Capítulo 13.

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S/N

Meu corpo suava frio, e um alerta invadia meu subconsciente. Pisquei os olhos várias vezes tentando não encarar o Carl. Eu estava fora de mim, por um segundo esqueci de tudo e depositei toda a minha raiva quando apertei o gatilho. Eu acabei de matar um homem.

Jaden me abraça forte, e de imediato correspondo, desabando em seus braços. Aquilo não podia estar acontecendo, eu não consigo acreditar que fui capaz de tirar uma vida dessa maneira. Todos ao redor me encaravam com seus olhos arregalados demonstrando surpresa.

- S/n, por favor, não me mate.- Popy chama minha atenção, seus olhos estavam encharcados de lágrimas. Engoli em seco, sabendo que, por mais que estivesse irritada não seria capaz de atirar contra a mulher que cuidou de mim a vida toda, não agora que voltei ao meu estado consciente.

- O que foi isso? -Jaden sussurra em meu ouvido, mas não respondo, apenas corto o abraço e saio ás pressas do local, tentando andar rápido e torcendo para minhas pernas não vacilarem.

Merda. Merda. Merda. Que porra eu fiz?!

Respirei fundo várias vezes, inalando todo o ar do ambiente. Minha cabeça parecia que ia explodir, pisquei os olhos constantemente torcendo para que tudo não passasse de um pesadelo muito louco.

Eu estava confusa, não tinha mais percepção do que era real ou o que não era. Depois de tantas mentiras você começa a se perder, e a desconfiança gruda como um ímã em sua mente. Não podia acreditar que pude ter sido enganada dessa maneira, que meus pais possam ter sido mortos por conta de um único motivo: O dinheiro. A porra do maldito dinheiro.

Respirei fundo e tomei coragem para sair ás pressas do ambiente, ignorando os capangas que murmuraram algo ao me ver correndo. Eu precisava dar um fora desse lugar, ficar sozinha e recomeçar minha vida do 0. Urgente.

Andava pela estrada de barro sem rumo nenhum, rezando mentalmente para que ninguém viesse atrás de mim ou que nenhum maníaco me sequestrasse agora mesmo. O lado ruim de ser uma pessoa impulsiva é que você acaba fazendo merdas constantemente justamente por não conseguir ter nenhum controle sobre a própria mente. Tirei do meu bolso o papel com os números de telefone que meu pai havia deixado, e não pensei duas vezes antes de ligar para o primeiro nome da lista: Martin.

- Alo? - ele disse depois de alguns segundos.

Engoli em seco tomando coragem, e aquela era a hora.

- Oi. Meu nome é S/n, sou filha de Grayson Bazzie... ele me deixou uma carta com o seu número escrito na mesma.

O homen demorou alguns segundos para responder, porém, logo tratou de se adiantar.

- Meu Deus. Você está viva.... Sn, que felicidade em conhecer você. - ele demonstrava grande felicidade em sua voz. - Eu sou o Martin. Por muito tempo fui o braço direito do seu pai, e agora, como havia prometido a ele quando você nasceu, serei o seu mentor. Quando posso te encontrar?

- Amanhã. Eu estou em LA. - mordo meu lábio inferior ao ouvir um carro se aproximando. - O Thomas está atrás de mim...

- Meu Deus, Sn. Você precisa sair daí agora mesmo, o Thomas é muito perigoso. Amanhã estarei indo para Los Angeles, e irei providenciar sua passagem para o Canadá. Você precisa dar um fora daí.

Combinei um local com o Martin, e antes que pudesse falar algo tive que interromper a ligação. Revirei os olhos ao reconhecer o carro, e infelizmente aquele rosto que estava pra fora da janela.

- Você está louca de fugir assim? - ele pergunta com tédio. - Vai, entra no carro e vamos pra casa.

- Eu não vou entrar. - digo firme e continuo a andar. Jaden ia com o carro lentamente afim de me acompanhar, o que me fez bufar.

𝐌𝐲 𝐏𝐨𝐬𝐬𝐞𝐬𝐬𝐢𝐯𝐞 𝐁𝐫𝐨𝐭𝐡𝐞𝐫 | Jᴀᴅᴇɴ Hᴏssʟᴇʀ Onde histórias criam vida. Descubra agora