Joel segue a garota a sua frente a passos rápidos. Desde a morte de Henry e Sam eles não disseram nada, nem uma sequer palavra, mas Joel sabia o que a garota sentia, pelo menos com a carta escrita desculpe que deixou no túmulo de Sam dava para supor... Ela sentia culpa, culpa por ser a única garota imune e não ser capaz de salvar as pessoas a sua volta, por ter sido inútil em salvar a vida de seu amigo. Joel sabe como esse sentimento é, esse sentimento é mortal e solitário, muitas vezes parasse pior que os próprios infectados.
- Ellie... Gostaria de ir com mais calma? Não estou conseguindo acompanhar.
- Que foi? Esta velho demais para acompanhar? – a garota começa a rir, mas logo em seguida sua expressão muda para tristeza e culpa.
- Muito engraçada... Estou morrendo de rir.
A garota para de caminhar, fazendo o homem estranhar e virar para a sua direção.
- Joel... Você já sentiu culpa? Depois de todos esses anos de infectados e tudo, você já sentiu culpa por não ter salvado alguém?
A mente de Joel logo navega de volta ao dia que perdeu Sarah.
-Sim. Mas não vamos falar disso. Esqueceu das regras?
- Não... Não esqueci. – a garota passa na frente do homem deixando-o para atrás.
Os dois caminham por algumas horas em silêncio, até que Ellie não aguenta mais ficar calada.
- Como acha que vai ser a cura?
- Não sei... Talvez faça alguns exames com seu sangue? Alguns teste?
- Talvez... Espero que consigam achar algo.
- Não pode se sentir tão culpada, as coisas acontecem porque acontecem, pessoas partem sem se despedir porque sim, porque essa é a vida e sempre foi. Não vai ser uma cura que vai mudar isso.
- Mas eu poderia tê-lo salvado! Joel! Eu morreria por essa cura! Eu só quero salvar a todos porque sei que posso salva-los!
- Ellie...
- Só... Esquece isso Joel, vamos continuar.
- Claro...
Joel olha pelos arredores e percebe que estavam em território perigoso, o lugar onde os canibais costumam patrulhar e eles não são o tipo de pessoas que você gostaria de ter o azar de encontrar.
- Ellie, cuidado!
- Que foi? Infectados?
- Não... Pior, são humanos.
Joel empurra Ellie para trás de uma árvore e escondesse, logo escutam o som de algum grupo de pessoas vindo em sua direção, aparentemente eram 5 pessoas armadas. Joel pega sua arma e mira.
- Confia em mim Ellie?
- O que? Como assim? Óbvio que confio, mas o que está planejando?
- Quando eu contar até 3, você corre sem olhar para atrás.
- Joel...
- 1...
- Joel?!
-2...
A garota olha para frente, as pessoas aparentemente tinham os visto e gritavam avisando sobre invasores.
-3...
- Merda! – Ellie corre e escuta o som dos tiros.
Joel escondia-se atrás de um carro antigo enquanto atirava, precisava economizar bala pois precisa fazer cada tiro valer a pena. Ele acerta na cabeça de um cara que cai a toda velocidade e volta a se esconder, assim foi matando cada um deles, mas no último aquele homem conseguiu acertar a bala de raspão no braço de Joel.
- Merda! Seu desgraçado! – Joel acerta ele no estomago. Ao aproximar-se do corpo para finalizar, olha bem no fundo dos olhos dele e termina o que começou.
- Ellie? Ellie?!
- Estou aqui Joel! – A garota sai de dentro de um carro com a sua arma em mãos, mas ela ainda estava sem munição.
- Precisamos achar munição para ela logo.
- Sim... Estou cansada de ficar de fora da ação.
- Sei... – Joel coloca sua mão na cabeça da garota. Ellie o lembrava muito de Sarah e já estava começando a gostar da companhia da garota.
- Hey! Você está estragando meu cabelo! Para! – a garota segura a mão dele e o afasta enquanto ria das palhaçadas de Joel.
- Claro. Vamos continuar.
- Certo... Acha que estamos seguro?
Joel olha para o estrago que fez.
- Não... Em breve teremos todos eles na nossa cola.
Ellie olha assustada para os corpos sem vida, sabia que teria que tomar cuidado de agora em diante e estava com medo do que estava por vir, mas sentia-se segura do mesmo jeito ao lado de Joel e enquanto ele estiver ao seu lado, sabe que não tem nada a temer.
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The last of us: Laços
FanfictionApós a morte de Tess, Joel e Ellie devem aprender a conviver um com outro e com as peculiaridades de cada um, mas que dificuldades eles deverão enfrentar até aprenderem a se dar bem? Poderão ser tudo aquilo que o outro precisa? Se completar e ajudar...