de volta ao inferno.

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05:50 AM.

O som estridente e ensurdecedor do despertador ecoava pelo quarto inteiro, causando dores aos ouvidos de Jenna. O ambiente estava sendo iluminado pelo sol, que atravessava os vidros da janela mal fechada, o que fazia alguns raios baterem em sua cara.

Irritada, a garota suspirou alto, lutando contra sua vontade de voltar a dormir, e levantando da cama.

Seu quarto estáva uma bagunça, roupas para todos os lados, tênis jogados pelo chão, e o leve cheiro de erva que pairava pelo ar.

Devem estar tipo: "erva? Jenna usa incensos?" Talvez...

Jenna Ortega Point'

Vamos fazer uma pequena apresentação, para que não tenha tantas dúvidas. Bom! Sou Jenna ortega, uma garota adolescente "normal".

Estou no terceiro ano do ensino médio, e lá na escola, tenho fama de "maconheira" e "jennão".

"Ué, porquê o 'Jennão?" Ah sim, posso explicar.

Ano retrasado, acabou acontecendo uma coisa envolvendo uma ex amiga. Ela sabia sobre eu ser Intersexual [do tipo que tem um pau bem desenvolvido.] E contou para a escola inteira. Bom, o resto vocês podem imaginar.

Terminei de tomar banho, e me livrei de todos os rastros do cheiro da maconha. Fui procurar uma roupa confortável para o primeiro dia de aula, infelizmente.

[ imaginem a jenna nele (obs: na fic o cabelo dela está grande!) ]

Depois de colocar a primeira roupa que eu vi na frente, coloquei o meu cabelo para o lado, deixando a franja um pouco bagunçada, quase cobrindo os meus olhos. Desci para o andar de baixo, já com a mochila nas costas.

- Bom dia meu amor! - Allison, minha mãe, falou ao me ver. - está linda.

- Bom dia mamãe.. - eu digo, ainda sonolenta, sobre o efeito da erva que usei de madrugada. - obrigada, já estou indo.

- Nem vai comer querida? - perguntou preocupada.

- Não se preocupa mãe, vou me encontrar com Olivia na lanchonete, ai eu compro algo! - digo, lhe dando um abraço, apoiando minha cabeça em seu ombro.

- Tudo bem minha filha! - sorriu, batendo leve em minhas costas. - vá logo, e boa sorte!

Murmurei positivo antes de sair pela porta da frente. Subi em meu skate e andei calmamente pela rua, já que a escola era apenas três quadras depois da minha casa.

Eu não iria me encontrar com Olivia, não mesmo. Nossa amizade já havia terminado á mêses. Conheci ela no starbucks, e desde daquele dia, nós criamos uma amizade muito forte, até ela arruinar tudo.

Depois que arrumou um namorado, começou a me ignorar e ser grossa comigo, e depois se juntou ao grupinho de Mia, a blogueira metida a egoísta daquela escola. Toda a nossa amizade foi pelo ralo, depois daquilo, comecei a sofrer bullying, e bom, aconteceu aquela parada que contei lá em cima.

Assim que parei em frente a residência, já acostumada, joguei o skate no gramado e entrei pela porta, sem bater.

- Georgie?! - gritei, andando até as escadas. - Georgie?

Escutei passos vindos do andar de cima, e deduzi que o garoto estáva vindo.

- Em carne e osso! - ele sorriu, me entregando um pequeno saquinho de pó. Tratei logo de guardá-lo em minha bolsa. - vamos?

Ele disse, pegando seu patinete específico para manobras e saindo pela porta que deixei aberta.

Eu o segui, pegando de volta o meu skate que estava jogado no gramado. Montei no mesmo, e acompanhei o ritmo do garoto.

[...]

- Porra, não achei que a escola estaria tão cheia. - resmunguei, colocando o skate em baixo do braço e entrando junto com o mais velho.

- Primeiro dia é obrigatório né. - me empurrou de lado. O que me fez rir. - Olha lá quem está de volta.

Ele falou, apontando para um local específico. Emma e suas "cadelinhas" estavam em frente aos seus armários, rindo que nem gazelas.

"Ué, quem é Emma?" Emma é uma das garotas mais populares dessa escola, o que faz metade dos alunos quererem transar com ela, ou namorar. Porém a mesma sempre recusa.

Ela é tão chata, não sai do meu pé, sempre com um olhar malicioso para o meu lado, e isso me irrita bastante.

- Que saco. - suspiro com raiva, colocando os fones de ouvido, dando play em 'El Taxi do Pitbull. - vou andar, não me procure.

Falei deixando o moreno confuso para trás.

Enquanto eu caminhava pelos corredores, alunos novatos e veteranos me olhavam e falavam algo em seus ouvidos. Se era algo ruim ou bom, eu estava foda-se para isso.

Continuei andando, até chegar em uma sala vazia, sem nada. Me sentei no canto da parede e lá fiquei, escutando música.

Pensei seriamente se abria agora ou deixava para mais tarde, o maço de melancia que eu tinha no bolso do calção. Suspirei alto, e resolvi abrir, tirando um beck e acendendo com o isqueiro.

Depois da terceira tragada, escuto a porta abrir, o que me fez abaixar o fone. Olhei para o lado e vi a loira vindo em minha direção.

- O que você quer? - fui direta, já irritada, por terem me atrapalhado em um momento de paz.

- Nossa, eu também estava com saudades 'Jennão. - sorriu maliciosa se sentando ao meu lado de um jeito provocativo. - estão falando pelos corredores sobre o tamanho do seu brinquedinho.

- Foda-se. - eu disse, levando o cigarro até a boca novamente.

- Seu pulmão deve estar só as cinzas. - riu debochada, tirando o rolo de minha mão.

O sujo falando do mal lavado.

- Você não respondeu minha pergunta. - eu digo, dando pausa na música. - o que você quer?

Ela suspirou, se virando para mim, levantando uma de suas sombrancelhas e apoiando suas pernas na minha.

- Eu quero transar com você, Ortega.

[...]

eita galera, eita

Drogas, Sexo e etc. - jemma. Onde histórias criam vida. Descubra agora