Espera um pouco... Eu gosto de você?

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-Lumity- LuciaXAmelia

Eu tenho uma rival, ela é metida, malcriada, encrenqueira e muito filha da puta geralmente quando nos encontramos brigamos, nos xingamos, no agredimos, nos insultamos, nos estapeamos e qualquer outro sinônimo para se ofender e se espancar. E eu realmente achava ela um completo estorvo na minha vida, mas então porque que do nada nossa relação vem mudando?

Não sei bem quando começou mais, começamos á passar mais tempo juntas conversar, brigar, sair, xingar, compartilhar certas coisas mais particulares como o dia que eu mostrei para ela minhas composições originais e quando ela me convidou para assistir um de seus treinos de balé e nossa ela estava magnífica. Cada movimento que ela realizava havia tanta graça e beleza, a louca selvagem havia sumido e tudo que vi foi uma verdadeira princesa e mesmo não sendo a maior apreciadora de balé fiquei imersa em cada movimento dela. Então mesmo nos dando mal nos dávamos bem, complicado assim como nós duas, mas creio que hoje eu tenha que tomar uma atitude decisiva.

Vesti minha melhor roupa, um terno surrado que um dia pertenceu a Raine, sapatos que só King sabe de onde ele arfou. Peguei umas flores na floricultura de uma amiga minha e caminhei calmamente em direção a mansão Blight, parte de mim não sabe se estou fazendo certo e talvez não, afinal casais normais não brigam tanto e nem se insultam tanto como nós, mas ontem quando estávamos voltando para casa eu a deixei em frente de sua casa ela desceu da bicicleta e disse:

─ Olha você é um cão sarmento. - ela falou do nada, apenas revirei os olhos.

─ Tu é uma puta. - refutei.

Ela abriu um sorrisinho e se aproximou dando um beijinho em minha testa.

─ Mas continua sendo leal, e legal eu acho. - ela deu as costas para mim. ─ Amanha é dia dos namorados... - ela fez uma pausa. ─ Até amanha Lucy. - ela adentra os grandes portões da mansão me deixando ali pensativa.

E minha conclusão é que ela está me dando permissão para cortejá-la o que é bem estranho sempre pensei que ela me odiava, mas acho que não, só que não deixa de ser sem sentido como ela pode pensar que eu gosto dela não que eu não goste quer dizer eu desgosto gostando... Porque tudo com ela é complicado.

─ Posso te informar que você está passando direto. - escuto uma voz estranhamente sexy, irritante, melodiosa e que eu desprezo e amo. E realmente eu já estava passando da mansão, me virei e fui até ela.

Como sempre ela estava linda, mas dessa vez ela parecia ainda mais radiante e com um sorriso tão charmoso.

─ Então de que bueiro você tirou isso? - ela apontou pro meu terno.

─ Peguei emprestado com o amante da sua mãe. - abro um sorriso debochado e ela também. ─ Trouxe para você. - estendi o buque para ela.

─ Nossa quanto entusiasmo, chegou a me comover. - ela diz com tom irônico.

─ É que eu não sei bem o que estou fazendo aqui. - admito. ─ Sabe até ontem eu pensava que você me odiasse.

─ Eu te odiava há dois anos. - ela admite.

─ E durante esses dois anos?

Ela ficou me encarando com uma sobrancelha levantada.

─ Espera você ficou flertando comigo?

─ Por um ano e sete meses, obrigada por notar. - ela segura o buque com cuidado e arranca uma flor colocando presa na minha touca. - E eu posso saber por que parece que um caminhão te atropelou? - ela pergunta, tocando meu rosto com cuidado, mas minha mente estava distante um ano e sete meses, ela vem flertando comigo por um ano como pude não perceber.

─ Não se incomode com isso, porque você tem flertado comigo? Manipulação, agressão e assédios verbais não são mais o suficiente?! Agora quer atacar meu coração também?

─ Meio certo. - ela aproximou de mim. ─ Realmente nada daquilo é o suficiente, e agora eu quero sim ter o seu coração pra mim.

Suspirei. ─ Como eu vou saber que você só não está fazendo isso para sei lá gravar e postar no penstagran como você ludibriou uma humana idiota?

─ Essa é fácil, você não vai saber. - ela piscou. ─ É mais divertido assim.

Abri um sorriso torto. ─ Se for assim então acho que terei que fazer você me amar tanto que se torne incapaz de me machucar.

Ela soltou uma gargalhada. ─ Hey não é porque eu vou te dar o prazer de sair comigo que iremos parar com nossa rotina de A. X. C. - arqueei uma sobrancelha. ─ Agressão, xingamento, carinho. - ela explica.

─ Então temos um acordo? - pergunto.

─ Claro que temos. - ela selou nosso pacto com um beijo. ─ Agora você é minha e que tal me dizer o que aconteceu com você?

─ Oh isso? - aponto para minha cara meio machucada. ─ Nada de mais, só tive o azar de me envolver em uma briga de bar ontem, galera do sul.

─ Que tal irmos juntinhas até o sul e descer o sarrafo nesses putos? - abro um grande sorriso e estendo meu braço para ela.

─ Não poderia pensar em um programa melhor para nosso primeiro encontro. - ela se apoiou no meu braço e caminhamos juntas indo em direção ao covil de uns filhos da puta que irão se arrepender de ter nascido.







*Era pra essa fic ter saido ontem, mas o navegador está zoando comigo.

Dia dos namoradosOnde histórias criam vida. Descubra agora