◌⑅❤⋆❤FANFIC_LOUIS❤⋆❤⑅◌

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UM ENCONTRO DE ALMAS

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Em meus sonhos eu me vejo como uma dama da corte, uma donzela de 17 anos, nascida no ano de 1903, me vejo me olhando em um grande espelho em forma oval emoldurado por uma moldura em latão dourado, sou pequena, corpo delgado, pele clara, olhos castanhos, cabelos longos negros e cacheados. Aquele quarto é meu, eu tenho os melhores vestidos, os mais lindos sapatos e uma coleção lindíssima de jóias e acessórios para cabeça..estou vestida em um lindo vestido rosa com rendas e babados em branco, me vejo bonita e gosto do meu reflexo nesse espelho, aqui tudo é bonito e tem um ar de nobreza e encanto. Dou um sorriso admirando o meu lindo colar de pérolas em meu pescoço, eu sei que nada disso é real, e sei que estou apenas sonhando, acho que é mais uma das minhas sessões de regressão a vida passada. Isso se tornou rotina pra mim, eu me vejo nessa vida toda vez que vou dormir e por isso procurei um profissional no caso para poder me avaliar e desde então esse negócio tem se tornado rotina, e o profissional ainda não sabe bem o que me dizer. Ouço uma batida na porta e uma voz me chamar. Logo me vejo voltando para a minha realidade com apenas um estalar de dedos. Abro os meus olhos e vejo o profissional sorrir para mim, é um homem simpático de meia idade usando óculos, ele me diz algumas coisas e marca uma nova sessão para o outro dia, ele quer me ajudar a descobrir o motivo dessas lembranças, e eu também quero isso. Parece loucura mais eu sinto que tem algo que eu estou destinada a encontrar. O dia se passa e eu estou no meu trabalho ocupando a minha mente com os meus afazeres. Logo chega a noite e eu estou em minha casa já deitada em minha cama pensando sobre tudo o que vem me acontecendo em todos esses dias, não entendo esses sonhos e visões que tenho desde os meus 12 anos, essas lembranças...porque?  Com essa pergunta eu acabo adormecendo e mais uma vez mergulho nesse poço de sonhos onde me vejo no mesmo quarto me olhando no belo espelho, ouço a batida na porta, vou e abro para ver uma moça negra linda vestido um vestido branco com um avental marrom e um lenço branco na cabeça. Ela sorriu ao me ver e docemente me chamou de senhorita Catherine e disse que meus pais estavam a minha espera. Eu fechei a porta do quarto e a acompanhei, enquanto caminhava-mos pelo corredor da casa que pelo visto era uma casa muito grande, eu perguntei a ela, se ela sabia o motivo de estarem me esperando, ela me olha e diz: é sério que não sabe? Eu sorrio e ela continua..seus pais vão dar uma festa, será um baile. Logo me vejo de frente com os meus pais..eles são pessoas com estilo sofisticado, a mulher que se dizia ser a minha mãe, era linda. Uma mulher alta, magra e muito elegante. O homem que era o meu pai, era um homem forte, alto e muito sério. Eles olharam pra mim é minha mãe perguntou se eu estava bem...eu disse sim, sorrir e me sentei em uma poltrona coberta por um tecido aveludado na cor escarlate, meu pai me elogiou dizendo que eu estava muito linda naquele vestido, minha mãe disse o mesmo e ainda acrescentou dizendo que eu era digna de ser desposada por um rei. Logo o meu pai começa a falar sobre o baile que ele quer dar para comemorar os seus 20 anos de casamento, minha mãe toda empolgada disse que queria algo diferente, ela sugeriu um baile de máscaras o que agradou muito o meu pai, eu sem ter muito o que falar, concordei com tudo e assim passamos aquelas horas conversando, enquanto minha mãe já preparava a grande lista de convidados para o seu grande baile de máscaras. Meu pai me olhou e disse que iria aproveitar a ocasião para me apresentar ao filho do marquês.. minha mãe por sua vez disse que iria convidar a marquesa silvia que era muito amiga da rainha Charlotte para virem ao baile, ela me olha e diz com um sorrisinho, o príncipe é um jovem muito lindo, aposto que irá gostar de você. Meu pai diz olhando para ela, você sempre pensa no melhor heim..ela rir e diz: claro, qual mãe não quer o melhor partido para as suas filhas. Eu fico olhando para os dois sem entender nada e então, digo: o que nos somos mesmo para vocês estarem convidando essa gente da corte? Eles me olham estranhando e meu pai diz: você está bem querida? Minha mãe por sua vez pergunta se eu dormir bem! Eu sorrio e digo que preciso atualizar a minha memória, minha mãe olha para o meu pai e depois voltando a sua atenção para mim diz: filha, nos pertencemos a corte. Seu pai é conde, eu sou condessa e você também é! Eu sorrio para ela para disfarçar a minha surpresa e logo em seguida digo para desfazer a pequena desconfiança de meu pai que estava me olhando: