capítulo único

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Andando pelos corredores cantarolando uma música aleatória e repetitiva Hanma  tentava matar seu tédio, porém para o seu azar parecia que nada iria o prender por tanto tempo. Já havia irritado Takemichi a ponto de ver o contraste dos olhos azuis do herói com o vermelho de raiva em sua testa, zombou de Chifuyu até que desse para contar as veias que saltavam de sua testa, e sua última peripécia foi debochar de Pah chin e Peh Yan até que um deles despertasse um ataque de raiva, no fim uma mesa foi partida ao meio e Hanma não estava satisfeito, lá no fundo não sentia toda sua vontade de ter seu tempo tomado se apagando.

Quando chegou à recepção do andar aonde ficava o escritório de Kisaki notou que no balcão aonde teria uma secretaria estava vazia.

"Haha! está tão calmo que ela foi dar uma volta"

Hanma se jogou em um sofá de couro que tinha no meio do local, levantou seus braços lá no alto e se espreguiçou logo se afundando um pouco mais no sofá, faltava pouco para que Shuji fizesse parte do sofá.

Completamente relaxado Hanma olhava para o teto e começava a viajar em seus pensamentos. Os últimos tempos vem sendo muito monótonos, mesmo que a Toman seja uma das Gangues mais perigosa do Japão ainda tinham momentos em que tudo ficava um completo deserto e esses eram os momentos que Shuji mais odiava naquele lugar. Hanma desejava soltar um pouco de seus demônios fazendo atrocidades por aí, imaginava que incrível seria incendiar aquele lugar aonde arrumou briga da última vez, porém por conta da ordem de Kisaki de permanecer na base, Hanma atende as ordens sempre que possível, como um bom cão fiel. Por Kisaki, Shuji perdia toda sua ambição de ver o mundo em chamas.

A fidelidade cega e inexplicável de Shuji era preocupante, bizarra e assustadora. Hanma passou a ver o mundo em cores quando Kisaki Tetta cruzou seu caminho, algo monótono e sem graça virou um festival de cores, Kisaki deu um sentido a vida de Shuji e lhe deu um motivo para sujar suas mãos de sangue.

Ele estava a todo momento em seus pensamentos e mesmo assim o esqueceu.

Derrepente Hanma se levanta do sofá de couro com a energia restaurada novamente, se sentia feliz e revigorado, afinal agora tinha uma nova pessoa para incomodar!

Quando já estava pronto para ir a sala de Kisaki o telefone toca.

"Tomoko, me traga aquela pasta vermelha que eu deixei com você mais cedo" ordena Kisaki pelo telefone.

Hanma olhou para os lados e então pegou o telefone, forçou um pouco a garganta e imitando uma voz feminina respondeu a Kisaki "Mas é claro Kisaki-sama~ precisa de uma massagem nos pés também?"

"Sua imitação é horrível, não faça isso novamente" Kisaki respondia se recompondo do leve susto que teve.

"Eu me daria uma nota 10" Shuji responde convencido.

fuçando nas coisas que tinha na mesa, achou papeladas e algumas coisas pessoais da secretaria. Depois de dar uma olhada melhor encontrou a pasta vermelha.

Em alegria Shuji foi saltitante até a sala Kisaki, bateu na porta diversas vezes formando uma pequena música, assim que Tetta o mandou entrar Shuji obedeceu.

"Aqui está! ♡"

"Obrigado"

Hanma se senta e vê uma garrafa quase vazia em cima da mesa

"Você estava bebendo no trabalho? Que feio, tsk tsk"

"Não é meu, Mikey veio aqui mais cedo reclamar de alguém" Kisaki diz olhando fixamente para Hanma.

E mesmo não tendo informações o suficiente Shuji já sabia que era por conta de suas brincadeiras de mal gosto com seus colegas de trabalho.

"Esse alguém é uma pessoa alta, gostosa e tem tatuagens maneiras?"

Verdade ou desafio [Hanma x Kisaki]Onde histórias criam vida. Descubra agora