Oi, gente! :)
Fiquei com muita saudades de escrever e tive um chuva de criatividade. Tive que colocar minhas imaginações em algum lugar. Então aqui vai um belo clichêzão procês.
Comentem se puderem, amo ler os comentários!
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Já pararam para reparar no quanto viver é esquisito?
Na verdade, eu sempre fui uma pessoa um pouco esquisita. Lembro vividamente do dia que estava na sala de aula do segundo ano do ensino médio e pensei do nada: "Puta merda, eu tô viva, as pessoas estão vivas, cada um tem sua própria vida e juntos estamos todos pensando ao mesmo tempo, VIVOS". Depois de perceber que estava encarando todos em volta como uma psicopata, balancei a cabeça e continuei normalmente anotando o conteúdo de álgebra da matéria do dia, refletindo como é estranho todas as pessoas estarem vivendo ao mesmo tempo, no qual são protagonistas das suas próprias realidades tão diferentes entre si.
Ah, qual é! Não pode me julgar! Nunca ficou em um lugar muito alto para tirar foto e pensou em simplesmente jogar o celular de lá? Ou se jogar? Pois é, pensamentos intrusivos e aleatórios.
A conclusão disso tudo é que às vezes estamos tão moldados a viver automaticamente que nem notamos que o tempo está passando, que, enquanto agimos como robôs conforme os deveres sociais, continuamos vivendo. Ou deixando de realmente viver.
Estou agora sentada no pequeno sofá próximo a janela do meu quarto, falando com ela... A Lua.
-E foi esse o motivo da minha crise existencial de hoje... Sou uma adolescente do terceiro ano do ensino médio que nunca viveu de verdade. Sério, Lua, cadê a adrenalina? O álcool? Os pegas pesados com desconhecidos? As festas? Os filmes norte-americanos são uma mentira? Puta que pariu.- Me esperneei e levantei irritada do sofá. São 20:17 de uma sexta-feira a noite e estou em casa com uma pijama de ursinho, cabelo molhado e máscara de skin care grudada no rosto.
De longe escutei meu celular vibrando sobre a cama. Andei naquela direção desesperançosa e o peguei, deitando logo em seguida, para então o desbloquear e ver que era mensagem de operadora. Isso é sério?
-Obrigada pela conversa de hoje, Lua, mas definitivamente o dia já pode acabar. - Sussurrei sem forças e fechei os olhos frustrada.
Desde de manhã, os acontecimentos já foram marcados por uma constante onda de azar: atrasei 15 minutos para primeira aula e levei bronca da professora de espanhol, porque meu irmão mais novo decidiu que a hora do café era um ótimo momento para fazer birra; no intervalo fui ao refeitório e a comida que eu sempre peço tinha acabado no exato instante que chegou minha vez de ser atendida; e, por fim, mas não menos importante, a escrota da minha dupla de aula laboratorial faltou e tive que fazer o trabalho inteiro sozinha.
Só de pensar naquela menina meu corpo inteiro começa a esquentar de raiva. Como ela é capaz de ser insuportável em todos os momentos que começa a respirar o ar no mesmo ambiente que eu?
A dona do meu ódio se chama Camila Cabelo, uma latina patricinha de 17 anos que não sabe o significado de empatia e esforço. Ela é filha do homem mais rico da cidade, Alexandro Cabello, prefeito e dono da empresa mais bem sucedida de aparelhos eletrônicos do país. O cara simplesmente espirra dinheiro e é claro que sua única e amada filha não polpa ações pra gastar tudo que o velho tem na conta do bancária.
Como se não bastasse, o dinheiro não vem sozinho, consigo está a popularidade. Por isso, a latina é conhecida nos corredores do colégio como a linda, rica, inteligente e simpática estrela da cidade e, segundo a lista de garotas mais legais da escola, ela será a próxima prefeita. Ao contrário do que todos aqueles adolescentes cheios de hormônios e papa rico pensam, para mim Camila não passa de alguém que tem tudo que quer na hora que quer, fruto de um privilégio inigualável que não a deixa fazer o mínimo esforço para conquistar as coisas por si só.
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One Shots (Camila/You)
Fanfiction"A imaginação é uma dádiva da inteligência humana. Com uma história você pode mudar vidas... Com uma vida você pode mudar histórias." Estórias com apenas um capítulo, podendo ou não conter intersexualidade. (S/n): seu nome. (S/a): seu apelido.