eu estava só brinca com vocês em seguida me levanto dizendo que iria voltar para o meu quarto para ver algumas coisas. Minha mãe diz se eu não havia gostado do que ela tinha me falado, eu digo que esta tudo bem, e sem mais eu me retiro indo para o meu quarto, mesmo me afastando eu escuto o meu pai dizer essa menina precisa conhecer pessoas, e minha mãe diz: não se preocupe eu vou arrumar um namorado para ela. Entro no meu quarto e fecho a porta, vou até o espelho e fico me olhando eu sou realmente eu, meu rosto é o mesmo, mais esse tempo não é o meu tempo, em que ano eu estou? Logo vejo tudo escurecer e sinto algo aquecendo o meu rosto, abro os meus olhos e vejo um raio de sol que estava sobre o meu rosto vindo da janela, eu me  sentei na cama e olhei ao redor, peguei o meu celular de sobre o criado mudo e consultei o visor vendo que já era quase oito horas, suspirei passando as mãos no rosto — preciso ir trabalhar.  me levanto e vou ao banheiro fazer a minha higiene matinal. Horas depois...já estou no meu emprego tentando manter a minha mente ocupada e conseguir.. quando sair do salão fui ao consultório do meu parapsicólogo, e lá passei por mais uma sessão de regressão. Dessa vez me vi no dia do grande baile de máscaras. Estava tudo muito bonito e organizado, eu parei no topo da escada e olhei para o grande salão, tinha muita gente e todas estavam ostentando máscaras lindas com muito brilho e penas, as roupas tinham muito tecidos e tudo era muito colorido. Minha mãe me viu e acenou para mim e então comecei a descer as escadas. Eu estava usando um vestido azul royal com forro e rendas na cor preta, luvas de seda preta, meus cabelos estavam presos em um coque muito elegante, estava usando jóias de brilhantes e uma máscara preta brilhante com penas no mesmo tom, me aproximei da minha mãe e ela abriu um sorriso de orelha a orelha ao me ver: filha como você está linda! Dou um sorriso e logo ela me pega pela mão e me leva até um grupo de pessoas que estavam conversando, ela chama a atenção de um dos rapazes e ele se vira e nos olha, ao ver os seus olhos através da máscara eu sinto algo diferente, um calor percorrer o meu corpo e quando ele sorriu foi como se tudo ao seu redor ficasse iluminado..ele é tão lindo! Não pude evitar de dizer isso em meus pensamentos. Não ouvi nada do que minha mãe estava falando e nem vi a hora em que ele pegou a minha mão e beijou sem tirar os olhos dos meus, nesse instante eu sentir algo estranho e tudo escurecer, por algum instante eu tive a impressão de ter visto o rosto do meu psicólogo me chamando, a escuridão volta e por alguns segundos eu vejo raios de luzes em várias cores e uma grande luz se abre em minha frente me fazendo acordar, para me ver deitada em uma linda e imensa cama, eu giro o corpo olhando para os lados e vejo um homem encostado em uma janela olhando para fora, pelo que eu pude ver através da janela era manhã, ainda bem cedo. Ao me perceber ele se vira e sorrir feliz em me ver — oi minha rainha! Acordou? Eu sem saber o que dizer apenas sorrio de volta me sentando na cama. — que horas são? Pergunto para disfarçar — ainda é cedo, são seis horas da manhã — ele se aproxima e senta na beira da cama, eu não consigo acreditar no que eu estou vendo, ele é o mesmo moço que a minha mãe me apresentou no baile, mais o que eu estou fazendo aqui com ele? E porque a gente parece estar juntos? O que ele faz nesse quarto vestido com roupa de dormir? E eu? Porque eu estou nessa cama vestida com uma camisola de cetim? — aconteceu alguma coisa? Perguntei esfregando a fronte com as pontas dos dedos — você passou mal ontem à noite durante o jantar no palácio dos meus pais, sua mãe ficou muito preocupada com você e eu também.— palácio? Eu digo baixinho olhando para minhas mãos e vendo em meu dedo anelar esquerdo um lindo anel de ouro branco em forma de aliança coberto de brilhantes—sim meu amor, ontem foi o nosso jantar no palácio real onde vamos morar em breve, eu pretendo arrumar algumas coisas por lá e por isso por enquanto vamos ficar aqui na casa real.— hum... tudo bem.—respondo, Ele sorrir e me beija com tanto carinho aquecendo o meu coração, eu não estava entendendo nada mais ele era tão lindo.— volte a descansar mais um pouco, eu vou dar uma volta e logo retornarei minha rainha. Com essas palavras ele me beija mais uma vez e sai do quarto me deixando sozinha. Eu jogo as cobertas de lado e me levanto, caminho até a janela e olho para fora o lugar é lindo, tem uma vista maravilhosa de uma floresta ao redor.. logo posso ver ele saindo montado em um cavalo branco indo por uma trilha para dentro daquela floresta. Alguém bate na porta e eu vou abrir é uma criada segurando uma bandeja com café da manhã— bom dia magestade! 
