a garota de metal 2 ~ ryeji

toque

POV RYUJIN

Aos poucos fui acordando, estava levemente escuro então suponho que fosse em torno de 4 e pouco da manhã. Eu estava em minha cama vendo o sol nascer pela enorme janela, mas apenas por uma frestinha graças a cortina.

Então me levantei e a abri, para poder apreciar melhor. Mas a melhor visão foi de quando me virei, lá estava Yeji enrolada nas cobertas com alguns fios de cabelo no rosto. A coberta era fina e o dia estava levemente frio, então deixei que ela ficasse com a coberta toda, afinal, não sinto tanto frio.

Voltei pra cama e fiquei acariciando sua cabeça, lembrando do que havia acontecido e caramba, era provavelmente o melhor dia da minha vida.

Você só sente falta das coisas quando as perde.

Perder as criancices, bobagens, piadas e brisas da Yeji havia destruído todo meu mundo, porém mais que tudo, ela, óbvio.

Mas vamo falar sério agora, PARECIA FILME "e se você ficasse...?" O PANIC QUE EU TIVE PUTA QUE PARIU MEU DEUS.

Coloquei um roupão que estava ali jogado e fui pra cozinha. Yeji até que se deu bem nas compras para a casa, mas organização nunca foi o forte dela.

Fiz um café e fiquei na sala vendo TV já que meu sono já tinha ido pro ralo.

Algumas horas depois, umas 6 da manhã, meu sono voltou, e aproveitei a deixa pra descansar ali.

POV YEJI

Acordei em torno de 8 horas da manhã, a cama estava toda bagunçada (não que antes estivesse arrumada, mas sabe como é né), mas estava com preguiça de arrumar, então apenas coloquei minha camisola que tava no chão e fui até a sala em passos lentos.

Vi Ryujin sentada no sofá dormindo enrolada em uma coberta e só então me lembrei de ontem. E vocês sabem que eu costumo fazer algo quando fico nervosa ou surpresa.

Isso mesmo, eu ia cair mas graças a Deus me apoiei na parede, fazendo um barulho extremamente alto.

Ryujin começou a se mexer, droga! Acho que acordei ela.

-Quem tá aí? - ela diz bocejando virando sua cabeça. - Oh, vem cá. - ela abre um sorriso me chamando.

Fui até ela envergonhada demais, porém muito feliz que estaria com ela novamente.

-Dormiu bem? - ela se levantou e me abraçou, passando a mão nas minhas costas com voz de sono.

-Dormi, e você?

-Não muito, acordei umas 4h.

-Desculpa ter te acordado, pode voltar a dormir. Quando eu fizer o almoço eu te acordo. - digo deixando um beijo em sua testa.

-Não bota fogo na casa. - ela me dá um selinho e depois vai pro quarto, que ficou um silêncio mortal em menos de 1 min.

Em torno de 12:30 comecei a fazer o almoço, Ryujin gostava de almoçar entre 13:00 e 13:30.

-Beleza Yeji, você consegue. - Eu dizia para mim mesma enquanto encarava a frigideira, minha maior inimiga.

Eu OBVIAMENTE me queimei com a frigideira. Era só uma queimadura pequena no pulso mas eu não podia deixar Ryujin ver, vocês sabem como ela é.

Depois de me esforçar muito, consegui fazer um prato que provavelmente estaria ruim, mas estava bem bonito.

No fim acabei fazer um tobokki e abri um vinho, tudo isso pra comemorar que minha gatinha estava de volta, óbvio.

No começo confesso que achei que Karina tentaria nos separar ainda mais e ficar com Ryujin, porém, o amor dela por Winter quebrava essa teoria, e a puta ajuda que ela nos deu também.

Fui até o nosso quarto em passos mais rápidos, pra comida não esfriar. Abri a porta devagar e sentei na cama, do lado de Ryujin.

-Hey, acorda. - falei baixo com a mão em seu ombro.

-Hm? - ela virou pra mim e coçou seus olhos, sem abri-los.

-Vamos comer! Fiz Tobokki.

Ela sorriu e me puxou, me abraçando ainda deitada.

-Ryujin a comida vai esfriar!

-Que se foda a porra da comida, não sai daqui.

Consegui a convencer e fomos comer, a comida estava extremamente quente, então quando fomos comer já estava na temperatura exata.

-Se tiver ruim não precisa comer, você sabe que eu cozinho mal. - eu digo colocando o cabelo atrás da orelha.

Ryujin prova e me olha surpresa, será que tava incrivelmente bom? Ou incrivelmente ruim?

-Caralho ta muito bom! - ela diz atacando a comida.

Sorrio e começo a comer também, porém devagar devido à falta de apetite.

Parecia que nada tinha acontecido, como se tivéssemos apagado o período que ficamos separadas. Mas ao mesmo tempo, eu via a necessidade de Ryujin ao meu toque, minha voz, seja lá o que. E eu também tinha necessidade de estar com ela naquele momento.