CAPÍTULO UM

5.3K 263 27
                                    

• Bolinhos de chuva •

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.


• Bolinhos de chuva •

— Vamos Fred Weasley! Ajude o seu pai! — Rose ouviu sua mãe pela terceira vez gritar entre um trovão que se repartiu pela vidraça de vidros opticos de uma das poucas janelas da toca e brilhou nos olhos verdes esmeralda da garota, fazendo ela se encolher ao lado da irmã que se mantinha firme na frente da lareira. Rose se considerava lamentável! De todos os irmãos ela era a menos corajosa. E também de todos os irmãos ela era a menos satisfeita.

Odiava as cutículas de água que caiam pelo seu rosto devido a tapagem gasta de sua casa, odiava ouvir sua mãe gritando entre os trovões para seus irmãos que voavam em vassouras junto com seu pai segurando grande lonas tentando proteger os moveis velhos de sua casa da chuva.

— Mamãe, está tudo bem? — perguntou Gina quando sua mãe se aproximou, com seu rosto escorrendo um suor lívido apesar do vento frio que entrava por uma janela quebrada da cozinha.

— Ah está sim querida. — Tudo em sua família sempre foi muito difícil e precário. E apesar disso, Rose nunca viu um sorriso fora do rosto de sua mãe.
— Coloquem o cobertor — que sustentando seu sorriso, pegou uma manta grossa no sofá e enrolou ao redor das filhas e saiu do campo de visão de Rose, que apenas conseguia ver seus irmãos voando de um lado para outro pela janela.

Raios a assustavam! Ela apertava suas pálpebras todas as vezes que um caia ao redor da toca, mas no mesmo momento em que ela apertava a suas pálpebras ela se reprendia por isso. Tinha que está com os olhos bem abertos! Atentos nos seus irmãos e seu pai lá fora, que faziam tudo para manter os tetos sobre suas cabeças seguros.

— Pronto! — e mantendo seus olhos abertos, Rose seguiu o seu pai com olhar até a porta.

— Foram tampados todos os buracos? — Pergunta a sua mãe preocupada.

— Menos o da cabeça de George! Deve ser do raio que o atingiu. — E Fred a responde, deixando a própria mãe apavorada, que imediatamente se aproximou da porta quando viu o gêmeo passar encharcado pela mesma.

— Cadê? Cadê? — que se assustou quando a mãe capturou sua cabeça e pareceu procurar piolhos.

— Cadê o que mulher? — somente percebendo que era uma brincadeira do próprio filho, quando o mesmo começou a rir, junto com Rose, que imediatamente percebeu que era uma brincadeira do irmão.

— SAIAM! SAIAM! PARA O BANHO. — Grita a mulher furiosa. Sobrando até para o marido. — Estão molhando meu tapete. — Que mesmo não tendo altura devida, tinha uma mão dura, que Rose acreditava que era devida todas as massas que a mãe batia no café da manhã.
E por isso seu pai, sem nem mesmo questionar ou sequer se atrevendo, subiu pelas escadas caracol em uma única fila com os filhos.

— Vem meninas, me ajudem a limpar esses tapetes. — Rose se levanta junto com sua irmã quando sua mãe fala.
A garota não gostava de afazeres de casa. Arrastar uma vassoura velha sobre tapetes empoeirados fazia seu fino nariz coçar. Mas uma casa como a toca sempre parecia ter algo para fazer. Seu quarto que ela dividia com irmã, era tão pequeno, que até as teias de aranhas em cima de sua cama e nas frestas das janelas, ocupavam um grande espaço. Porém apesar de odiar os afazeres de casa, a garota não se queixava. Não era mal agradecida, sabia o esforço que sua mãe e seu pai faziam para educa-los, por mais que em alguns momentos ela não se mostrasse nem um pouco educada, sempre teve bons exemplos de honestidades e educação na família. — Está caindo uma grande chuva — comenta Molly, quando bateu o último tapete na porta entreaberta. — Sabem o que isso significa meninas? — pergunta a bruxa e Rose olhar para irmã, sorrir e exclama:

— Bolinho de chuva! — Junto com a irmã. Apesar de nenhum serviço de casa a atrair, ela realmente gostava de fazer bolinhos de chuvas com a mãe.
A massa colando em seus dedinhos, o docinho chocolate que sua mãe deixava provar, as formas divertidas de bolinhos que ela fazia com sua irmã, e por fim, o cheiro de bolinhos quentinho saindo do fogo e penetrando seu nariz tão forte, que sua boca salivava. Era realmente uma experiência incrível.

— Hummm... bolinhos! — Rony avança em cima do bolinho e ganhar um tapa na mão.

— Não faça isso! Tá quente. — De Rose, que novamente senta na frente da lareira, só que agora não somente com irmã.
George estava jogado sobre a poltrona do papai jogando uma bola de quadribol para o alto, que ele tinha ganhado de presente em algum torneio, Fred, o seu gêmeo também estava também deitado com as pernas para cima, só que no sofá, ocupando todo espaço obrigando Gina, ela é Rony sentarem no chão. Na frente de uma mesinha que estava com duas bacias cheias de bolinhos que os irmãos comiam em silêncio.

Após o guloso, Rony, não obedecer a ordem de Rose e avançar em cima de um bolinho, que ele enfiou na boca com tudo, e quase cuspiu quando queimou sua língua. O único que não participava da "confraternização" de uma noite de chuva era Carlinhos. Que Rose sabia que provavelmente estava no quarto, cercado de livros sobre Hogwarts. Naquele ano, ele não havia parado de falar nenhum minuto sequer que havia sido escolhido pelo próprio Dumbledore para ser o monitor da Griffinoria, a casa que esse ano Rose sabia que iria entrar. Seria seu primeiro ano em Hogwarts, assim como o da sua irmã, e Rose estava muito confiante sobre a escolha de sua casa.

— Olha hora! Já está tarde, não é mesmo Fred? — Rose franzi o cenho. Ela tinha ouvido três quatro vezes sua mãe brigar com seus irmãos gêmeos para eles irem para cama. Mas eles sequer lhe deram atenção.

— E mesmo! Já está tarde. Muito tarde. Não acha Rony? — Agora seu olhar foi para seu irmão mais velho, que colocando um bolinho mordido na bacia, falou:

— E mesmo! Mu-ito tarde. —Com suas palavras pouco enroladas que não deixaram Rose em dúvida. — Vamos dormir. —Seus irmãos estavam escondendo alguma coisa.



GHOSTOnde histórias criam vida. Descubra agora