Attention RanPoe

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Poe estava tão submerso em escrever seu livro que acabou ficando 8 horas seguidas em seu escritório, e por conjunto esquecendo de seu namorado, que agora estava apoiado no batente da porta o encarando com um semblante não tão ótima.

Já fazia umas 4 horas que Ranpo estava na casa de Edgar. Quando o Edogawa chegou e foi procurar o namorado no escritório, não demorou muito para ele perceber que provavelmente já fazia bastante tempo que o de cabelos roxos estava lá, mas ele também percebeu que ele estava bastante focado, então decidiu não o incomodar. Durante essas 4 horas o detetive ficou brincando com o Karl, comendo os doces que o mais velho sempre deixava para ele nos armários da cozinha, lendo os livros de suspense e mistério que ele encontrou na grande biblioteca da mansão de Allan até que chegou uma hora que ele simplesmente se irritou e foi atrás de seu namorado, o que nos faz voltar para o agora.

Durante essas 4 horas Ranpo tentou de tudo para chamar a atenção de Poe – como, por exemplo: fazer um grande barulho na hora de pegar as guloseimas do armário, falar com Karl em um tom de voz bastante alta perto do escritório do escritor, passar várias vezes na frente do cômodo em que Edgar se encontrava enquanto reclamava em voz alta que os livros que tinha lido eram muito óbvios nas tramas entre muitas outras coisas, mas óbvio nenhuma dessas coisas tinham funcionado então ele tinha ficado muito frustrado ‐; até que, Ranpo teve uma brilhante ideia: então já que seu namorado estava tão focado no livro que tinha esquecido da existência do homem mais novo ele iria o fazer lembrar do detetive.

Edogawa caminhou lentamente até a frente da mesa do escritor:

— Amor? — Ranpo disse de uma forma extremamente carinhosa apenas para checar se Allan estava ouvindo. E não ele não estava.

Então, sem mais opções, ele foi até o lado da cadeira e calmamente sentou no colo do namorado e novamente o chamou:

— amor? — dessa vez ele falou enquanto observava os lindos cachinhos da cabeça de Poe e obviamente ele teve uma resposta

Edgar quando percebeu oque estava acontecendo paralisou por alguns segundos, mas logo voltou a si quando o castanho o chamou, então não demorou muito para o responder:

— R-Ranpo? — Poe respondeu gaguejando e com um leve rubor no rosto

— eu estou aqui há muito tempo esperando você terminar para me dar carinho, mas como você estava demorando muito, eu tive que vir até aqui — era extremamente óbvio o tom de aborrecimento na voz do detetive, mas o escritor conhecendo bem o homem sentando em cima de si sabia muito bem que ele e extremamente capaz de fingir um tom assim, mas naquele momento estava tão avoado que não conseguiu desvendar se aquele tom de voz era verdadeiro ou falso — estou aqui a taaaanto tempo... oque você vai fazer sobre isso Edgar Allan?

— oh! Sinto muito meu amor estava tão focado que esqueci que você estava aqu... — antes de completar a frase o de cabelos roxo se lembrou que antes de começar a escrever Ranpo não estava aqui e que também o mais novo não tem a chave da casa de Poe, mas o mais velho nem se preocupou de prolongar os seus pensamentos, pois era uma coisa bastante normal o castanho entra na cada dele desse jeito então ele apenas continuou — bom já que você ficou esse tempo todo me esperando eu vou ficar o resto do dia dando carinho e atenção para você! Que tal?

— hum... não — O detetive respondeu depois de uns breves segundos ponderando, uma resposta que deixou Edgar bastante surpreso

— b-bom, já que você não quer isso... então me peça qualquer coisa que eu faço ou compro para você

— qualquer coisa?

— qualquer coisa

Ranpo deu um sorrisinho e abriu levemente os seus lindo olhos verdes antes de responder: