Capítulo 2

70 3 4
                                    

Roberta

Confesso que minha reação foi bastante da arrisca, até porque se aquele gostoso, tesudo, incrivelmente tentador. Mas, pelo pouco que conheço, não merece esse mulherão que sou, aquele arrogante. Quem ele pensa que é? Affs.

Aquele cafajeste metido a gostoso... Bem que, mesmo sendo meu primeiro dia na faculdade, ainda não encontrei ninguém parece...

Quer dizer..., vou fazer minhas coisas que lucro mais.

Andando em direção à minha aula de física com a meu novíssimo professor..., fico extremamente contente e realizada, com a expectativa nas alturas, confesso, doida para saber se a didática dele é realmente boa como aparenta ser em seu canal no YouTube, onde o conheci e amei sua didática de paixão. Diferentemente, do ensino que recebi nas escolas pelas quais estudei em meu ensino básico.

Espero ajudar mais pessoas de alguma forma também na área da educação de forma a atender a todos com excelência e qualidade. De forma que, os que não tem chances de pagar para obterem-no, dificilmente terão as mesmas oportunidades de passar para uma faculdade, por exemplo.

Ps.: perdoem-me pelo desabafo, hoje está sendo um dia, digamos que, estressante.

Já na aula, presto atenção a cada parte minuciosamente, fazendo perguntas sem ser inconveniente (pois, sei o quanto dá vontade de dar uma tijolada na cabeça daqueles que amam chamar uma atenção).

Observando minha nova turma como uma boa e exemplar virginiana que sou, vejo minha amiga Maria Luísa (vulgo Malu) que me esqueci por completo quando caí mais desengonçada que pudim quando cai no chão. Quis rir? Óbvio. Mas, preferi guardar essa vergonha particular pra mim.

Uma coisa verdadeira sobre nós seres humanos: a gente até ri quando alguém tropeça e cai (ai, meu pai, minha barriga dói de tanto rir). Mas, quando acontece com a gente, nem sempre gostamos, não é mesmo? Demonstrar nossa fragilidade quando isso acontece com a gente, depois de tanto rir dos outros, é provar do próprio veneno, meus amigos. Por isso, segui minha cabeça depois de ajeitar minhas coisas, irritada com o menino mais lindo e cheiroso e..., IRRITANTE, isso! IRRITANTE, que já vi em toda minha vida.

Logo após encontrar minha amiga e acenar para ela, a aula começou e, no mesmo piscar de olhos também terminou, as horas passaram rápido e minha cabeça se manteve tão distante que não notei. Quando o sinal tocou do fim da aula, fui guardando meu material para ir embora.

Confesso, que a aula foi bem cansativa para o primeiro dia na faculdade. Pensei que teria mais papo, mais lenga - lengua, um maior interesse dos docentes em nos conhecer. Já vi que por aqui não vai ser assim. Droga.

- Amiga, gostou do professor novo? Eu amei, um gato. Pensei que seria aqueles velhos barrigudos que nem olham pra nossa cara e já começam a dar aula. Ai, acho que me apaixonei! Viu aquele cabelo lindo? E os olhinhos castanhos que dão um ar de cansados, mas são tão, tão, tão, perfeitos. E, ele olhou pra mim, amiga! Será um sinal de que ele tem interesse? Será que seria muito precipitada se eu o seguisse no seu Instagram? - Vociferou baixo Malu tudo de uma vez.

-Malu, pelo amor de Deus, mulher! É homem, sua louca! Acha que se ele não te quiser não iria atrás? Você é gata, Amiga. Relaxa, e não pira na quicada. - Aviso tudo calmamente, fingindo tudo, CLARO, até porque ela me conhece e sabe o quanto somos dramáticas e como temos bastante fogo na nossa amiguinha de baixo quando o assunto é sentar numa pica grande e grossa, com bastante veias.

- Ah, mas você não me engana não, ok? Senhorita, Roberta Silva Gomes. Sei muito bem do que nós duas gostamos! E, é isso mesmo, não se faça de sonda não que sei qual é o teu joguinho, falsa dissimulada - Fala enquanto me acabo de rir com minha melhor amiga me beliscando de leve ao mesmo tempo que solta sua raiva por eu ignorar seu sonho idealizado com o professor.

SEU DESCONTROLEOnde histórias criam vida. Descubra agora