos. Meu tio tentará desaparecer se algo parecer estranho.-Porsche explicou, sacudindo o cigarro com irritação.
-Você sabe muito sobre ele?

-Só o que estava no seu dossiê.-Kim deu de ombros.

-Você leu meu dossiê?-Porsche olhou para Kim confuso.

-É claro. Você era um outlier e eu gosto de fazer minha própria pesquisa sobre as coisas. Seu tio foi apenas uma menção, não me preocupei em investigá-lo depois que ficou claro que você cortou os laços.

-Você se vê como um detetive amador hein? Um mini Sherlock Holmes?-Porsche riu.

-Você não está bravo?-Que eu invadi sua privacidade-não foi dito.

-Seus irmãos são mais estranhos. Acho que estou insensível a essa merda agora. Estou bravo por você aparentemente estar namorando meu irmão.-Porsche ainda estava focado na estrada, mas lançou um olhar fulminante para Kim. -Chay não devia estar envolvido em nada disto.

-Eu sei. Eu o mantive fora disso, eu juro.-Kim não tinha dúvidas de que Porsche se recusaria a deixá-lo acompanhá-lo se o deixasse com raiva, então ele optou pela verdade na esperança de acalmá-lo.-Eu não queria. Chay é simplesmente... Indescritível.-Kim nem percebeu que ele estava sorrindo até que viu o olhar arregalado de Porsche de canto do olho.

-Sim, ele é.-Porsche disse suavemente.

Os dois permaneceram em silêncio enquanto Porsche os conduzia por bairros cada vez piores. Os elegantes arranha-céus aos quais Kim estava acostumado se transformaram em estreitas casas geminadas de concreto e depois em barracos que margeavam cursos de água imundos.
-A única coisa boa sobre a caixa de merda que meu tio usa como casa de apoio é que há apenas um ponto de entrada. Se ele quiser correr, terá que pular no rio. Estive lá, fiz isso - não vale a pena a infecção que certamente pegaria.

-Você e o Chay ficaram aqui?-Kim perguntou.

-Às vezes.-Respondeu Porsche.

Algo em Kim esfriou ao pensar em Porchay - mais jovem e ainda mais indefeso - passando algum tempo aqui. O carro parou.
-O lugar é logo ali em cima. Teremos que caminhar, as vielas são muito pequenas para o carro. Há uma chance de ser roubado, talvez tenha seus homens de prontidão.-Porsche deu de ombros como se fosse apenas mais um dia e Kim se sentisse fora de si pela primeira vez que pudesse se lembrar. Silenciosamente, ele seguiu Porsche pelos becos estreitos até parar em frente a uma densa fileira de barracos.

A casa parecia estar inclinada para baixo longe deles.
-As palafitas afundam na beira do rio, Chay e eu rolávamos bolinhas de gude da porta da frente para os fundos e apostávamos em quem chegaria primeiro.-Kim não tinha nada a dizer sobre isso. Porsche experimentou a maçaneta da porta da frente e não se intimidou ao encontrá-la trancada. Ele encostou a orelha na madeira e acenou com a cabeça para Kim depois de um segundo. Seu tio estava lá dentro.

Porsche acenou de volta para Kim e deu um passo para trás antes de chutar a porta da frente com um golpe feroz. Porsche disparou para dentro e Kim o seguiu. O espaço era apertado e imundo, com quartos divididos por toalhas surradas. O homem que Kim reconheceu como o tio de Chay estava começando a se levantar do único sofá do barraco, apenas para Porsche empurrá-lo de volta para baixo com facilidade.

-P-Porsche. Que bom ver você de novo. E-como está o Chay?-O homem gaguejou pateticamente,apenas para engasgar quando Porsche agarrou sua garganta com força.

Broken Doors-KimChay(PT-BR)Onde histórias criam vida. Descubra agora