Capítulo 9

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Ontem eu não fiz muita coisa interessante após a conversa com Helena, fiquei apenas trancafiada no quarto, lendo e assistindo tevê. Henry ficou o tempo todo sentado na escrivaninha lendo alguns documentos e resolvendo problemas na empresa. Vez ou outra ele me pegava olhando para ele e sorria.

Acordei no dia seguinte com uma dor e uma tontura muito forte, Henry não estava no quarto, então fui em direção ao banheiro para lavar meu rosto, mas assim que cheguei na pia eu caio de bruços no chão, faço de tudo para tentar levantar, mas a dor que aflige meu corpo é forte demais.

PONTO DE VISTA DO HENRY

Chego no quarto com um prato com algumas guloseimas para Letícia, ela não desceu para o café da manhã hoje por isso decidi trazer algo... Assim que entro coloco o prato em cima do criado mudo e vejo a luz do banheiro acessa. Tomo um susto ao avistar Letícia caída no chão. Vou imediatamente ao seu encontro e ao tocá-la percebo que ela está queimando de febre. Pego ela no colo e a coloco deitada na cama, puxo a coberta e ajeito seu travesseiro.

- H-hen...ry

- Letícia está tudo bem, você só está com febre..

- H-henry.. não me deixa aqui... n-não me abandone... n-não

Ao ouvir isso percebo que ela está delirando, essa febre a pegou de jeito. Saio de perto da cama eu vou em direção a um armário que contém uma caixa de primeiros socorros, além de alguns remédios para febre. Peço para uma empregada me trazer uma compressa de água fria e um pano. Assim que pego todos os itens vou para perto de Letícia e a faço beber o remédio, coloco a compressa sobre sua testa e sento do seu lado. Ela fica linda até mesmo doente. Rio comigo mesmo e então a ouço dizer algumas coisas.

- H-hen... ry E-Eu te amo... não me deixe.. e-eu...

Acho que nunca estive mais feliz ao ouvir uma frase tão pequena. Imaginar que até o subconsciente dela me ama e ela ainda não percebeu isso é algo realmente cômico.

Saio da cadeira e me deito ao seu lado, com ela doente assim eu não posso sair, tiro minha camisa pois com ela quente desse jeito é difícil ficar de roupa. Deito no travesseiro e apoio minha cabeça em uma das mãos e fico admirando ela dormir, embora esteja mais delirando do que dormindo. Nunca me canso de vê-la é como se algo dançasse dentro de mim e meu coração correspondesse a música, é algo inexplicável, nunca senti isso com ninguém... parece que só ela é capaz de me fazer sentir assim. Me pergunto se vai demorar muito para ela cair na real que somos feitos um para o outro...

Após alguns segundos ela se vira para mim com cuidado e os olhos semi abertos, em um movimento rápido e certeiro ela me dá um selinho. Logo quando ela toca meus lábios eu sinto como se fosse uma corrente elétrica percorrer o meu corpo. Ela encosta seu corpo quente no meu e isso me deixa completamente excitado tento resistir a ideia de fazer sexo com ela nesse estado, o que é bem difícil, com o seu pijama largo consigo ver nitidamente seus belos seios e sinto os níveis de testosterona aumentarem cada vez mais.

- Porra.. se você continuar assim não sei se vou aguentar mocinha...

Nesse instante ela se afasta e coloca sua cabeça sobre o travesseiro caindo em um sono profundo.

- Essa foi por pouco..- Murmuro para mim mesmo. Volto para o meu lugar e deito a cabeça no travesseiro encarando o teto, vai ser um pouco difícil ignorar essa sensação que estou sentindo agora. Mas eu não posso simplesmente transar com ela doente desse jeito, seria considerado estrupo.

Acordo com um pouco de dor de cabeça e percebo que estou suando, já é de noite quando acordo e vejo Henry deitado ao meu lado, e sem camisa... WOOW que visão meus senhores, que visão. Saio com cuidado da cama e tiro a compressa de água fria de cima da cabeça. Parece que ele ficou comigo esse tempo todo. WOAN que bonitinho.... Chego perto mais uma vez da cama e cochicho em seu ouvido:

- Eu acho que estou gostando de você Henry...

Aparentemente ele está tendo o melhor sono de sua vida então duvido muito que ouça. Saio de perto da cama e vou em direção a cozinha. Estou morrendo de fome, preciso fazer algo para comer. Abro a dispensa e pego um saco de macarrão, vejo que no freezer tem alguns pedaços de frango.... Acho que com isso dá para fazer um macarrão ao molho de limão e frango picado. Começo a preparar o prato, coloco o macarrão para cozinhar, corto os frangos e preparo o molho. Ele fica pronto sem nenhum esforço. Coloco uma colherada na boca e nossa.... Está uma delícia! Pego outro prato e coloco o macarrão indo em direção ao meu quarto onde Henry está dormindo. Assim que entro me deparo com ele sobre a escrivaninha lendo e relendo alguns documentos, ele está de óculos e como ele fica bonito de óculos.... Na realidade ele fica bonito com qualquer coisa...

- Fiz macarrão ao molho de limão para a gente comer, você aceita um pouco?

- E como eu iria recusar? – Ele me olha com um sorriso de orelha a orelha. Fico com um pouco de vergonha, e se não fosse pela febre diria que estou corada.

- Mas infelizmente estou com as mãos ocupadas, você poderia me dar na boca?

- SEM CHANCE! – Digo dando risada. Ele me olha com uma cara de cachorro pidão e tira os óculos.

- Vamos por favor, sempre quis ser servido assim por você ...

- Ok, mas com uma condição, que você coma tudo!

Me sento de frente para ele e sirvo uma garfada de macarrão, ele inclina um pouco a cabeça e lambe todo o macarrão do garfo, seus olhos estão cravados nos meus, esses olhos azuis hipnotizantes, me sinto um pouco desconfortável ao perceber como ele me olha, parece que está tentando olhar por além da minha carne, por dentro de mim, pelo meu coração, minha alma, parece que ele avalia cada canto de mim, mas depois de um tempo essa sensação fica boa, é acolhedor e quentinho. Quando vejo o macarrão acaba e ele ainda continua me olhando, em um ato rápido e calculado ele se inclina um pouco mais na minha frente e me dá um selinho, o que me faz morrer de vergonha, rapidamente saio de perto dele indo em direção a porta para levar o prato vazio.

- Estava uma delícia, espero comer mais alguns pratos seus da próxima vez. – Assim que diz isso ele se volta aos papeis e começa seu trabalho novamente. Saio do quarto morta de vergonha. Coloco os pratos sobre a pia e volto para o quarto. Até quando eu vou aguentar até estar completamente apaixonada por ele? Preciso que essas semanas acabem logo, não estou conseguindo mais.

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