poesia

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Já amei tanto que meu corpo era apenas faísca...
E eu era sonhadora, sorridente, gritalhona, estridente
Tinha a sensualidade de uma mulher confiante
A disposição de alguém que pensava no futuro e fazia planos
Acordava e ia dormir radiante
E agora o breu toma conta de mim
As lembranças vem como flashbacks de um passado distante
Aquela menina transformou-se em uma mulher fria
A solidão me consumiu
Ou melhor, me engoliu
O amor já me tornou alguém melhor
E em seguida pior
O amor fez de mim um monstro
E se vez ou outra alguma sensação faz cócegas em minha alma
Já não demonstro
Tive que formar uma armadura grossa em volta de mim
Quando o amor me fez gigante
Que até esqueci que sempre fui pequenina
E em seguida me reduzi a pó
A solidão fez com que me tornasse arrogante
E de tanto passar tempo sozinha
A exigência se apoderou de meus princípios
Deixei de lado todos meus antigos vícios
Que Deus salve a minha alma
Pois já não sei quem sou
Estou tentando compreender o que eu quero
Aonde quero chegar
Estou tentando me importar
Olhando no espelho e perguntando como foi que amei tanto
E agora parece que não sou capaz de amar

desabafos. Foto: https://pin.it/7kKhuX6Onde histórias criam vida. Descubra agora