Curativos

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Estacionou o carro na entrada do hotel de beira de estrada abandonado, aquele lugar era realmente arrepiante, a vegetação crescida e abandonada quase tomava conta de tudo, quase escondia o prédio de tanto que havia o tomado, por fora podia ver a sujeira e as coisas que as pessoas jogavam ali como se aquilo fosse um depósito de lixo, de móveis velhos todas essas coisas. Se arrepiou só de imaginar seu peixinho dentro daquele lugar.

— Eu vou lá. — o ômega se apressou em querer abrir a porta, seu bebê estava tão perto, ninguém ia o impedir de pega-lo.

— Jimin, espera!. — Hoseok o segurou pelo antebraço.— Eu vou, você espera aqui, se acontecer qualquer coisa você mete o Soobin nesse carro e voa daqui, tá ouvindo?.

— Hoseok... — murmurou fraquejando, porque Hoseok estava falando como se não fosse voltar ? Como se algo ruim fosse acontecer? Como se não fosse mais voltar.— Porque está falando assim ?.

— Eu só quero que você esteja ciente de que você e Soo são completamente minha prioridade além de qualquer coisa. — tocou os cabelos alheio colocando atrás da orelha com carinho. — Me desculpe ter sido rude mais cedo.

Hoseok teve o rosto cansado segurado pelas mãos alheia e puxado quando o ômega juntou os lábios aos seus num ósculo forte.

— Amo você.

— Também amo você, vou trazer o nosso peixinho de volta pra gente. — prometeu enquanto tinha as mãos cheinhas do ômega contra os lábios.

O mais novo assentiu e assistiu o marido sair do carro. O assistiu entrar naquele lugar desconhecido até Hoseok sair de seu campo de visão.

O lugar era sujo e Hoseok fez careta de nojo quando sentiu o cheiro de mijo por todos os lados, havia cobertores, colchões velhos e tralhas indicando que aquele lugar foi ou ainda era utilizado por moradores de rua. Mas não encontrou nenhum enquanto se aprofundava mais no interior daquele hotel abandonado, na verdade não encontrou ninguém, estava completamente vazio e silencioso.

— Olá?.— chamou por alto num tom de voz alto quando chegou ao que um dia foi um hall de entrada. — Soobin ?!!!

PAPAI !. — a voz infantil e chorosa veio baixa, distante, de algum lugar lá em cima e o Jung não pensou duas vezes antes de correr em direção a escadaria velha.

Quase a alcançando se alguém não tivesse entrado na frente quase trombando em si.

— Oi, meu amor,  eu sabia que você viria.

Hoseok deu dois passos para trás, quase em choque ao ver quem estava ali, ao reconhecer aquele rosto que mesmo desgastado ainda era bonito, o olhar psicótico ....

— Joy .... Foi você, foi você que sequestrou o meu filho? Você não deveria estar...

— Internada no hospital de loucos ? Dever, não  deveria... Mas sim, eu estava, até três dias atrás....Eu vim ver você, meu amor.— fez menção de o abraçar e no mesmo instante o Jung recuou.

— Me devolve o meu filho... Se você tiver o machucado, eu juro por Deus qu-

— Bláblá blá, eu não fiz nada haver com ele, mesmo ele me irritando porque não parava de chorar. Crianças são insuportável. — rolou os olhos. — Você  pode ir buscar ele, tá no quarto número 15B.

Hoseok estranhou mas não pensou muito quando Joy saiu da frente e realmente o deixou subir. Correu os degraus acima igual louco assim como desesperado ia de porta em porta atrás da plaquinha que tivesse o número indicado e quando achou abriu a porta com tudo.

O som alto e repentino fez o garotinho sentado na beira da cama velha e imunda se encolher ainda mais completamente assustado, estava com os pulsos gordinhos algemados a cama e isso partiu o coração do adulto, fez Hoseok querer morrer, ouvir o som daquela corrente presa no filhote, lhe fez querer chorar, mas não podia, não podia assustar ainda mais Soobin.

Diferentes Children - YoonJin (abô)Onde histórias criam vida. Descubra agora