Sentindo algo

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[...]

— Vocês ficaram loucos!

Mason gritou batendo na porta de madeira.

Ele tentava abrir mas trancaram por fora.

— Merda! – ele geme após se perfurar com uma farpa se afastando da porta.

— Não adianta, eles não iram soltar a gente.

— Por sua causa, eu sou inocente.

— Eu não estou nem aí, ao menos o assassino não irá atrás de nós.

— Você acha?

— A não ser que você seja o assassino...

— Cala a boca.

Ele se senta no chão empoeirado encostando em um pilar, ficando de costas para mim.

Me sentei ao contrário dele, ficando invertidos.

— Você não acha estranho o Tristan estar muito defensivo quanto a nós sermos os vilões?

— Você queimou a cabana inteira dele.

— ... É, mas... eu tenho certeza que ele faria a mesma coisa se estivesse no meu lugar – mas esse não é o ponto.

— Qual é o ponto?

— Pode me chamar de louca, paranóica, fanfiqueira, qualquer coisa, mas, eu acho que ele está... envolvido com os desafios.

Falo um pouco baixo fazendo incerteza sobre eles estarem ouvindo.

Ele riu.

— Talvez você seja um pouco fanfiqueira mesmo, mas, não vou dizer que está errada...

— Não entendi.

— Vai que você acha que eu estou envolvido nisso.

Ele começa a gargalhar. Dou o olhar de peixe morto para ele.

— Eu não devia ter te falado sobre isso mesmo.

Cruzo os braços decepcionada.

Ele para de rir depois de longos minutos.

Ele continua tirando sarro de mim.

— Ei, no que está pensando? – ele toca meu braço – Deve ser difícil estar perdendo detalhes desse dramalhão não é?

Afasto meu braço de suas mãos.

— Como pode estar brincando com uma coisa dessas.

Bufo e volto a ficar em silêncio.

Sara... eu digo Summer.

— Vai se fuder.

— Você tem medo de morrer?

Eu continuo dando gelo nele e ele começa a me cutucar.

— Qual é, eu não queria machucar seus sentimentos.

— Sínico.

— Não sabia que era tão sensível assim... Não sei se liga, mas, eu não tenho medo de morrer porque eu me contento com o pouco.

Franzi o cenho ouvindo aquilo. Não respondi nada.

Quando de repente a porta começou a se chacoalhar, com alguém abrindo a fechadura.

Meu coração acelerou. Nós dois levantamos ao mesmo tempo, ficando um do lado do outro.

Com medo do que poderia acontecer apertei o pulso de Mason.

Assim que a luz entrou e a porta se abriu...

Era Brooke.

Ela tossiu um pouco com o ar do local.

— Uh... O que estavam fazendo?

Ela disse olhando nós de cima abaixo.

Soltei Mason.

— Deixem de "boiolice" e venham logo, se me pegarem todos nos estamos ferrados.

— Por que decidiu ajudar a gente só agora? – Mason cruzou os braços desconfiado.

— Ah... – ela ri – Porque você é meu irmão e eu te amo muito.

— Balela, fala logo o que aconteceu.

— Não dá tempo... Eu preciso que venham logo.

— Na boa, eu não estou botando fé nesse papo. – Mason disse.

Brooke parece aflita.

— Tá, tem alguma coisa errada com os líderes.

— Os líderes?

— O Miguel e o Tristan.

Encarei Mason de canto de olho.

Eu te disse. – murmurei.

Chosen - Mason Thames Onde histórias criam vida. Descubra agora