Dia dos namorados

Não me importo com nada exceto você

Harlivy - Harley x Ivy

Eu realmente detesto lidar com humanos, são estupidamente complicados e irritantes a vida deles não vale um misero segundo do meu tempo, mas Harley é diferente ela é minha melhor amiga, minha terapeuta e minha esposa dou tudo de mim para ser uma boa mulher pra ela ainda mais porque fui obrigada a passar anos vendo ela em um relacionamento de merda com um filha da puta louco então eu realmente quero cuidar dela direto dar o que ela precisa e estar ao lado dela como ela sempre está do meu. Mas tem coisas que são difíceis pra mim como me expressar corretamente e ficar em locais públicos com muita gente.

─ Meu girassolzinho, tem certeza que quer que eu fique aqui? - questiono sentando no banco nada confortável que colocaram no salão.

─ É claro é uma palestra incrível sobre transtornos, traumas e como influenciam nas pessoas. - diz Harley toda sorridente, mesmo que eu tenha a conhecido como doutora Harleen Quinzel tenho que admitir que é um pouco estranho vê-la sem maquiagem, roupa extravagante e cabelo colorido. Estranho, porém sexy ela fica um arraso de coque frouxo, óculos de grau e um vestido simples. ─ E a melhor parte esses estudos foram tirados de analises profundas de serial killers não é demais?

─ Você não acha que já é cercada o suficiente por esse tipo de pessoas? Tipo eu sou uma genocida, o seu ex é um genocida, seu melhor amigo é um lunático que sai por ai fantasiado de morcego.

─ Sim, mas eu não fico fazendo analises criticas sobre vocês. Isso é totalmente diferente vão ser casos para debates profundos.

─ Ok eu entendi, mas porque você me quer aqui? Você sabe que eu sou botânica correto?! Totalmente fora de qualquer área de "psic".

─ É eu sei, mas hoje é dia dos namorados quero passar ele com você e vai ser demais! - ela se pendura em meu ombro.

Respirei fundo e tentei não me incomodar com as muitas pessoas nos cercando ou com o rumo da palestra com vários doutores usando ternos extremamente técnicos e falando de pessoas tão horríveis como se fossem algum tipo de ratinho de laboratório.

─ Creio que com toda essa analise podemos constatar novamente que o ambiente familiar é um dos maiores se não o maior fator para desenvolver a psicopatia. - um dos doutores comenta. ─ Defendo que uma das maneiras mais efetivas para evitar esses casos é uma melhor intervenção da lei, mesmo que ninguém goste quando alguém se intromete na educação de seus filhos creio que se tivéssemos uma lei mais rígida quando aos abusos domésticos e infantis mais um acompanhamento serio de profissionais qualificados esses episódios tão horrendos poderiam ser evitados.

─ Pelas analises feitas até aqui percebi... - minha cabeça já estava perdendo o foco, quando dei por mim estava acordando com Harley dando petelecos no meu nariz.

─ Acorda dorminhoca. - ela chama.

─ Anh? Que? Eu dormir?

─ Praticamente a palestra inteira. - ela se levanta e me estende a mão. ─ Vamos dorminhoca ainda temos bastante coisas românticas pra fazer.

Mas que droga eu dormir durante a maldita palestra, aposto que ela vai pensar que estou fazendo pouco caso das coisas que ela gosta, mas que incrível esposa que eu sou nem consigo tentar entender as coisas que minha mulher gosta.

─ Harley para ruiva responde ruiva. - ela agita os dedos na minha frente.

─ Sim?

─ O que você prefere zoológico ou parque?

─ Parque.

─ Então vamos ao parque! - ela declara empolgada como sempre, entramos no carro e dessa vez eu fui dirigindo enquanto ela tagarelava sobre assuntos filosóficos.