— magestade? 
A mulher me olha confusa e diz— sim senhora, a senhora é a esposa do rei Louis. 
— eu não me sinto muito bem...
Digo esfregando a fronte com os dedos A criada entra rápido e coloca a bandeja sobre uma mesa e me olha perguntando— a senhora quer que eu mande chamar o médico? 
Eu me sento na cama novamente dizendo para ela— não, não precisa..vai ficar tudo bem, só preciso comer um pouco, pode ir.
Ela assentiu com a cabeça e saiu me deixando sozinha. 
— então, ele é o rei Louis e eu sou sua esposa? 
Sinto uma tontura e tudo escurece em minha frente, aquilo pareceu uma eternidade e quando ouço algo estalar eu abro os olhos e vejo o teto branco e logo um rosto conhecido surge em minha frente — dessa vez você demorou viu! 
Eu ainda me sentindo confusa pergunto: eu acordei? 
Ele sorrir— sim, você acordou? 
Ele estende a mão para mim e me ajuda a sentar no divã. Enquanto eu arrumo os meus cabelos ele me entrega um copo com água dizendo—então você foi casada com o rei Louis? Depois de tomar um pouco da água eu digo—sim, foi isso que acabei de descobrir. 
Ele arruma seus papéis sobre a mesinha de centro e me encara por alguns segundos..— o que foi Dr? Pergunto.— pelo o que eu pude analisar hoje, você não é só uma alma encarnada, você também é alma gêmea desse Louis. Enquanto você estava em transe, você não parava de chamar por ele.  Quando ele me diz isso eu sinto o meu coração palpitar e digo em um suspiro— não sei como é isso, mas eu sinto que o amo muito...ele é uma lembrança dentro de mim que a cada dia que passa fica ainda mais forte. O Dr se inclina para a frente apoiando os braços sobre os joelhos e cruza os dedos—diga-me uma coisa, como você ver esse Louis? Eu coloquei o copo sobre a mesinha e baixei a cabeça olhando para o piso de lajota marrom—eu vejo ele como um lindo moço asiático, mesmo sabendo que estou na França..ele é asiático. O Dr me olha com uma expressão intrigante e diz: —Como assim asiático? O rei Louis era francês! Eu suspiro e digo—Sim, eu sei disso Dr. Mas é assim que eu vejo ele em minhas lembranças. O psicólogo passa uma das mãos pelo rosto parecendo meio perturbado com o que eu estava dizendo—Isso não pode ser? Não é possível!
—O que disse Dr? 
Ele diz pegando seu bloco de anotações—na próxima consulta eu vou tentar descobrir isso melhor, agora eu preciso atender o próximo paciente.
—tudo bem! Então vou indo, até a próxima.
—certo, até lá.
Sair de lá meio pensativa... porque o Dr pareceu preocupado? O que ele tá sabendo que eu não sei?
Fui para casa e assim com os meus afazeres eu pude me distrair e não pensar em minha vida passada. 
Uma semana se passou e a minha próxima consulta chegou, eu fui mais cedo para o consultório e fiquei na recepção esperando ser atendida. Nesse momento um jovem entra usando um boné preto e um moletom azul marinho. Ele foi até a secretária informando que tinha hora marcada para uma consulta. A moça olha em um caderno e confirma, então ela pede para ele aguardar, ele agradece e se dirige até o sofá onde eu estou sentada e se senta próximo a mim tirando o celular do bolso e começando a mexer na tela. 
