Deus caído

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Onde só o escuro do limbo era visto com breves feixes de luz passando rapidamente como flashes até o olhar se abrir por completo e assim se revelando o solo, o céu e todas as maravilhas que ali habitam. Da bela vista uma voz é escutada: "O que você vê?"

Uma criança com seus olhos cheios de esperança se revelam como se apreciasse o mundo pela primeira vez. Mas não era sua primeira vez. Não que ele saiba. Efestos é o seu nome. Com olhos castanhos, cabelo curto e escuro, suas vestes de camponês e seu rosto com linhas negras entrelaçando como uma rachura pelo seu rosto, a criança olha na direção de onde veio a voz. Ao olhar para a direção de onde a voz grave e rouca veio, Efestos se deparou com um homem velho cujo o capuz cobria metade do seu rosto deixando a mostra apenas suas olheiras, seu nariz especificamente como o nariz de um velho séria e sua barba branca quase passando de seu peitoral que além de todo o resto do corpo também estava coberto por um manto. Depois de reparar no velho que estava nem tão longe mas também nem tão perto, Efestos voltou a olhar a paisagem e apreciou novamente. Árvores verdes onde frutos diferentes (da terra) nasciam com um tom reluzente sobre a margem de um belo rio onde espécies marítimas nadavam ali no seu passeio diário. Mais além tinha uma enorme montanha. A montanha era tão alta que ninguém poderia ver o seu topo. Atrás de Efestos e atrás do velho estava um vilarejo há alguns km de distância. Dado o tempo onde Efestos finalmente analisou tudo ao seu redor e manteve a pergunta do homem na sua mente ele responde de uma forma inocente

--- Vida 

Com um leve riso de boca lateral o velho apenas respondeu com sua voz grave e rouca

--- Vida? O que você sabe sobre isso Efestos? Para você a vida começou no agora, mas não é verdade. - o velho começou a caminhar lentamente em direção ao vilarejo. Efestos ficou em dúvida se deveria acompanhar mas o fez depois de alguns segundos de dúvida 

--- Você tem Oito anos de existência nesse planeta. Qual a sua lembranças nesses anos de vivência?

O velho parou de andar, Efestos fez o mesmo logo em seguida. Eles andaram apenas alguns metros perto do vilarejo. A pergunta feita para Efestos foi como se algo o atingisse e o tivesse deixado imóvel no mesmo instante que o impacto ocorreu em seu corpo. Efestos franziu a testa, parecia confuso, parecia uma criança perdida procurando sua mãe pelos arredores

--- Eu... Não vejo nada... - o tom de voz do menino perdido parecia de tristeza ele queria encontrar uma respostas mas não viu nada pois um abismo o impedirá

O ar maravilhoso e puro daquele planeta parecia sufocar Efestos, ele não parava de pensar eu não consigo lembrar de nada...sua mente era como o oceano, porém ele era uma criança que não sabia nadar e então ele afundou. Afundou até chegar no fundo mas por alguma razão algo o buscará do fundo do oceano, um ser totalmente reluzente tanto que se olhasse tanto tempo para você ficaria cego em segundos. O ser esticará a mão para Efestos e o buscará como se não o deixasse morrer. Efestos não deveria se deixar levar pelas sombras ou fundo do oceano. O ser não queria isso, queria que Efestos seguisse em frente.

O velho observava com atenção o pequeno Efestos perdido em seus próprios pensamentos e pela sua surpresa, a voz daquele homem o guiaria para o seu destino

--- Não há o que temer. Você saberá as respostas das perguntas que te sufocam. Os Deuses te ajudarão, basta acreditar até o fim.

Aquelas palavras quase acalmaram Efestos por completo, não foi o suficiente mas ele se sentia um pouco mais aliviado O que estou fazendo?

--- Seu Destino o aguarda no Grande Vilarejo. Lá, laços familiares deverão ser reestabelecidos. Posso te garantir que irá doer mas não desista dele.

Celestia: Queda Divina Onde histórias criam vida. Descubra agora