Cap. 4

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Após acabar o intervalo, pegamos nossas coisas e saímos do refeitório.

-Estão sabendo da festa de hoje a noite na casa da Hillary? - Eric perguntou.

-Estou sim. Vocês vão? - Scott disse.

-Vamos. -Gabbe disse. -Quer vir Amber?

-Quero sim. Mas terei que passar em casa para avisar à minha irmã de que estarei fora hoje.

-Tudo bem, passamos lá com você para avisar ela.

-Ótimo.- Scott disse sorrindo

-As garotas estão me chamando, vou ver o que elas querem. Vejo vocês mais tarde galera. E prazer em conhecê-la caloura. - Disse Eric se afastando.

Fomos até o carro de Henry.

-Eu dirijo! - disse Scott correndo para abrir a porta do carro.

-Eu vou no carro da Amber, preciso conversar sério com ela. -Disse Gabbe piscando para mim.

-Certo, vai na frente, a gente segue vocês. - disse Scott ligando o carro enquanto Henry entrava silenciosamente.

No caminho Gabbe liga o rádio e coloca a música "Stay High" de Tove Lo.

-Meu Deus, é minha música favorita. -Falei olhando para ela.

-Ahh, também a-d-o-r-o essa música. Se me permite, vou aumentar um pouquinho mais.- Disse Gabbe colocando no último volume.

Começamos a cantar que nem loucas, Scott e Henry passaram do nosso lado e Henry gritou.

-ESTÁ TUDO BEM AÍ GAROTAS?

-MELHOR IMPOSSÍVEL. -Gabbe disse abrindo a janela, e colocando seu rosto para fora. Seu cabelo, embora curto, voava para sua cara enquanto ela cantava gritando.

Após um tempo, Gabbe volta ao seu estado normal. Me encara, abaixa o som e finalmente fala.

-Hey Amber.

-Oi Gabbe?

-Você está mesmo afim do Henry, estou certa? -perguntou com um sorriso, como se já soubesse a resposta.

-Sim, ele é bem bonito, e um bom amigo.

-Não se faça de santa Amber, não nasci ontem. Eu reparei no jeito que olhou para ele lá no refeitório.

-Não, desculpe te decepcionar, mas você está enganada. Achei ele lindo, e gosto dele, mas como amigo, apenas. - Menti. Na verdade acho que estou mentindo para mim mesma, poxa, ele é perfeito, aquele olhar, o jeito dele. É impossível não se apaixonar. Mas não quero passar pela garota iludida.

-Tá certo, vou fingir que acreditei. Mas se precisar da minha ajuda, estarei aqui. -Gabbe disse arrumando o retrovisor da frente para retocar seu batom.

Chegando em casa, parei o carro, e Scott parou logo atrás.
Abri a porta da frente. Hayla nos recebeu com alguns latidos e veio correndo em minha direção abanando o rabo.

Olhei para a sala e vi Savanna dormindo no sofá. Havia algumas latas de refrigerante jogados pelo chão, e uma caixa de pizza na mesa do centro.
Fui até a cozinha, peguei uma jarra de água fria, fui até Savanna e joguei água para ela acordar.

-QUE ISSO? QUE SACO Amber, me deixa em paz. -Disse ela saltando do sofá, brava. Subiu para seu quarto.

Voltei para onde Gabbe, Scott e Henry estavam.

-Bem, sejam bem vindos à minha casa. Como puderam ver, aquela é minha querida e educada irmã. -Falei irônica. Eles riram. -Querem tomar algo?

-Não não, muito obrigado. - Henry disse.

-Eu e Henry vamos indo. Encontramos vocês na festa. Não se atrassem. -Scott disse se despedindo.

-Certo, até mais - me despedi. - Vou lá em cima, só para falar com a Savanna e pegar minhas coisas para me arrumar na sua casa Gabbe.

-Tá bom. - Ela disse enquanto brincava com a Hayla.

Subi a escada, fui até o quarto de Savanna. Bati algumas vezes na porta e ela não respondia, quando me enchi daquelas birras dela, disse.

-Savanna abra essa porta.

-Vai embora. Me deixa.-disse ela gritando de dentro do quarto sem ao menos abrir a porta.

-Antes de ir, vim avisar que não vou jantar em casa. Estou indo para uma festa, então arrume alguma coisa para você comer. E como nossa mãe já deixou claro, nada de visitas à noite.

Antes que ela pudesse responder, virei as costas e fui até meu quarto.
Peguei um vestido preto simples, sapato salto alto azul escuro, meu inseparável estojo de maquiagem e um casaquinho jeans.

Entramos no carro. Dessa vez Gabbe que iria dirigir.

-Sua irmã é do tipo "revoltada com a vida"? -Gabbe perguntou quebrando o silêncio.

-Não sei o que ela tem. Mas ela ficou assim após terminar o antigo namoro dela.

-Seus pais são liberais?

-Sim, até demais. Eles dizem que temos que aproveitar nossa juventude para fazer loucuras. - Sorri.

-Queria que meus pais fossem assim.

- Outro problema da Savanna é que ela foi adotada. Meus pais não contaram a história toda, mas parece que minha mãe ficou por muito tempo tentando engravidar. Mas não conseguia. O médico dela dizia que ela não poderia engravidar. Então eles resolveram adotar uma menina. Mas depois de um tempo minha mãe descobriu que estava grávida. Aí quando eu nasci, a atenção foi toda para mim.

-Então você é um milagre. -Gabbe comentou sorrindo.

-É, acho que sim.

Chegamos na casa da Gabbe. Era realmente enorme.

-Fique à vontade Amber.

Gabbe me apresentou para seus pais e para seus dois irmão gêmeos, ruivos, e mais novos. A família, ao contrário da minha, parecia ser bastante unida.

Subimos para o quarto da Gabbe. Nos arrumamos. Após 45 minutos estávamos prontas.

Gabbe colocou um vestido tomara-que-caia vermelho escuro, soltou seu cabelo curto e o enrolou. Colocou salto preto.

-Está gata hein, Amber. - disse ela maliciosa para mim enquanto terminava de passar meu batom.

-Você também não está nada mal, Gabbe. -Falei sorrindo de volta para ela.

Descemos para a sala, ela e despediu de seus pais. Entramos no carro, liguei o carro e o som.

-Essa festa promete. -Disse Gabbe animada.

Quando estávamos na porta da festa, pude ver algumas pessoas, já bêbadas, na calçada e na rua gritando que nem uns marginais.

Parei o carro e entramos.

PredestinadosOnde histórias criam vida. Descubra agora