"Espera aí, amiga! Como você não se despediu de mim?! Fiquei desesperada ao descobrir pela sua família que tinha encontrado trabalho como enfermeira particular! Por que foi tão longe daqui?!?! Eu vou lhe dar uma surra verbal!"
A melhor amiga de Sofia - Laura - dar os seus berros escandalosos no telefone, como se fosse a coisa mais absurda que Sofia havia feito.
Os ouvidos de Sofia não aguentam mais, acabará surda desse jeito. Mas não é isso que a incomoda, o que é desconfortável é que - a burra da Sofia - ligou para sua melhor amiga no meio da sala da mansão dos Choi. O mordomo Hongdae e a faxineira Jieon não param de encará-la, ainda ouvindo um idioma que mal conhece e parece soar estranho. Sofia os entende claramente. A primeira vez que ouviu coreano, soava tão esquisito no seu cérebro que queria ouvir nada desse idioma novamente. Claramente obteve preconceito com este idioma, mas sua irmã - Rafaela - ficou tão viciada nessa cultura que começou a apresentar diversas coisas sobre a Coreia do Sul, como novelas, músicas, filmes. Durante esse período de dois anos de persistência dela, Sofia se acostumou com o idioma e começou a ir atrás de outras culturas asiáticas, tornando-se viciada também. A sua amiga, era uma grande fã da Ásia também, por que será que deve ter berrado tão exageradamente?
Sofia abafa o telefone e chama atenção do mordomo Hongdae e da faxineira Jieon.
- Com licença - Sofia os chama na língua inglesa - Perdoe-me pela gritaria do telefone, é minha amiga...
Eles apenas acenam com a cabeça, ambos dizendo "Sem problemas" e Sofia voltou para o telefone, alertando Laura.
- Laura! Você está me deixando constrangida! Dá para diminuir seu tom de voz? Estou na sala de estar da mansão dos meus chefes!
Ao ouvir o alerta, aparentemente Laura ficou mais constrangida que Sofia, abaixando a voz drasticamente, mais calma e tímida.
"O-Opa... Foi mal... Mas eu fiquei realmente preocupada, deveria ter me contado..."
- Não deu tempo. Sei lá o porquê, um dos meus chefes, que se chama Choi Yeonjun, por e-mail, falou para fazer malas ao ser selecionada e contratada e iria pegar o avião no dia seguinte. Foi tudo às pressas, não tive atenção.
"Uuuh! - um suspiro alto e aliviado é ouvido, atacando os ouvidos de Sofia novamente - Eita, desculpa de novo! Agora que está explicado, não preciso me preocupar tanto com você. Mas espera aí... Como você conseguiu esse emprego? Acho tão difícil encontrar trabalho fora do país."
- Ah, foi realmente difícil como disseste. Encontrei em uma propaganda enquanto estava nas redes sociais, pensei que seria pegadinha ou golpe, mas estavam querendo um enfermeiro particular para um dos CEO's de uma empresa extremamente famosa de jogos. O CEO que está doente, com uma saúde frágil e precisava urgentemente de um enfermeiro. Estava escrito também que precisava de conhecimento básico em Fisioterapia, o que é uma área que gosto muito e tenho conhecimento, então me candidatei. Depois de currículo enviado, entrevistas, fui selecionada e contratada, competindo a vaga com mais de cem pessoas... Uh... Complicado.
Após terminar de explicar, Sofia mal ouve a voz da Laura, achando que havia perdido o sinal ou desligado.
- Lau...ra? Lauraaa! Está aí? - retira o telefone da orelha, encarando o telefone - Ué, essa porra perdeu o sinal??
"Não, tô aqui! Oi! Oi!"
- Por que me deixou no vácuo? Ficou calada por que?
"Desculpe, estava tão em choque o quão deve ter sido difícil. Mas é claro! - de repente, a voz da Laura fica confiante e exibida - Eu tenho uma amiga tão talen- tosa! Além de ser graduada em enfermagem, fez curso de fisio- terapia em adulto e idoso e ainda é faixa preta em jiu-jitsu! Que orgulho!"
- Ei! Não começa a me bajular, sei bem o que quer quando elogia.
"Ué, tá sem dinheiro pra mandar três potes de sorvete pra cá?"
- Vá sonhando, Laura! Não vou te pagar três potes de sorvete, sabe-se o quanto tá caro hoje em dia!
"Beleza, beleza! - a voz de Laura fica mais baixa de repente, se afastando do telefone -- Oi?"
Sofia consegue apenas ouvir o 'oi', sem entender nada. Confusa, chama o seu nome novamente. Laura volta para o telefone após um momento.
"Perdão, é o pessoal do trabalho. Eu vou precisar sair agora, tenho que fazer um projeto de marken- ting e apresentar para as pessoas importantes da empresa daqui. Nos falamos mais tarde! Bein- jinho!"
- Ah, está bem. Tchau.
Sofia desliga o celular e coloca de volta no bolso do uniforme. Vi- rando as costas para o telefone, mordomo Hongdae se reverencia e Sofia faz o mesmo.
- Senhorita Sofia, nós temos uma regra clara nesta casa, mas desta vez toleramos.
- Eu sei muito bem, mordomo Hongdae, essa será a primeira e última vez. Irei ter as minhas ligações pessoais durante os horários de folga.
- Obrigado, senhorita Sofia.
- Bom, irei voltar para o quarto do senhor Choi Soobin.
Indo para direções opostas, Sofia chega perto da porta do quarto, mas ouve o som do telefone li- gando, chamando a sua atenção. Sofia vá até ao telefone da casa, atendendo em inglês educada- mente.
- Alô? É a casa dos Choi.
Do outro lado da linha, não obte- ve nenhuma resposta, mas não demorou muito para uma voz masculina surgir no telefone.
"Hã? Quem é você que está atendendo o telefone da minha casa? Ainda em inglês."
- O que?
...continua no capítulo 01
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[HIATUS] O Eu oposto - (FanficXYeonjun) • TXT
Romance❌HIATUS [FOCANDO EM OUTROS PROJETOS]❌ Sofia Moretti sempre sonhava em conseguir um trabalho fora do país como enfermeira, era um dos seus maiores sonhos que gostaria de realizar. Em um momento em que estavas desesperançosa, viu um anúncio que mudou...