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'𝗠𝗔𝗬𝗔 𝗠𝗔𝗥𝗧𝗜𝗡𝗘𝗟𝗟𝗜'são paulo - 07:33

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'𝗠𝗔𝗬𝗔 𝗠𝗔𝗥𝗧𝗜𝗡𝗘𝗟𝗟𝗜'
são paulo - 07:33

você já teve dias ruins, não é? Sabe aqueles em que o alarme não toca, o pão praticamente pega fogo na torradeira e você lembra tarde demais que suas roupas estão encharcadas e esquecidas na máquina de lavar?

Hoje era um dia desses.

Eu estava caminhando de pressa até a escola, desistindo de chegar a tempo para as primeiras aulas do dia, enquanto comia um donuts horrível que comprei na confeitaria perto de casa. Chegando na escola, nem tento ir pra sala de aula pois não valia a pena, eu tinha me atrasado uns 40 minutos. Decidi ficar no banheiro até a terceira aula.

Entrando vejo algumas garotas se maquiando e conversando sobre algum assunto que eu não estava interessada. Elas pararam imediatamente assim que viram entrar me olharam de cima a baixo antes de eu me enfiar dentro de umas das cabines.

Passei um tempo lá sentada, mexendo no celular, e, um pouco antes de tocar o sinal, me levanto e vou até o meu armário pegando os livros de ciências e matemática para as próximas aulas. Em alguns segundos, o sino toca e vejo muitos alunos desesperados saindo de dentro das salas de aulas.

Fui até a sala de aula e me sento ao lado da Pamela, que se encontrava deitada nos próprios braços com uma cara nada agradável.

A Pamela é minha melhor amiga a anos, me trocaria fácil por um pedaço de pizza e coca-cola, mais ainda é minha melhor amiga.

- você está bem? - perguntei estranhando o estado da garota.

- defina a palavra "bem"! - ela exclama com uma voz rouca. Ela não estava bem.

O professor se levanta de sua mesa com um amontado de folhas de papel na mão e os alunos ao meu redor se calam e dirigem a direção dele.

- prova surpresa. - o professor exclamou.

Meu dia não podia piorar.

Meu dia não podia piorar

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Cheguei em casa exausta. Minha mãe já havia chegado, fui até a cozinha, a cumprimentei e peguei um pedaço de torta de limão que guardei na geladeira noite passada e subi para o meu quarto. Deixei a torta na minha mesinha do lado da cama e fui tomar um banho, não aguentava todo aquele grude.

Depois do banho, comi o doce e dormi, acordei por volta de 8 da noite com minha mãe me chamando. Me sento na cama coçando os olhos, olho para a minha janela aberta, avistando a janela da casa ao lado e vejo que já havia escurecido.

- já vou. - exclamo enquanto ouço ela gritar meu nome pela décima vez batendo na porta.

Levanto e abro a porta para a a mais velha, que parecia estar desesperada.

- aconteceu alguma coisa? - encaro ela.

- Sim! Sua tia - a mulher fala e arregalo os olhos imediatamente - Ela chega aqui amanhã a noite!

- Droga mãe, você convidou ela pra vir?

- Não, claro que não! - ela praticamente grita na minha cara e eu volto para minha cama - Nunca convidaria aquela velha fofoqueira pra vir passar uma semana aqui, na minha casa!

- UMA SEMANA? - me sento na cama novamente. - Ela é maluca.

- É, eu sei! - minha mãe fala - Mas tem mais uma coisa para eu te falar...

- Deus do céu. - olho pra cima como se estivesse pedindo socorro, e eu estava.

- Eu falei pra ela que você estava... bem, namorando. - minha mãe exista antes de falar a palavra "namorando". - Você precisa arranjar alguém até amanhã a noite! - ela fala autoritária.

- Como eu vou fazer isso mãe? Eu não conheço ninguém aqui.

- Dá o seu jeito filha, você é linda, aposto que consegue alguém para ser seu par rapidinho. - ela fala escorada no parapeito da porta.

Ela sai dali e me atiro para trás, sentindo meu corpo colidir com o colchão macio.

Eu não acredito nisso. Minha tia é a pessoa mais chata que eu já conheci.

Mais prefiro pensar nisso depois, eu estava com muita fome (novamente) e desço as escadas até a cozinha, revirando os armários em busca de alguma coisa. Achei um pacote de macarrão instantâneo, então o preparo e como mexendo no meu celular.

Pulando alguns stories, me deparo com um de meu vizinho, gabb mc.

Paro no story e fico vendo o que acontecia nos vídeos, no fundo estava o amigo dele, que estava com os cabelos molhados e sem camisa com alguns amigos na piscina da sua casa. Incrivelmente atraente, como sempre.

Eu e minha mãe nos mudamos para São Paulo a alguns anos, quando ela se separou do meu pai e, eu sempre via Otavio colocando o lixo na rua ou saindo com o amigo de casa, já tinha tido algumas trocas de olhares com ele e alguns sorrisos simpáticos, mas nada demais, nunca havia conversado com ele ou com os outros moradores da casa.

Desligo meu celular, deixo na bancada e vou lavar a minha louça, Bebo água e subo para meu quarto novamente, escovo meus dentes e pego o dever de casa para termina-lo. Não demorou muito até eu dormir por cima dos materiais.

 Não demorou muito até eu dormir por cima dos materiais

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𝗪𝗜𝗙𝗜 - 𝙢𝙘 𝙩𝙖𝙩𝙤Onde histórias criam vida. Descubra agora