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Deidara respirou fundo ao ver Obito se afastando, lhe deixando sozinho naquele quarto amplo e aconchegante e no mais intenso silêncio.

Seu corpo todo doía. Não tinha forças nem para caminhar direito, sempre tendo que se apoiar nas paredes ou móveis que encontrava pelo caminho. Durante o dia todo, andou mancando e gemendo de dor, sempre tendo que disfarçar porque não queria questionamentos sobre.

Obito, o alfa que mais subestimou, estava sendo totalmente diferente do que pensou e isso estava sendo tão bom que as vezes até se esquecia da dor. Ele não lhe deixara ir embora e o convenceu a, novamente, passar a noite em seu apartamento. O homem mais forte do mundo queria que ficasse seguro em sua casa!

- melhorou um pouco? - O Uchiha apareceu com um copo grande de chocolate quente e colocou em suas mãos.

Isso fez Deidara se questionar. O alfa não parecia o tipo de ser humano que tomava chocolate quente, ele seguia uma dieta muito restrita, então nem fazia sentido ele ter em casa.

- obrigado...- agradeceu e viu o homem se sentando do seu lado. Em segundos, a mão grande lhe abraçou pelo quadril e o puxou para se aconchegar nos braços fortes e confortáveis.

O ômega apenas ficou ali, quietinho enquanto observava a vista do topo da cidade. O silêncio não era constrangedor ou desconfortável, era bom, não precisavam de palavras para aquele momento.

Queria tanto poder contar suas coisas para ele sem ter medo. Obito talvez nem entendesse sua situação de vida, talvez ao menos se importasse de verdade. Queria poder chorar no peito dele, levá-lo para conhecer seu avô, para conhecer sua casa sem estar consigo bebado e desmaiado no colo.

- quer que eu cuide dos machucados para você? - a pergunta surpreendeu Deidara. - voce nem passou alguma pomada...

Obito era um lutador, então sabia como lidar com roxos e outros ferimentos do tipo. Era melhor confiar nele e ter esperanças de melhorar logo do que continuar com aquelas dores insuportáveis.

O Uchiha lhe pegou no colo e o colocou deitado na cama, tirando sua roupa inteirinha até deixá-lo só de cueca. Mesmo não sendo a primeira vez, ainda sentia um pouquinho de vergonha de ficar nu em sua frente.

Com calma, ele começou a massagear e passar pomadas em cada um dos machucados de seu corpo. Deidara mal se movia, estava com vergonha e com dor. Era para o loiro cuidar dele, não ao contrário.

- não precisa ter vergonha de mim. - o alfa comentou quando viu seu rosto vermelho.

E o ômega queria que fosse tão fácil não sentir vergonha de ficar sem roupas na frente dele. Estava tendo sentimentos pelo maior, então era óbvio que estaria envergonhado. Não tinha nem como disfarçar o quanto estava constrangido.

Até porque o olhar dele percorria seu corpo como se fosse a coisa mais bonita que ele já tinha visto. Isso deixava Deidara fraco e com a mente em branco. Parecia que o alfa queria lhe devorar com o olhar.

Apesar de estar bem focado nas massagens, o alfa nao disfarçava o olhar pesado sobre seu peito e sobre suas coxas. As mãos grandes não encostavam em lugar nenhum com segundas intenções, mas aqueles olhos quase lhe secavam.

- e não vai mesmo me contar como ficou assim? - quando ele lhe virou de lado para analisar suas costas, pareceu ficar ainda mais assustado.

Não tinha visto como a parte de trás de seu corpo ficará, mas pelo jeito estava feia.

- Deidara, não sei como você fez isso, mas não sei como você tá inteiro...- o toque em suas costas, mesmo delicado, lhe fez soltar um grito. - Deidara!

Jinx - obidei Onde histórias criam vida. Descubra agora