Infinity

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POV.SHUHUA

-Eu não fazia ideia que haveria um desses- Um enorme sorriso se abriu em meu rosto. A emoção com certeza se refletiu em meus olhos quando vi a atração -quero sub... 

-Você não vai subir- Soojin me pegou pela gola da camisa, me impedindo de dar um passo naquela direção. 

"Eh, eh, amor, mas eu quero entrar" Olhei por cima do ombro para ela com olhos de cachorrinho. 

-Eu disse não, Shuhua. 

-Soojin, Soojin- Eu chamei ela quando ela começou a me puxar em outra direção -Não seja estraga-prazeres. Deixa-me Entrar. Sooooooo~- gritei, chamando a atenção de algumas pessoas que passavam. 

-Sem essa Shuhua. Você não vai entrar aí- Ela continuou puxando até eu perder de vista o lugar onde ela queria entrar -O que acontece se você tiver um ataque aí dentro? 

-Mas mas... - 

Vamos para outro lugar. 

-Agh~ Minha casinha de terror- eu choraminguei quando finalmente paramos e ela me soltou. 

-Por que você sempre quer fazer coisas que alteram seu coração?- Ela me olhou de soslaio -Primeiro você queria ir a um parque de diversões e agora quer entrar em uma casa de terror, você sabe não pode ter emoções fortes. 

-Mas... É um desperdício eu não poder fazer o que eu quero- eu fiz beicinho. Soojin soltou um pequeno suspiro. -Eu te entendo, ok?

- Ela pegou minhas bochechas com as duas mãos -Deve ser frustrante não poder fazer muitas coisas que em qualquer outra situação você aproveitaria ao máximo, mas se eu te proibir de fazer isso, é para seu próprio bem. O médico foi muito claro, nada de emoções fortes ou o marcapasso não vai conseguir ajudar o seu coração, você ouviu, né? 

"Ah" Eu desviei o olhar. 

-Shuhua- me repreendeu. 

-É que eu fico entediada ouvindo sempre a mesma coisa- voltei a fazer beicinho -praticamente não consigo fazer nada, isso eu já sei. Menos agora, espero poder andar sozinha- Minha expressão se desfigurou até virar uma careta -Não gosto de ser assim. Eu sinto que estou no caminho. Eu só quero fingir que sou uma pessoa normal, é tão difícil de entender? 

Soojin olhou para mim em silêncio. Sei que querem cuidar de mim, sei que não posso fazer muitos e sei que estou sendo uma merdinha caprichoso. Mas eu me sinto uma merda de não poder fazer nada sozinha, tudo que eles precisam é que um dia eles me ajudem a tomar banho.

É frustrante, talvez eles não vejam, mas é, é chato ter tantas restrições. O silêncio tornou-se incômodo com o passar dos segundos. Nós nos encaramos por mais alguns momentos antes de suspirar pesadamente. 

"Vamos para outro lugar" Eu passei por ela. A caminhar ainda mais longe daquele jogo em que queria subir mas em que obviamente não me deixam. Embora eu seja muito difícil de assustar, nem mesmo aqueles filmes super realistas são capazes de fazer isso, por que eu iria me aborrecer com uma simples casa dos horrores que não tem nada além de bonecos surgindo do nada?

Andei alguns metros até sentir suas mãos na minha cintura, parei imediatamente porque não consigo continuar andando com o corpo dele praticamente grudado no meu. 

"Sinto muito", ela murmurou perto do meu ouvido. Cerrei os punhos e neguei. Não quero fazê-la se sentir assim, mas é uma situação lamentável para mim. Sabendo que mesmo que eu queira, não posso viver como uma pessoa normal. Algo sempre vai me lembrar que estou doente -só quero o melhor para você- abaixei um pouco a cabeça para ver suas mãos apertando cuidadosamente meu abdômen -me desculpe por ser muito pesado e não deixar você fazer muitas coisas mas eu me importo com você, eu entendo. Eu entendo tanto que tenho vontade de chorar por ser tão caprichosa -Depois de tudo que aconteceu, a última coisa que quero é que você volte para o hospital, não gosto de ver você aí, com todas aquelas máquinas conectadas a seu corpo. É horrível saber que não posso fazer nada para que você se sinta melhor.

I Love Her, But...    ~Adaptação SooShu~Onde histórias criam vida. Descubra agora