Lingua de gato

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Senti o corpo arrepiar quando Chat desceu a boca por meu pescoço, as garras arranhando suavemente minhas costas. Tão gostoso. Os caninos, levemente proeminentes, roçaram minha pele, e eu gemi alto com a sensação. Aquele som me despertou.

Porque eu estava aos amassos com ChatNoir? Ah, claro. Era dia dos namorados.

***

- Patrulhando hoje my Lady?- Sua voz soou muito próxima, e eu sabia que se me virasse esbarraria nele.

- Chat? O que faz aqui? Não deveria estar com a namorada hoje?- não tinha notado a aproximação dele, Chat, como um gato, era extremamente silencioso quando queria.

- não, nós terminamos a um tempo, - mais uma vez o segredo de nossas identidades nos impedia de conversar sobre as coisas importantes em nossas vidas, e me perguntei se ele tinha ficado triste quando aconteceu - eu estava entediado hoje, e você?

- dia dos namorados é horrível para quem está solteiro, não é? Tudo o que eu queria era sair pra curtir, mas todos que eu conheço tem planos românticos.

- nem me fale, todos meus amigos estão namorando, e é um péssimo dia pra pegar pessoas novas, todas esperam mais do que uma noite maravilhosa, só porque é dia dos namorados. - Segurei o riso, noite maravilhosa, ele nem era convencido, não é?

- como se com os homens fosse diferente. Vocês se fingem desinteressados, mas depois não largam do pé. - disse ainda sorrindo, eu tive alguns problemas com sexo sem compromisso, os homens ecostumam não desgrudar de mim.

- como se alguém não fosse querer namorar LadyBug - era uma perspectiva estranha, imagina, transar com alguém como LadyBug?

- você acha que eu pego alguém usando máscara? Que loucura, imagina as histórias que renderia. - respondo, rindo.

- eu não vejo problema, na verdade, prefiro fazer isso de máscara. Tenho muito mais liberdade.

- é... eu já ouvi algumas histórias.- o sorriso dele dizia que tinha muito orgulho delas.

- que histórias você ouviu?- Enrubesci só de pensar nas coisas que diziam, e Chat se aproximou, dando apenas um passo em minha direção.

- eu que não vou ficar Te contando sobre a Sua vida, né Chat.- sorriu, mas não era um sorriso de divertimento, era Aquele sorriso, que o deixava gostoso quando tinha 16 anos, mas que agora era quase obsceno, e fazia você imagina-lo sorrindo assim entre suas pernas. Aquilo me só fazia pensar no que diziam dele, eram os tipos de histórias que te fazem querer tirar a prova, não poderia ser tão bom assim.

Não sei o que me deu, mas um segundo depois daquele sorriso estava puxando seu guizo para aproximá-lo. Passei a língua pelos caninos, lentamente, ele não ofereceu objeção, eu sabia que não ofereceria, somente então deslizei a língua na boca dele. Sua língua foi uma surpresa, realmente era áspera, como diziam, não exatamente igual a de um gato, mas lembrava a sensação, era meio viciante.

*****

Levei um segundo pra me colocar a par da situação. Eu apertava seus cabelos, minha mão esquerda estava em sua cintura, apertando o corpo dele contra o meu, e era minha perna que subia e se enrolava na dele.

Minha nossa, eu parecia realmente desesperada. Tentei ser natural, baixei a perna primeiro, então afrouxei o aperto em sua cintura, ele se afastou apenas um pouco, e a distância permitiu que descesse mais a boca, não consegui não gemer novamente, mas dessa vez o afastei com as mãos.

- Melhor pararmos por aqui Chat, vamos acabar nos arrependendo se continuarmos com isso.

- eu só vou me arrepender se deixar você excitada desse jeito.- sua voz era só um sussurro rouco.

Feche os olhosOnde histórias criam vida. Descubra agora