"Eu sou uma boba apaixonada, seus toques significam um milhão de sentimentos para mim, enquanto para você, algo banal.
Mas e se..."
Chaeyoung corria desesperada, olhando o relógio digital em seu pulso a cada cinco segundos. Estava atrasada, o que era comum. Mas ela admitia que desta vez, quebrou todos os seus recordes.
— Trinta segundos... — disse ofegante, correndo enquanto encarava o homem segurando a barra do portão da escola.
Estava sem sorte hoje. Aquele era o filho do porteiro, um homem grande e com cara de poucos amigos. Ele a encarava, torcendo para que Chaeyoung não chegasse a tempo e ele fechasse o portão, deixando-a para fora. Kwan não era nada parecido com o seu gentil e atencioso pai, um senhorzinho muito amigável que Chaeyoung fez amizade ainda no fundamental. Por conta da idade, ele já estava se aposentando e, vez ou outra, seu filho Kwan ficava no lugar do pai. Provavelmente, ele ficará definitivo quando o velho porteiro se aposentar oficialmente.
Chaeyoung só esperava que fosse no ano seguinte, quando já tiver terminado o ensino médio.
Olhou em seu relógio: cinco segundos.
Não iria dar tempo!
— Kwan!
O homem, que já lhe encarava, franziu o cenho.
— A diretora...! — ofegou, quase tropeçando nos próprios pés enquanto apontava para trás do homem.
Kwan, sem saber exatamente do que se tratava, apenas olhou, por puro reflexo. É claro que, se não fosse isso, ele teria imaginado que não passava de uma distração. Chaeyoung passou pelo portão três segundos atrasada.
— Son, está atrasada! — ele rosnou, apertando fortemente a barra do portão com uma mão e, com a outra, o cronômetro que usava para marcar o tempo com exatidão.
— Já estou dentro! — zombou ao que continuava a correr, desaparecendo pelo corredor.
Mas como tudo na sua vida parece ser um completo desastre, assim que dobrou, deu de frente com uma professora e seu café. E claro, o líquido quente sujou toda a camisa social e o blazer impecáveis. A professora não teve reação a não ser sacudir as roupas antes de sair apressada para algum lugar que pudesse se trocar, e Chaeyoung escondeu o rosto com o cabelo – que estava curto demais – para evitar problemas caso a mais velha a reconhecesse.
— Perdão, senhora! — e saiu tão rápido quanto apareceu.
Entrou na sala como um furacão, era aula da professora de biologia que nunca se atrasava.
Hoje não era realmente seu dia.
— Nossa, mas você se atrasou tanto dessa vez que teve que pegar a primeira carona que viu? E por acaso foi um caminhão de lixo? — Dahyun fez uma expressão de nojo quando encarou sua melhor amiga da cabeça aos pés. — Você tá um caco.
— Obrigada por dizer o óbvio, Kim
Se jogou na cadeira, deixando as pernas abertas de qualquer jeito e a mochila esquecida no assento da frente. Seu coração estava acelerado e sua respiração fora do ritmo.
Maldito sedentarismo.
— O que aconteceu? Veio fugindo de uma gangue de cachorros? — Tzuyu disse em pé ao lado de Dahyun.
A ordem dos lugares era sempre a mesma. Chaeyoung na segunda cadeira, Dahyun na cadeira ao lado, Tzuyu à frente da Kim e Mina à frente da Son.
E por falar na japonesa...
VOCÊ ESTÁ LENDO
E se... | Michaeng
FanfictionChaeyoung nutre sentimentos por sua amiga há alguns anos, mesmo sabendo que as chances de ser correspondida sejam quase nulas. Mas ultimamente, Mina vem demonstrando muito mais afeto e... ciúmes? E se... História Original - Proibido adaptar sem auto...