I Love Her, But... ~Adaptação SooShu~

Pillowtalk

POV.SOOJIN

É difícil explicar como me sinto agora. Por um lado, sei que não poderia estar mais feliz por ter um relacionamento oficial com Shuhua, poder chamá-la de minha namorada e aproveitar todos os belos momentos que podemos compartilhar como casal, mas por outro lado. Tenho medo.

Muito medo do que pode acontecer daqui para frente. A saúde dela mudou muito por alguns meses, quando parece que ela está melhorando, ela teve uma recaída e eu... não sei mais o que esperar. Sua saúde pode recair a qualquer momento. O pior de tudo é que não estive presente em nenhum deles, não consegui ajudá-la apesar de ela tentar estar perto na maioria das vezes para ajudá-la no que precisasse. Sei que não faria muita diferença se eu estivesse nesses momentos. Afinal, não entendo nada de medicina, mas pelo menos posso acompanhá-la, segurar sua mão e dizer que vai dar tudo certo. Shuhua deve ficar apavorada sempre que ela tem seus ataques e ninguém a segura, ninguém a ajuda ou diz a ela que tudo ficará bem. Nesses casos eu gostaria de estar ali, ao lado dela, nem que fosse para lembrá-la do quanto a amo e que estarei com ela aconteça o que acontecer. Fizemos essa promessa e vou mantê-la até o último dos meus dias. 

"Oh Soojin" Eu levantei minha cabeça. Saindo de meus pensamentos graças à voz da mãe de Shuhua. -Shuhua não nos disse que você estava vindo visitá-la- Engoli em seco, tentando esconder minhas mãos, embora minha tentativa de esconder tenha sido obviamente malsucedida -Ela vai amá-la- Ela comentou com um tom divertido. Ainda não tenho certeza se Shuhua contou sobre nosso relacionamento, então prefiro não tirar conclusões precipitadas - Querido, não feche, Soojin está chegando. 

-Um presente para Shuhua?- Balancei a cabeça timidamente quando o vi parado na porta enquanto arrumava seu terno -Ela vai adorar- Ele caminhou em minha direção -Vá em frente. Você está como em casa- Ele bagunçou um pouco meu cabelo antes de continuar seu caminho para o carro da família -Se precisar de alguma coisa, não hesite em nos ligar. 

-Ela...- Virei um pouco a cabeça -Shuhua está bem?- Não é que não confiei na palavra dela, bem, a verdade é que confiei. Shuhua mente para mim com muita facilidade quando se trata de sua saúde. Eu entendo que você não quer se preocupar e que o faz com toda a boa fé do mundo, mas que eu escondo as coisas de mim mesmo, às vezes isso me deixa muito mal. 

-Sim. É muito melhor. O médico disse que sua descompensação era devido ao estresse - olhei para ela com o canto do olho quando ouvi sua resposta. A mãe dela suspirou e negou - Eu disse a ela que não seria pressionada para aquelas provas finais, mas ela me ignorou. Aparentemente, ela passou algumas noites sem dormir para poder estudar. O sentimento de culpa foi implantado em meu peito ao ouvi-la. 

-Sinto muito- me inclinei em sua direção -Fui... fui eu que pedi para ela estudar- Fechei os olhos com força. 

-Você não precisa se culpar por isso- Ela gentilmente deu um tapinha nas minhas costas -Com certeza minha filha queria fazer mais do que ela é capaz. Eu sei que você a ajudou a estudar e estou grata por você gastar seu tempo com ela – eu rapidamente neguei. Nada neste mundo poderia me deixar mais feliz do que estar com Shuhua, mesmo que seja estudando -Shuhua quer se formar com você, é por isso que ela trabalhou tanto para compensar seus erros- Ela fez uma pequena pausa -Ela está um pouco deprimida porque com certeza ela vai ter que repetir o ano. Mas de resto ela está se sentindo bem melhor, já está reclamando o dia inteiro porque não pode sair- Sorriu quando voltei a olhar para ela -Entre e distraia ela um pouco, com certeza sua visita vai fazer bem a ela- Ela passou por mim -Vejo você à noite. 

-Sim. Divirta-se - eu disse adeus antes de ele entrar no carro e depois de acenar, ele começou com um destino incerto para mim. Deixei escapar um pequeno suspiro, tirei minhas mãos das costas e dei uma olhada no presente que trouxe para Shuhua. Não é ótimo, mas espero que goste. Não querendo perder mais tempo, dei meia-volta e entrei na casa. O calor me fez respirar aliviado. Deixei meu casaco, luvas, cachecol e chapéu no sofá antes de ir para o segundo andar.