CAPÍTULO 9 ☃️

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Beijo a pequena carta e deixo em cima do meu travesseiro com um peso, uma angústia forte

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Beijo a pequena carta e deixo em cima do meu travesseiro com um peso, uma angústia forte. 

Olho ao redor chorando, contendo os pequenos soluços com força em presos na minha garganta, já sentindo saudades da casa, dele e ainda nem sai.  Apesar do que passei, também tive momentos bons nessa casa, memórias boas que quero levar comigo. 

A verdade é que mesmo com tudo ruindo entre mim e Claus, eu amo o Polo Norte, esse lugar incrível se tornou o meu lar. Aqui apesar de algumas pessoas não me aceitarem, a maioria me recebeu bem, sou tratada com carinho e respeito. 

É um lugar seguro, cheio de pessoas com o bom coração. Aqui você não se sente insegura por ser mulher ou por ser diferente, todos aqui respeitam o próximo. 

Também fiz amigos leais aqui, pessoas que não quero perder e muito menos me afastar. 

Mesmo com o divórcio acontecendo, porque agora vai acontecer. Eu devo ir embora, mesmo amando tanto esse lugar? 

Terei que pensar nisso tudo agora! 

A minha cabeça parece que vai explodir, ainda estou parada em frente a porta sem reação, apenas com a mão na maçaneta, lutando entre a razão e o coração, abro lentamente a porta, sentindo cada fibra do meu ser, cada lágrima se formando em meus olhos. 

Puxo com força a mala grande, saindo e fechando a porta, deixo até mesmo a chave embaixo do tapete, ficando com nada que tem a ver com essa casa e nem com o dono dela. 

Travo vendo a aliança ainda em meu dedo, o círculo dourado brilha em meu dedo sem luvas. Segurando a dor aguda que sinto em meu coração, volto para a casa e deixo em cima da mesinha perto da entrada a aliança, sentindo que é o fim. 

Saio mais uma vez, dessa vez sentindo as lágrimas traiçoeiras embaçando a minha vista, agradeço a Deus por ainda ser cedo demais para ter pessoas na rua. Tudo o que menos quero é dar mais assunto com o meu nome. 

Ando sem destino, desnorteada, destroçada demais para se coerente, não posso sair do Polo Norte, mas ainda assim não posso ficar sobre o mesmo teto que Claus, não dá mais para mim, porque mesmo com tudo entre nós, eu o amo a cada dia mais e é uma tortura tê-lo tão perto e ainda assim tão longe de mim. 

Paro no que parece ser uma praça, por aqui tem várias para as crianças, filhos dos elfos poderem brincar, me sento no balanço, não ligando para o frio cruel que está hoje, choro, não ligando para mais nada, não me contenho, choro o que venho guardando durante todo esse tempo. 

Só paro um pouco quando olho para baixo e vejo pé enormes cobertos por botas pretas de couro. 

— O que aconteceu? — Grinch me encara impassível, mesmo que tente parecer indiferente, é possível ver que está preocupado com o meu estado lamentável. 

— Nada. — tento fugir do assunto. 

— Abre o bico, porra. — manda bruto, grosseiro, como ele é. 

Minha Esposa de Presente de Natal [Completo]Onde histórias criam vida. Descubra agora