Alguns minutos se passam e nada do psicólogo chegar, eu estava olhando algumas revistas quando a secretária nos chamou a atenção para informar que o dr iria se atrasar pois estava resolvendo um negócio.
Depois do aviso ela volta para o seu lugar. 
O moço que está sentado perto de mim me olha e diz—pelo jeito vamos ter que esperar! 
Nesse instante ao ver o rosto dele eu sinto algo diferente em mim, uma lembrança, vontade de chorar... não sei o que estava acontecendo comigo.
—preciso me controlar—digo em pensamento, ele fica me olhando e pergunta se está tudo bem comigo, eu respondo que sim, mais sabia que o meu rosto estava pálido, ele diz—acho que conheço você? Seu rosto não me é estranho. Ele sorrir de leve para mim, eu digo tentando não surtar com o que estava acontecendo ali, era ele? O Louis das minhas  lembranças! Ele estava bem ao meu lado olhando para mim.—faz dois meses que venho aqui, você deve ter me visto, só isso.— digo tentando parecer o mais natural possível
Ele diz—pode ser, mais tenho certeza de que a conheço de um outro lugar...talvez, de uma outra época. Nesse momento meu coração disparou, e minhas mãos começaram a suar, seus olhos me encarando e eu não sabia o que dizer, quando eu estava prestes a desmaiar o psicólogo entra na recepção! Peço desculpas pelo atraso, estava resolvendo alguns problemas, mais já estou aqui, e vamos começar sem mais demora.
O psicólogo entra no consultório e a secretária pede para que eu entre, eu olho para o moço ao meu lado e ele com um gesto de cabeça diz quase em um sussurro—vá. 
Eu tomo fôlego e me levanto, caminho  até a porta do consultório e antes de abrir, olho mais uma vez para ele que está me olhando. Ele é muito bonito, e eu de alguma forma o amo, sentir isso dentro de mim. Abro a porta e entro.
A sessão acontece e eu como sempre me vejo apaixonada por esse homem, a gente vivendo um amor maravilhoso, apaixonados um pelo outro. Festas, danças, bebidas, extravagâncias, luxo, vaidade, desejos, amor e paixão me vejo vivendo tudo isso ao lado dele, uma paixão e um amor esteticamente perfeitos. 
Quando o psicólogo me traz de volta a realidade ele me faz uma revelação, me contando que o moço que está na recepção esperando para ser atendido por incrível que pareça também tem as mesmas lembranças que eu. 
Ele sugere que tenhamos uma conversa, que possamos nos conhecer e assim tentar descobrir o nosso destino.
— eu vou atender ele agora, mais peço que aguarde na recepção, eu quero conversar com vocês dois assim que eu terminar a sessão dele.
Eu aceito e saio do consultório indo me sentar na recepção.
— já? Foi bem rápido!—Ele diz 
—sim! Agora é a sua vez—digo sorrindo me sentando ao lado dele
—eu sabia que você não era só uma lembrança... você é real.—Ele diz me encarando e aquilo me faz perder a noção do tempo. Quando vejo ele esta se afastando indo para a sala do psicólogo e ao entrar ele me olha e sorrir dando uma piscadela. 
Com ele a sessão durou mais tempo e quando finalmente terminou o dr apareceu na porta e me chamou, fui e ele me mandou entrar. Já dentro da sala o dr me pediu para sentar, obedeci e olhei para o divã e o moço estava lá ainda deitado, mais acordado. O Dr nos olha e diz— vocês dois, pelo o que eu pude avaliar todo esse tempo de regressão que venho fazendo com vocês... vocês são um casal.
Ele olha para mim— você é a duquesa Charlotte, e ele é o príncipe Louis, o mesmo que se torna rei em suas lembranças e se casa com você. 
O moço me olha, e é como se eu estivesse vendo minha lembrança, e o dr continua— isso é um tanto raro mais acontece de duas pessoas que viveram juntos em vidas passadas se encontrarem no presente. Vocês foram um casal e agora estão aqui, finalmente se encontraram. O que eu posso dizer? Vocês precisam se conhecer nessa vida! É o destino. 
— eu sabia que não era loucura da minha cabeça—disse meio baixo 
O Dr sorrir para nós dois e nos manda ir, a gente se despede dele e sai.
