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estação da imaginação
-Felix estava deitado em sua cama, mexendo em seu telefone quando viu alguém passar por sua porta. Ele encolheu os ombros, levantando-se e caminhando até a cozinha para pegar um pouco de água. Lá ele se deparou com uma conhecida cabeleira loir alvejante, parada na frente da geladeira onde as garrafas de água gelada se escondiam.
── Chan, por favor, mova-se. Não posso fazer isso hoje à noite. ─ disse Felix, esfregando os olhos na esperança de que Chan desaparecesse. O loiro não desapareceu, mas saiu do caminho de Felix. Felix suspirou, pegou sua água na geladeira e começou sua caminhada de volta para seu quarto.
Esta ia ser uma longa noite.
── Não acredito que você está apenas deixando ele pensar que você não sabe o que está acontecendo. ─ disse Chan, sentando-se na cama de seu irmão mais novo, como costumava fazer quando Felix estava chateado.
Qual era a situação agora.
── Foi você quem sugeriu isso em primeiro lugar. ─ Felix respondeu antes de tomar um gole de água. Chan revirou os olhos antes de se deitar na cama.
── Você não está errado. Eu só não pensei que funcionaria tão bem quanto funcionou. ─ Chan esclareceu, e então rolou de bruços ── Você pensaria que se ele se lembrasse do quanto eu falei sobre você, ele iria pensar que eu falei sobre ele.
Felix riu, antes de se deitar em sua cama.
── Você tem que sair depois que esta situação acabar. Você é muito perturbador.
── Mas você vai sentir minha falta. ─ afirmou Chan.
── Sinto sua falta. É por isso que você está aqui em primeiro lugar. Porque minha cabeça gosta de foder comigo e com minhas emoções e não se importa com minha saúde. ─ disse Felix incisivamente. O menino então rolou de lado, apenas para Chan cobri-lo com seu próprio corpo imaginário.
O loiri suspirou no cabelo do menino e disse: ── Não me diga que você sente algo por ele.
Felix suspirou, rolando, agora deitado de costas. Ele olhou nos olhos de Chan.
── Changbin apenas... Nós nos encaixamos muito melhor do que eu esperava. Eu não quero cancelar o plano, mas ele apenas... Eu não sei.
── Não vai funcionar. ─ disse Chan, levantando-se abruptamente, deixando o calor que Felix sentia agora ficando tão frio que quase estremeceu. Felix bufou, mas Chan bateu em seu peito ── Nunca vai funcionar. Ele não conseguiu me matar, então você automaticamente se tornou seu próximo alvo. Você tem que vencê-lo em seu próprio jogo de merda.
── Eu sei que sim!
── Então aja como se fodidamente soubesse!
Felix encolheu-se. Ele nunca se encolheu para Chan. Chan não deixou, não queria que ele deixasse. Ele disse a Felix para calar a boca uma vez, mas Felix continuou falando porque Chan disse a ele para nunca renunciar.
Este não foi o Chan que o deixou.
As pessoas mudam, mesmo quando você as imagina.
── Olha... ─ Felix murmurou, sentando-se e se espreguiçando enquanto falava ── Eu não tenho tempo para você ser um idiota, e eu não tenho tempo para você agir como se mandasse nessa merda, porque você não faz. Estou aqui e sei exatamente o que estou fazendo.
── Então pare de ter uma queda por ele.
── Eu não tenho uma queda por ele.
Chan gargalhou, sua voz venenosa.
── Com certeza você tem.
Os olhos de Felix ficam escuros, sua voz fica mais profunda e seu tom é tão monótono que chega a ser assustador.
── Se eu tivesse uma queda por ele, de jeito nenhum eu teria ficado com ele.
Chan olhou para Felix, como se olhar diretamente para seu irmão mais novo e o ajudasse a encontrar as palavras que queria dizer.
Chan então começou a se inclinar para mais perto de Felix, sua testa descansando contra a dos outros.
── Tire esses pensamentos da cabeça, Felix.
── Como você sabe...
── Porque... ─ Chan murmurou, tentando chamar a atenção de Felix de volta para si mesmo ── Eu estou constantemente na sua cabeça. É de onde eu vim.
── O que é tão, tão triste porque eu gostava muito mais de você quando você não sabia tudo o que eu pensava.
── Cale a boca, Felix. Saia dessa ou esse plano nunca, nunca, funcionará! ─ Chan gritou, jogando o travesseiro de Felix em seu rosto enquanto se levantava da cama do menino. Chan começou a andar pela sala.
Felix observou seu irmão mais velho por um minuto antes de falar: ── Pare de andar de um lado para o outro, Chan, não aguento quando você anda de um lado para o outro!
── Eu não suporto quando você decide fazer a única coisa que fode todo o plano em que você, seus amigos e eu trabalhamos neste último mês! ─ Chan gritou, quebrando o padrão de seu ritmo para caminhar em direção a Felix e puxar o menino ligeiramente para fora da cama pelo colarinho.
Ambos os meninos mantiveram o medo em seus olhos, sabendo exatamente o quão mal isso poderia terminar se os pensamentos violentos de ambos continuassem.
── Talvez... ─ Felix murmurou, agarrando as mãos de Chan na esperança de que o toque as abrisse ── Talvez devêssemos abandonar o plano.
── Talvez você devesse deixar esta estação de imaginação e pegar o trem de volta à realidade e perceber que não há como desistir do plano neste momento. ─ Chan rosnou, mas soltou a camisa de Felix.
Enquanto o mais novo ajeitava a camisa, ele observava Chan passar as mãos pelos cabelos, um hábito quando ficava estressado demais.
── Na ponte, dê um beijo em Changbin e ele pensará que você pensa que é apenas um encontro.
── Eu já pensei nisso, Chan. Eu sei o que estou fazendo, e eu também sei como é tarde. Então eu vou dormir.
Chan deitou, mas não se enrolou ao lado de Felix como faria antes de morrer. Ele se deitou de costas e olhou para o teto.
── Um dia você entenderá como será incrivelmente bom o resultado desse plano.
Felix nunca acreditou em Chan depois que ele morreu, mas esta noite ele realmente, realmente queria.
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𝐆𝐑𝐄𝐀𝐒𝐄 𝐅𝐈𝐑𝐄 ; changlix
Fanfiction𝐆𝐑𝐄𝐀𝐒𝐄 𝐅𝐈𝐑𝐄【 finalizada 】 𝓓 . Depois que sua casa pegou fogo, Felix pensou que nada poderia ser pior do que isso. Mas então ele cai no buraco negro dos jogos psicológicos com seu colega de trabalho e assassino em série. © 𝗰𝗵𝗹𝗼𝗿𝗼𝘁�...