SEU DESCONTROLE

Capítulo 4

POV Roberta:

Para mim sempre foi difícil aceitar mudanças bruscas de maneira tranquila, meus amigos sempre me orientavam para eu manter a calma, mas como a boa virginiana que sou, me desorganizava toda e minha vida se tornava um caos quando algo saí da rotina.

Confesso que, após tanto tempo sem gostar de alguém e verdade me fez desaprender a me abrir para algo a mais com quem tivesse interesse, então eu me fechei por completo. É uma merda tudo isso porque ao mesmo tempo que, se alguém tiver interesse em mim eu não vou saber se a pessoa não deixar claro, além de ter total noção do quanto me fecho totalmente quando noto que alguém tem interesse, impossibilitando a pessoa de chegar até mim e me tornando essa velha solteira de 22 anos de idade com alma de 90. 

Sempre me imaginei morando longe dos meus pais, na minha própria casa, com meu doguinho e minhas próprias comidas favoritas na geladeira, mas a parte de ter que fazer tudo sozinha, inclusive trabalhar pra sustentar seus próprios luxos não estava no script: É DIFÍCIL POR DEMAIS, ORA BOLAS... (falo assim para não xingar e vocês me julgarem pela língua limpa, porém suja) - rio com meus próprios pensamentos.

Acho que a parte mais estranha da minha vida foi sem quase que forçada a fazer Enem e ter que enfrentar toda uma pressão psicológica para ser aprovada numa faculdade pública, mas CLAAAAARO que fiz questão de não estudar perto de onde meus pais moravam, pois sabia que ali iria me acomodar e teria todo o aparato que eles continuariam a me oferecer, senti que já era minha hora e decidi me mudar de lá usando essa oportunidade ao meu favor.

Assim que chego na pontualmente (POR INCRÍVEL QUE PAREÇA) às 8h no horário de aula da matéria de cálculo I, me deparo com minha colega de classe Amandinha conversando com o professor Cláudio, um velinho de 89 anos que tem uma didática SENSACIONAL, e logo me junto a eles para tirar algumas dúvidas da matéria.

- Licença, Amandinha, mas professor, posso lhe fazer algumas perguntas ao senhor sobre a matéria rapidinho? - Eles me olham com uma cara divertida como se estivessem se segurando pra rir de mim. Mas eu saí de casa tomada banho e tudo... será que me esqueci de lavar os dentes? 

- Robertinha, você tem alguma coisa branca grudada nos seus cabelos. - Meu professor me direciona o olhar para o fardo de ser altamente louca e desengonçada e acabar passando vergonha cotidianamente. 

Então, em um clima de tensão interna, toco em minha testa e... 

- PROFESSOR, É COCÔ DE POMBO!!! AAAAAA... - E saio da sala com todos morrendo de rir do meu desespero fecal, porém, travo rapidamente assim que esbarro com quem menos esperava naquele momento, ele mesmo, na porta da sala vendo tudo e ainda por cima gravando enquanto chorava de rir da minha desgraça.

Logo em seguida, ignoro-o com força e volto a correr em direção ao banheiro tentando esquecer o quanto meu coração bateu ao vê-lo alí e o quanto me senti envergonhada por ele também ter visto. 

- Esse Matheus Eduardo..., essa PESTE ainda vai me pagar com aquele vídeo que ele gravava, ele pensa o quê? Que pode rir de mim e quase travar minha passagem na porta da sala, me fazendo quase bater naqueles peitos musculosos para um caralho e cair de bunda no chão? - Falo comigo mesma enquanto termino de me ajeitar no banheiro.

ESTÁ MUITO ENGANADO. Isso não vai ficar assim.

Enquanto me limpava no banheiro, ouvi alguém falar de alguma festa que ia acontecer no Campus de noite no fim das aulas. E já sei qual é a minha forma de vingança.

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Oi, meninos e meninas!!!

Saudades de mim? O que estão esperando de Roro e de todos os infernos astrais que ela está passando? 

Acha que ela consegue sair dessa pra melhor, ou que vai sofrer mals bocados com a pestinha mais safada do Campus? hahahahaha Esse vem dando trabalho...

Contem pra mim, estou feliz de ter postado mais um capítulo, dessa vez curtinho pois tinha algumas ideias que gostaria de explorar e ver a reação de vocês. 

Bjs. 

Me falem tudo.

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