Saímos juntos dali, e seguimos pela rua conversando e  para mim eu me sentir como se estivesse tirado um fardo enorme das costas, eu tinha encontrado ele. Ele não era mais minha lembrança, ele era real.
— quer sair comigo amanhã à noite?—ele diz me olhando de lado pouco acanhado
— se você quiser mesmo, eu quero.—digo sorrindo de leve
— claro que quero!—ele diz
A gente fez uma parada em uma lanchonete e ele aproveitou para passar para mim o seu telefone.
— quando você estiver pronta amanhã é só me ligar que eu vou buscar você.
— certo.
Pedimos um lanche, onde ele fez questão de pagar o meu, sentamos junto ao balcão da lanchonete e ficamos um de frente para o outro. 
Me sentia muito bem com ele, sua presença me acalmava, e aquele sorriso era como uma luz para mim, sua voz soava como uma doce melodia, estava viajando legal até que escutei um estalar de dedos em minha frente e quase morri de vergonha.
— em que você estava pensando?
— não era nada, desculpa, eu só me desliguei um pouco...nada demais.—sorrir envergonhada
Ele sorrir— tudo bem relaxa. Posso te perguntar uma coisa?
Ao dizer assim ele chega mais para perto de mim me encarando
— o quê?
Ele olha para a minha mão que esta sobre o balcão e toca com o dedo indicador fazendo um pequeno movimento que parecia ser um círculo no dorso da minha mão enquanto pergunta— como vamos terminar nessa vida?
Olhei para a sua mão e depois o encarei — como você quer que terminamos?
Seus olhos se fixaram nos meus e seu rosto ainda mais perto, eu podia sentir a sua respiração em minha face
— vou deixar você decidir.— ele disse
— eu não conheço você.—respondi
— quer conhecer?—ele falou me encarando
Fiquei em silêncio olhando em seus olhos e ele sorriu e olhou novamente para a minha mão e deslizou a ponta do dedo novamente fazendo o circulo
Minhas mãos estavam suando e meu coração acelerado, o que era aquele movimento que ele estava fazendo na minha mão? 
— eu não sei se posso.—respondi
— eu não tive dúvidas quando conheci você naquele baile. — ele falou sem me olhar
— O que é isso que está fazendo em minha mão? 
— O circulo do infinito. — ele diz voltando a encarar os meu olhos e um pequeno silêncio se faz entre a gente, tempo suficiente para ele se aproximar ainda mais e deixar o rosto pertinho do meu, por um segundo eu pensei que ele fosse me beijar mais ele apenas sussurrou em meu ouvido enquanto eu fechava os olhos sentindo seu delicioso perfume
— não esqueça que eu sou o seu rei e você é a minha rainha, minha doce e bela Charlotte.
Minhas pernas estavam tremendo e não consegui impedir uma lágrima de rolar por minha face, ele em um gesto carinhoso secou-a com o dedo polegar e assim eu pude ver em seus olhos o quanto ele também estava emocionado.
— Kilye Julian, meu nome—disse em um soluço
Ele sorriu deslizando os dedos por uma mecha dos meus cabelos que insistia em ficar em frente ao meu rosto
—lindo nome...faz jus a dona. 
Sorrio fechando os olhos, o toque dele era tão bom, não queria que esse momento passasse
— liga para mim, não quero ficar sem te ver, aliás...eu não quero te perder. — ele disse tentando não demonstrar a emoção que estava sentindo ao me ver lutar para controlar as lágrimas em sua frente
— vou ligar sim, pode deixar.— digo entre um suspiro, eu estava muito emocionada e tudo o que eu queria era abraçar ele e chorar, chorar e chorar. Aquilo tava difícil demais pra mim, eu tava quase perdendo o meu controle emocional, meus olhos estavam marejados e as lágrimas ameaçavam rolar, ele segurou as minhas mãos dizendo— Ei, não chora por favor...eu estou aqui, e estou aqui pra você...vamos sair daqui, vamos! 
Confirmei com um gesto de cabeça
e assim deixamos a lanchonete e continuamos a caminhar, ainda era cedo, ficamos na pequena praça da cidade conversando por mais uma hora.
Eu finalmente me acalmei. 
Passando esse tempo a gente se despediu e ele se foi, fiquei sentada no banquinho da praça tentando processar tudo o que tinha acontecido até me dar conta que precisava ir para casa. Com muita preguiça me levantei e fui embora, graças a Deus não estava muito longe de casa.
—Ele não me disse o seu nome. 

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⏰ Última atualização: Dec 31, 2023 ⏰

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