Parte 2: Me deixe te amar!

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Por fora, Taehyung demonstrava calma, contudo as sobrancelhas semicerradas denunciavam o estado de espírito furioso que abrigava nele

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Por fora, Taehyung demonstrava calma, contudo as sobrancelhas semicerradas denunciavam o estado de espírito furioso que abrigava nele. Como é que ele havia se deixado levar pela chantagem emocional de Park Jimin? Eles estavam sendo irresponsáveis e o estado de Jungkook poderia ficar pior.

Antes de retornarem ao internato, Kim parou na farmácia para comprar um pouco de algodão e alguns esparadrapos. Seria complicado explicar para as moças da enfermaria a necessidade dele de retirar tanto material hospitalar sem mostrar nenhum machucado no corpo. No fim, era mais fácil, menos burocrático e muito menos escandaloso, ele comprar os itens.

-Por que não podemos largá-lo no dormitório dele mesmo?- Taehyung perguntou, estressado, com um dos braços do garoto sobre os ombros.

- Vai ser só hoje, Taehy. Precisamos supervisionar até ele estar um pouco melhor. Dormiria em paz sabendo que Jungkook poderia estar morrendo de dor em algum quarto da ala dos alfas e precisando de auxílio?

- Sim. – mentiu, xingando o outra mentalmente.

Park rolou os olhos.

No quarto dos ômegas, como o incrível amigo e boa alma que estava demonstrando ser naquela noite, Jimin abriu mão da cama para acomodar Jeon. Tocado pelos esforços do colega de quarto e pelo cansaço que exibia, Kim se candidatou para limpar as feridas do alfa brigão enquanto o outra ia comer.

Park aceitou a proposta com receios. Não era a decisão mais segura deixar Taehyung e Jungkook sozinhos, em um mesmo quarto. Aquele ômega e aquele alfa eram a perfeita definição de gato e rato, tipo Tom e Jerry.

Pelo andar da carruagem, era capaz de descobrir que Jeon havia sido arremessado da janela, quando retornasse do refeitório. Sentindo um olhar de descrença crescer sobre si, Taehyung rapidamente reforçou:

- Prometo não fazer nada com ele... Ou melhor: contra ele. – se Jimin ao menos imaginasse o que os dois já foram capazes de fazer entre quatro paredes, o ômega veria como eles não tem todo aquele poder destrutivo que as pessoas insistem em associar a eles.
Quando ficaram a sós, Taehyung encarou Jungkook dormindo sobre a cama do melhor amigo, como se fosse uma criatura esquisita.

- Por que tinha que ser tão estúpido, Jeon? – lamentou com um sorriso triste, vendo todo o sangue seco e os hematomas espalhados pela pele dele.

Vendo que não poderia enrolar a noite toda, buscou a sacolinha de compras da farmácia que havia largado em um canto do chão quando chegaram para acomodar o colega. Umedeceu pedaços de algodão com água e começou a limpar as feridas, começando pelo rosto. Involuntariamente, fazia caretas à medida que os dedos iam passando pelos machucados. Era como se ele pudesse sentir a dor de Jeon a cada encostada de dedos. Cauteloso, esfregava o algodão sobre as feridas fechadas pelo sangue seco. Sem perceber, tinha prendido a respiração em apreensão.

Taehyung deu um passo para trás para analisar o rosto agora sereno. Estava bem melhor.

Taehyung limpou alguns fios de cabelos grudados na testa de Jungkook e cobriu a região com a mão para conferir a temperatura. Morna. Com somente um simples contato, um mero encostar de peles, ele foi capaz de sentir o calor que emanava daquele corpo, titubeando por um breve instante e se amaldiçoando por ser tão afetado.

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